📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Tri Nations: All Blacks regressam ao topo do hemisfério sul

- Advertisement -

Termina mais uma época no hemisfério sul, desta feita com a Nova Zelândia (All Blacks) a vencer a grande competição de Rugby internacional da zona meridional do planeta, o Torneio das 3 Nações.

Apesar do primeiro lugar, o saldo não é positivo para os All Blacks, ao serem derrotados em duas ocasiões, num total de quatro jogos. Ainda assim, a profundidade do plantel à disposição de Ian Foster aliada à bagagem competitiva que os jogadores adquiriram no Super Rugby Aotearoa e, posteriormente, na ITM Cup foram fatores primordiais para o sucesso dos neozelandeses na competição.

Não obstante as duas derrotas, a Nova Zelândia foi a melhor equipa do torneio, ao apresentar um rugby dinâmico e veloz. Os Kiwis foram a equipa mais letal, tendo marcado 16 ensaios, número claramente superior aos quatro toques de meta dos australianos e aos dois dos argentinos.

Falemos agora daquela que foi, a meu ver, a surpresa do torneio, a Argentina. Era muita a incerteza que pairava sobre os Pumas, não só pelo facto de muitos dos jogadores não terem competido durante um longo período de tempo, devido à paragem do Super Rugby, mas também pelo surto de Covid-19 que se registou na preparação dos sul-americanos para a competição. A verdade é que os argentinos conseguiram o segundo lugar, acabando por vencer, pela primeira vez na sua história, a Nova Zelândia, numa vitória dominante por 25-15.

Por um lado, a estratégia defensiva adotada por Mario Ledesma e pelo treinador de defesa Juan Fernández Miranda surtiu o seu efeito, uma vez que a Argentina teve na defesa a sua grande força, ao apresentar uma line speed veloz e agressiva, capaz de colocar o opositor sob forte pressão, eficaz a defender a profundidade e a cobrir espaço e limitando a utilização do mesmo ao adversário. Os Pumas mostraram-se, muitas vezes, dominantes no jogo de contacto e foram a equipa com maior efetividade na placagem. Ainda para mais, os latino-americanos também foram quem menos quebras de linha concedeu.

Por outro lado, quando com bola, os argentinos não foram letais e imprevisíveis quanto o esperado. Os números que dizem respeito a metros percorridos, defesas batidos, quebras de linha da vantagem e transportes de bola são, em relação aos da Nova Zelândia e da Austrália, muito inferiores. Além do mais, a Argentina só foi capaz de marcar dois ensaios ao longo dos quatro encontros, fruto de alguma previsibilidade na circulação de bola e nas linhas de corrida da sua linha de três quartos.

Por último, a Austrália foi a grande desilusão da janela internacional de novembro e dezembro. A imprensa local qualificou a prestação da equipa de Dave Rennie como “poor” e “not enough”, na medida em que o novo selecionador australiano só foi capaz de vencer um jogo dos seis que disputou até agora, o que o levou a ocupar o último lugar deste Tri Nations.

As dificuldades dos Wallabies foram evidentes, quer defensiva, quer ofensivamente. Na linha de três quartos faltou um playmaker puro, de modo a dar mais capacidade de utilização da largura e da profundidade, algo que Reece Hodge não conseguiu fazer, acabando por apostar excessivamente num jogo ao pé que se veio a revelar quase sempre infrutífero. Foi notória a ausência de Matt Toomua, não só por ser um first receiver de grande qualidade, mas também por ser um chutador aos postes exímio. Já o pack avançado mostrou-se algo indisciplinado na sua leitura do breakdown, não conseguindo oferecer bolas rápidas à linha atrasada.

Marco Minelli
Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Intencional brasileiro recorda recusa ao Bayern Munique: «Foi no último dia que aconteceu a chamada»

Antony parece ter reencontrado a felicidade no Real Bétis após saída conturbada do Manchester United. O avançado recordou que negou Bayern Munique, para ficar no clube.

Fábio Fortes acusa Anadia de «despedimento ilícito»

Fábio Fortes, avançado de 33 anos denuncia falta de justificação pelo seu despedimento e promete levar caso até às últimas instâncias.

Avançado do Bolonha hesitou antes de recusar os milhões da Arábia Saudita: «Não nego que considerei a oferta»

Riccardo Orsolini, jogador do Bolonha, preferiu manter-se na Serie A e rejeitou proposta milionária de um clube saudita.

«É preciso que se consiga assumir e aceitar que o árbitro é um ser humano como qualquer outro e que erra como qualquer outro»...

Ao Bola na Rede, Catarina Campos apresenta-se como uma decisora e fala nos meandros da arbitragem num país que aparenta gostar tanto dela como as horas envoltas na sua discussão sugerem.

PUB

Mais Artigos Populares

Leonardo Lelo continua a acreditar na possibilidade de chegar à seleção de Portugal em breve

Apesar de não ter sido convocado em novembro, a esperança não morreu para Leonardo Lelo. Lateral esquerdo quer chegar às opções de Roberto Martínez.

Sporting tenta renovar até 2030 com 3 titulares e prepara aumentos salariais

O Sporting quer fechar três renovações nos próximos tempos. Gonçalo Inácio, Ousmane Diomande e Francisco Trincão são para blindar.

Benfica toma decisão quanto à contratação de Rafa Silva e José Mourinho já emitiu veredicto

A situação entre Rafa Silva e o Besiktas abre portas a uma mudança. O Benfica está atento, mas só avançará para uma contratação a custo zero.