SL Benfica 3-3 UD Oliveirense: Luís Peixoto impede (possível) vitória da Oliveirense

No principal encontro da 16ª ronda do campeonato nacional de hóquei em patins, Benfica e Oliveirense empataram a 3-3, mas o desfecho deveria (muito provavelmente) ter sido diferente. Isto porque, já dentro do último minuto, Luís Peixoto “anulou” um golo limpo a Marc Torra, que concretizou uma grande penalidade, fazendo a União perder dois preciosos pontos na luta pelo título.

O clássico da jornada arrancou de forma bastante intensa, com ambos os conjuntos a procurarem chegar ao golo rapidamente. Após alguns avisos, e na sequência de uma belíssima jogada individual, Valter Neves, servido à meia volta por Jordi Adroher, fez o 1-0.

A líder do campeonato foi de imediato em busca da igualdade e, no seguimento de uma stickada de Xavi Barroso, Marc Torra apanhou desprevenido Pedro Henriques, o seu antigo colega de equipa no Benfica e no Reus Deportiu, repondo a igualdade.

Tudo empatado, a Oliveirense pegou nas rédeas da partida, não permitindo grandes chances de golo ao conjunto encarnado. No entanto, quem tem Adroher e Lucas Ordoñez em terrenos mais avançados da pista pode esperar de tudo. Assim, à passagem dos oito minutos, Ordoñez, ao tentar uma “picadinha”, acabou por assistir Adroher, que, com a baliza aberta, apontou o 2-1. Momentos depois, totalmente isolado, Ordoñez não conseguiu bater Puígbi.

Por mais uma vez em desvantagem, a Oliveirense tentou apoderar-se do controlo do esférico e construir jogo com mais paciência, pois não estava a ser fácil penetrar a defensiva das águias. Remetido, um pouco mais do que o habitual, a tarefas defensivas, o Benfica procurava surpreender em contra-ataques e, por volta dos 12 minutos do primeiro tempo, Valter Neves quase aumentou a vantagem benfiquista. Todavia, Puígbi voltou a evitar um novo golo da equipa da casa. 

A superioridade do conjunto de Oliveira de Azeméis, em termos de posse de bola, mantinha-se, mas quem estava mais perto de marcar era, sobretudo, o Benfica. Exemplo disso foi uma transição rápida de dois para um, à passagem dos 13 minutos, onde Ordoñez, servido por Vieirinha, quase marcou. No desenrolar do jogo, a Oliveirense esteve pertíssimo de chegar ao empate, mas Pedro Henriques, com várias intervenções, manteve a vantagem. 

Já com menos de dez minutos para a pausa, Lucas Ordoñez vislumbrou um espaço na defensiva da União e, com uma sitckada fortíssima, onde “a coruja faz o ninho”, fez o 3-1.

Com uma diferença de dois golos no marcador, o Benfica começou a ter mais tempo de posse de bola e de forma bastante prática, pois, não só fazia o esférico circular, como “obrigava” Puígbi a trabalhos reforçados.

A Oliveirense aparentava ter sentido os golos e não estava a conseguir recuperar o desempenho apresentado nos primeiros minutos do encontro. Sem ter de arriscar, o Benfica ia dispondo de alguns brindes – tal como perdas de bola a meio campo -, mas não estava a conseguir aproveitá-los, muito devido à boa exibição de Puígbi.

Terminada a primeira parte, o Benfica vencia a Oliveirense por 3-1. Resultado justo pela qualidade demonstrada pela equipa benfiquista, que se exibiu muitos furos acima daquilo que fez nas últimas semanas. Prática e dinâmica a atacar, e rápida e coesa a defender. Apesar de ter entrado melhor, a Oliveirense não conseguiu criar o mesmo volume de oportunidades de golo que os encarnados e a desvantagem no marcador não era maior devido a Puígbi.

Lucas Ordoñez foi um dos principais elementos do Benfica, tendo apontado um excelente golo e assistido Adroher para outro
Fonte: Carlos Silva Photography / Bola na Rede

A intensidade registada nos primeiros minutos da primeira metade esteve presente nos da segunda, com a Oliveirense a ser a equipa mais perigosa. No entanto, nem Jorge Silva, nem Xavi Barroso conseguiram marcar. 

De forma mais organizada, a União procurava fazer uso da meia distância de Xavi Barroso, assim como de uma possível sobra para Jorge Silva, para chegar ao golo. Contudo, a defesa encarnada estava muito coesa e quase sempre bem posicionada, por isso, com maior ou menor facilidade, conseguia fechar todos os caminhos para a sua baliza.

