México 3-1 Japão: Medalha de bronze para El Tri Olímpico

A CRÓNICA: FIM DE TARDE NO JAPÃO, MAS AINDA DEU PARA OS MEXICANOS SE BRONZEAREM

Num jogo que valia a medalha de bronze do Futebol masculino, a seleção do México começou melhor, nomeadamente através das iniciativas individuais de Diego Lainez. Com apenas 12 minutos, o árbitro assinalou grande penalidade a favor do México.

Alexis Vega começou a jogada no lado esquerdo do ataque mexicano, entrou na área e foi derrubado por Endo. Um dos craques da companhia, Sebastián Córdova não perdoou e apontou de pé esquerdo o primeiro golo do encontro. Guarda-redes para um lado, bola para o outro.

A seleção mexicana tinha mais posse de bola, pelo que a congénere japonesa se revelou bastante tímida no que a oportunidades de golo diz respeito. À passagem do 21º minuto, livre batido por Sebastián Córdova na esquerda e o defesa central Johan Vasquez, sem oposição, cabeceou para dentro da baliza nipónica. Estava feito o 2-0.

Ao contrário do Japão, que até ao segundo golo mexicano não tinha nenhum remate efetuado, o México marcou duas vezes em três remates à baliza.

Aos 25 minutos, chega o primeiro remate do Japão, com Yuki Soma a fazer uma boa incursão pela esquerda após um grande passe de Kubo, mas o remate saiu ao lado do poste direito de Ochoa.

A seleção japonesa mostrou-se pouco objetiva, não conseguindo reduzir a desvantagem, apesar de terminar a primeira parte com mais tentativas de golo.

Hayashi e Doan foram dos jogadores mais inconformados, com iniciativas individuais tanto pelo meio como pelas alas, que acabaram por não resultar em golo – dos quatro remates do Japão, só um foi enquadrado com a baliza.

Ao intervalo, o México vencia com justiça, dado que foi mais eficaz que o adversário.

A segunda parte começou com o Japão a correr atrás do prejuízo. Ritsu Doan cabeceou por cima da barra após um bom cruzamento de Endo, mas o México revelou-se muito mais confiante a atacar e, num contra-ataque rápido, Sebastián Córdova efetuou um remate cruzado que o guarda-redes Tani defendeu. Ficou, no entanto, o aviso.

Aos 58 minutos, chegaria o terceiro golo mexicano. Canto marcado por Córdova no lado esquerdo, cruzando na perfeição para Alexis Vega, que cabeceia sem hipóteses para o fundo da baliza. O Japão tentava, mas o México foi sempre uma equipa cínica, sentenciando o encontro.

Mitoma, por sua vez, entrou muito bem e voltou a ameaçar a baliza do México, com um remate de pé esquerdo. O guarda-redes mexicano conseguiu defender em esforço. O avançado japonês já havia ameaçado e acabou mesmo por marcar ao minuto 78.

Kubo deixou a bola com Mitoma, que ultrapassou os adversários e atirou de pé esquerdo para o canto superior esquerdo da baliza de Ochoa. Um bom golo através de uma iniciativa corajosa do atacante nipónico.

Até final, o Japão foi uma equipa mais perigosa, acabando com muito mais remates que o México, pelo que a seleção da América do Norte procurou gerir o resto da partida.

Melhor jogador japonês no jogo, Mitoma podia ter marcado o segundo golo na sua conta pessoal em cima do minuto 90, mas o remate saiu ao lado e o resultado não se alterou mais.

Depois da medalha de ouro conquistada em Londres’2012, diante do Brasil, o México volta a arrecadar uma medalha no futebol masculino. Desta feita, é a de bronze, em Tóquio’2020.

Por sua vez, a seleção de futebol japonesa sai destes Jogos Olímpicos com um sentimento de frustração, apesar do bom torneio que realizou.

A única vez que os japoneses conquistaram uma medalha (bronze) foi em 1968 na Cidade do México, diante… do próprio México.

 

 

A FIGURA

Sebastián Córdova – O médio ofensivo do América apontou um golo e efetuou duas belas assistências, num jogo verdadeiramente fantástico de um jogador que, apesar de já ter 24 anos, tem qualidade mais do que suficiente para brilhar nos relvados europeus.

Esteve em grande nesta edição dos Jogos Olímpicos, registando 4 golos e 3 assistências em 6 jogos disputados.

 

O FORA DE JOGO

Wataru Endo – O médio defensivo do Estugarda, apesar da sua reconhecida qualidade, teve um dia para esquecer.

Cometeu a falta que originou a grande penalidade a favor do México, desbloqueando o jogo para os mexicanos. Para além disso, foi admoestado com um cartão amarelo ainda a meio da primeira parte, passando o resto do jogo condicionado nas suas ações.

 

ANÁLISE TÁTICA – MÉXICO

A seleção mexicana apresentou-se num 4-1-2-3 e conseguiu sempre ser mais incisiva nas suas ações em campo, ao contrário do adversário.

A equipa orientada por Jaime Lozano não fez um jogo extraordinário, mas conseguiu ser melhor com bola e isso refletiu-se nas oportunidades flagrantes que teve ao longo da partida.

As alterações no decorrer da segunda parte mudaram ligeiramente o esquema tático inicial, mas, a partir do terceiro golo, o México passou a não arriscar e adotou uma postura mais conservadora até ao final do encontro, garantindo a medalha.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ochoa (7)

Sánchez (6)

Montes (6)

Vásquez (8)

Angulo (6)

Romo (6)

Córdova (9)

Rodríguez (6)

Lainez (7)

Vega (8)

Martín (7)

 

SUBS UTILIZADOS

Antuna (6)

Beltrán (6)

Alvarado (6)

Esquivel (-)

Aguirre (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – JAPÃO

Hajime Moriyasu começou o jogo num 4-2-3-1, apostando na irreverência de Yuki Soma e Doan, para além da criatividade de Takefusa Kubo, que deambulava entre o meio-campo e o ataque.

A seleção japonesa nunca conseguiu dominar o confronto, apesar de ter sido mais rematadora.

O meio-campo nipónico não esteve particularmente inspirado, muito embora tenha conseguido mais posse de bola durante praticamente todo o jogo. As jogadas e iniciativas dos jogadores japoneses mostraram-se, na grande maioria das vezes, tímidas e inconsequentes – só a entrada de Kaoru Mitoma deu alguma esperança ao Japão, ele que marcou um belo golo já perto do final.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Tani (6)

Sakai (6)

Yoshida (6)

Tomiyasu (7)

Nakayama (6)

Endo (6)

Tanaka (6)

Kubo (7)

Soma (6)

Doan (6)

Hayashi (6)

 

SUBS UTILIZADOS

Hatate (6)

Mitoma (8)

Ueda (6)

Itakura (6)

Miyoshi (-)

Foto de capa: Selección Nacional

Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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Francisco Guerra
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É apaixonado por futebol, principalmente pelo Sporting CP, o seu único clube. Está a licenciar-se em Comunicação e Jornalismo, adora escrever sobre futebol no geral, além de outras modalidades como o wrestling, que acompanha desde pequeno. Também gosta de apreciar o futebol fora do espectro da paixão clubística, tendo como principais referências Cristiano Ronaldo e Diego Maradona.                                                                                                                                                 O Francisco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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