LA Rams 23-20 Cincinnati Bengals: Rams, from “All-in” to “All-done”

Num jogo algo estranho, mas com muita emoção, os Los Angeles Rams venceram os Cincinnati Bengals por 23-20, naquele que foi o jogo mais importante da época. Os Rams tiveram um grande início, com dois touchdowns (um para Odell Becham Jr. e outro para Cooper Kupp) nas três primeiras drives, que os colocaram a vencer por 13–3 .

No entanto, um momento que se revelou decisivo para a viragem do rumo do jogo foi a lesão de OBJ, que após uma lesão no joelho numa jogada sem contacto com adversários não mais regressou à partida. Após este momento, os Bengals conseguiram reduzir para 13–10 através de um passe do running back Joe Mixon para o wide receiver Tee Higgins. Ainda antes do intervalo, Jessie Bates, safety dos Bengals, intercetou um passe de Stafford, que o último forçou na tentativa de marcar um TD antes do intervalo.

O começo da segunda parte foi totalmente oposto ao da primeira. Logo na primeira jogada, Joe Burrow lançou um passe para Tee Higgins que resultou num TD de 75 jardas (embora tenha havido uma falta clara não assinalada por uma face mask de Higgins a Ramsey) virando o resultado para 17–13 a favor dos Bengals. Quando os Rams tentavam responder, logo no primeiro passe de Stafford, o cornerback Chidobie Awuzie consegue uma interceção, com as culpas a recaírem sobre Ben Skowronek que não conseguiu agarrar a bola, ele que substituiu OBJ.

Após a interceção, Cincinnati marcou um field goal aumentando a vantagem para 20–13. Os Rams responderam também com um field goal, reduzindo a desvantagem para 16–20  numa drive que não foi mais além, devido a um passe falhado de Kupp para Stafford, numa jogada especial. Seguiram-se várias drives sem efeito devido à subida de rendimento de ambas as defesas, sendo que os Bengals aproveitaram a lesão de OBJ, e os Rams aproveitaram as graves lacunas da offensive line adversária.

Na última drive dos Rams, e a perder por 4 pontos a 6 minutos do final, Matthew Stafford guiou o ataque numa drive de 15 jogadas, muito devido à marcação de várias faltas na redzone, que culminou num passe decisivo de Staff para Kupp, marcando o TD que os colacava a liderar por 23–20 a 1:25 minutos do final.

Numa última tentativa, o ataque dos Bengals foi subjugado novamente pela pressão da defensive line dos Rams, terminando o jogo após um 4th&1 no qual Burrow foi atingido por Donald, não conseguindo completar o passe.

 

A FIGURA

Cooper Kupp – 8 receções, 92 jardas e 2 TDs. Depois da época incrível que fez, sendo vencedor da triple crown (receiver com mais receções, jardas e TDs) e considerado o NFL Offensive Player of the Year com 178 receções para 2425 jardas e 22  touchdowns em 20 jogos, sendo estes números os melhores de sempre incluindo os playoffs, Kupp recebeu o prémio de MVP do Super Bowl, principalmente pelas contribuições decisivas na última drive.

Gostaria também de fazer uma menção honrosa a Aaron Donald (2 sacks, 3 QB hits e 2 TFLs) que voltou a dominar os seus adversários e é talvez o jogador que mais merece esta vitória, por ser algo que lhe faltava para cimentar o seu legado como um dos melhores de sempre. Clica aqui para assistir ao momento emocionante de Donald.

 

 

O FORA DE JOGO

Offensive line dos Bengals – A offensive line voltou a ser a principal lacuna da equipa, com uma exibição horrível na segunda parte, não protegendo Burrow e cedendo 7 sacks, totalizando assim o registo vergonhoso de 19 sacks nos últimos quatro jogos da época.

 

ANÁLISE TÁTICA A CADA UNIDADE

Ataque dos Rams: Depois de um excelente começo com 2 TDs, este acabou por estagnar durante um longo período, principalmente devido à lesão de OBJ e à total ausência de um jogo de corrida que foi ineficaz. No entanto, inverteram a situação uma vez que a conexão espetacular entre Stafford e Kupp voltou a ser decisiva na última drive.

Defesa dos Rams: Grande exibição da defensive line comandada por Aaron Donald, que destruiu a proteção de Joe Burrow, permitindo aos Rams estarem sempre dentro do jogo mesmo durante o pior período do ataque.

Ataque dos Bengals: Boa exibição de Joe Burrow e do seu ataque, mas que cabaram por sucumbir devido à exibição desastrosa da offensive line na segunda parte. Ja’Marr Chase e Tee Higgins voltaram a estar a um bom nível, com o primeiro a ganhar constantemente os seus duelos com Jalen Ramsey, um dos melhores cornerbacks da liga.

Defesa dos Bengals: Depois de um início complicado, conseguiram estabilizar e alcançar uma excelente exibição. Pararam completamente o jogo de corrida adversário, conseguindo também pressionar Stafford e pará-lo durante mais de metade do jogo, não sobrevivendo apenas à última drive.

 

ANÁLISE AOS QBs

Matthew Stafford – Embora não tenha sido o seu melhor jogo, este foi bastante prejudicado por fatores que o rodeavam, enfrentando situações complicadas. Por fim, demonstrou o porquê do elevado investimento que os Rams fizeram nele. Quando mais era preciso, ele que é o QB da liga com  mais “game winning drives”, liderou o ataque numa última drive, na qual completou passes espetaculares, sendo o último passe para o TD do seu alva mais precioso de toda a época, Cooper Kupp.

Joe Burrow – Aquele que era a fonte de esperança de toda a cidade de Cincinnati, e um dos jogadores mais falados durante o último mês, acabou por mais uma vez ser traído pelas graves lacunas da sua offensive line, não conseguindo superar mais uma performance desastrosa desta unidade, que novamente não protegeu a sua peça mais importante, cedendo 7 sacks e deixando Burrow sobre enorme pressão.

 

JOGADAS DO JOGO

TD de Cooper Kupp

QB hit de Aaron Donald

Por fim, espero que tenham aproveitado esta época incrível e cheia de momentos espetaculares. Eu posso dizer que não poderia estar mais satisfeito com a vitória dos meus Los Angeles Rams.

Foto de capa: NFL

Jorge Baptista Laires
Jorge Baptista Laireshttp://www.bolanarede.pt
Adepto do Sport Lisboa e Benfica, do clube da sua terra, e, principalmente, da verdade desportiva. Despreza fanatismos clubísticos, tendo sempre uma opinião formada no que vê do próprio jogo jogado.                                                                                                                                                 O Jorge escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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