Em cima da marca dos trinta e um minutos de jogo, Casanovas cometeu uma falta para grande penalidade sobre Jorge Silva. Marc Torra, especialista em pénaltis, não desperdiçou e reduziu o marcador para 3-2. 

Tal como havia ocorrido no primeiro tempo, a Oliveirense voltava a ser dona e senhora da posse de bola, mas, apesar de algumas ameaças, raramente conseguia construir oportunidades de golo com muito perigo. Com Jorge Silva, um verdadeiro “rato de área”, sempre a procurar espaços ou a “sacar” uma grande penalidade. Porém, a exibição defensiva do Benfica estava a ser muito boa, o que estava a dificultar bastante a tarefa da União. Em sentido contrário, mais “obrigado” a defender, os comandados de Alejandro Domínguez procuravam aproveitar os contra-ataques, que estavam a ser raros.

Com dificuldades em entrar na teia defensiva do Benfica, a Oliveirense, à passagem dos 45 minutos de jogo, aproveitou um livre-indireto, quase do meio campo, para chegar à igualdade. Marc Torra, com uma stickada colocada, fez o 3-3. Pedro Henriques, totalmente tapado, nada pode fazer. 

A cerca de oito minutos e meio do fim, surgiu a 10ª falta da Oliveirense. Lucas Ordoñez, chamado à marcação, não conseguiu bater Puígbi. Contudo, nota para sorte do guardião espanhol, pois o esférico, depois de ir à barra, embateu nas suas costas e acabou por não entrar na baliza.

O jogo estava cada vez mais perto do seu términus e, a cerca de cinco minutos da buzina, a Oliveirense esteve quase a passar para a frente, mas Pedro Henriques impediu que Bargalló concluísse com sucesso uma rápida transição da União.

A 42 segundos do final, a Oliveirense beneficiou de uma grande penalidade devido a Casanovas ter cortado um passe com o seu patim direito. Torra, com a possibilidade garantir a vitória da União, marcou. Isto foi bem visível através da transmissão televisiva, mas Luís Peixoto, do lado contrário de onde a bola entrou, não viu o esférico no interior da baliza encarnada. Assinalando golpe duplo, pois, após bater no travessão na baliza, o esférico ficou por baixo das costas de Pedro Henriques. 

Finalizado o encontro, o marcador indicava um empate a 3-3 entre Benfica e Oliveirense, mas deveria (muito possivelmente) indicar uma vitória da União por 4-3. É claro que o esférico entrou na baliza dos encarnados, mas a posição de Pedro Henriques, assim como o barulho do pavilhão, impediram que Luís Peixoto conseguisse ver a bola dentro da baliza das águias ou sequer ouvir o som do esférico a bater no travessão. Sobre o jogo jogado, a Oliveirense esteve melhor, tendo sido a equipa que mais procurou a vitória, muito devido a uma quebra física do Benfica, mas raramente conseguiu criar muitas oportunidades de golo e, quando o conseguia, Pedro Henriques defendia. 

Assim, a Oliveirense perde a liderança do campeonato para o Porto, que, devido à vitória em Paço de Arcos por 2-0, passou a somar quarenta pontos. O Sporting, que foi a Tomar vencer por 2-1, apanhou a União, tendo agora trinta e nove pontos. O Benfica, por seu lado, está completamente fora da luta pelo título e vê o Hóquei Clube de Barcelos aproximar-se. Com a vitória em Turquel por 7-3, o conjunto barcelense atinge a marca dos trinta pontos e fica apenas a dois das águias. A luta pelo último posto de acesso à Liga Europeia está reaberta.

EQUIPAS

SL Benfica: 1-Pedro Henriques (GR), 2-Valter Neves (CAP.), 3-Albert Casanovas, 7-Jordi Adroher e 9-Lucas Ordoñez; Jogaram ainda: 44-Miguel Rocha e 74-Vieirinha. 

UD Oliveirense: 88-Xavier Puígbi (GR), 6-Xavi Barroso, 8-Marc Torra, 9-Jordi Bargalló e 15-Jorge Silva; Jogaram ainda: 7-Pedro Moreira, 74-Pablo Cancela, 77-Ricardo Barreiros (CAP.) e 84-Emanuel Garcia.

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Diogo Nunes
Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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