ATP 500 Barcelona: Nadal é rei pela 12.ª vez na Catalunha

    STEFANOS TSITSIPAS X RAFAEL NADAL: BOA FORMA DO GREGO ESBARRA NA FIBRA DE CAMPEÃO DO ESPANHOL

    Num confronto entre os dois primeiros cabeças de série do torneio, o favoritismo natural do veterano espanhol em terra batida enfrentava o excelente momento de forma do jovem grego. No confronto direto, Nadal partia em vantagem, com seis vitórias em oito encontros, contudo, o último embate tinha sorrido a Tsitsipas, numa batalha em cinco partidas no Open da Austrália.

    Para além disso, o número cinco mundial já conhecia a sensação de bater o antigo número um em terra batida, quando o derrotou no Masters 1000 de Madrid, em 2019. Os dois também já se tinham defrontado numa final em Barcelona, em 2018. Na altura, Nadal venceu facilmente por 6-2 e 6-1.

    O encontro começou com ligeiro ascendente para o espanhol que venceu o seu jogo de serviço em branco e levou depois Tsitsipas a discutir o seu nas vantagens. Ainda assim seria o grego a adiantar-se no marcador, ao consumar o break aos 1-1, numa altura em que já se registavam algumas longas trocas de bola e se percebia que o quinto da hierarquia mundial ia apostar em bolas profundas para a direita de Nadal.

    As dificuldades do número três do mundo mantiveram-se nos minutos seguintes, com Tsitsipas a mostrar-se muito sólido do fundo do court, com enorme profundidade e peso de bola. O jovem de 22 anos voltou a dispor de pontos de break aos 3-1, mas não conseguiu aproveitar. Um pouco contra a corrente da partida, seria Nadal, que vinha sofrendo mais nos seus jogos de serviço, a quebrar o adversário e a chegar ao 4-4.

    No jogo seguinte, houve mais oportunidades de quebra de serviço para o grego, prontamente salvos pelo espanhol que se adiantou para 5-4 e obrigou Tsitsipas a servir para se manter no set. No momento crucial da primeira partida, o já vencedor das ATP Finals vacilou, perdeu profundidade de bola, e às custas de uma dupla falta e dois erros não forçados, permitiu que Nadal vencesse o set inaugural por 6-4.

    À imagem do primeiro set, o grego voltou a ser o primeiro jogador a dispor de pontos de break, a 1-1, e aproveitou de novo a oportunidade para chegar rápido a uma liderança de 3-1. Apesar de ter recuperado a profundidade de bola e a eficácia nos ataques à direita de esquerdino do espanhol, Nadal estava mais confiante e colocava mais problemas a Tsitsipas que teve de enfrentar break points quando liderava por 3-2. Ainda salvou os dois primeiros, mas sucumbiu ao terceiro.

    Tal como na primeira partida, o espanhol chegou ao 5-4 e obrigou o número cinco do mundo a servir para não perder a partida. O grego voltou a tremer, mas conseguir salvar dois match points. O antigo número um mundial acusou a oportunidade perdida e enfrentou três pontos de break a 5-5, que resgatou de forma consecutiva e autoritária. A pressão passava de novo para o lado do mais jovem dos dois tenistas que, de forma mais calma, voltou a segurar o serviço e empurrou as decisões para o tie-break.

    Nas decisões, Nadal foi o primeiro a conseguir o mini break e adiantou-se para 4-2, mas os quatro pontos seguintes foram para Tsitsipas que dispôs de dois pontos consecutivos para ganhar o set. O espanhol salvou ambos de forma enfática: o primeira junto à rede e o segundo com uma potente direita inside in. No entanto, uma dupla falta acabou por dar nova oportunidade ao grego que não desperdiçou e ganhou a segunda partida por 7-6, com 8-6 no tie-break.

    No terceiro set, os servidores foram ditando a lei e, apesar de vários jogos discutidos nas vantagens, as oportunidades break não apareceram. Com alguns pontos de enorme espetacularidade, a partida prosseguiu, sem grandes sobressaltos, até ao momento das decisões.

    Desta vez, foi Nadal quem teve de servir para não perder o encontro e, numa fase em que o fator físico entrave em jogo, dois erros crassos do espanhol deram um match point ao grego, que não foi convertido. O décimo jogo do terceiro set transformou-se numa autêntica batalha e o seu desfecho acabou por ser decisivo para o que ainda falta jogar.

    O 11 vezes campeão de Barcelona fez o 5-5 e, qual predador, pressionou Tsitsipas no jogo seguinte. Depois de obrigar o número cinco do mundo a salvar três pontos de break, consumou, à quarta tentativa, a quebra de serviço, ganhando a oportunidade de servir para ganhar o encontro.

    Como os melhores do mundo também tremem, Nadal, após ter chegado ao 30-0 a seu favor, permitiu que o grego tivesse pontos de break ao seu dispor, contudo, o espanhol acabaria por selar a vitória por 7-5 no terceiro set e conquistar o seu 12º título em Barcelona.

    Com esta vitória, Rafael Nadal mantém um registo imaculado em finais no torneio catalão, conquista o seu 87º título de campeão e regressa ao segundo posto da hierarquia mundial, por troca com Daniil Medvedev. Por sua vez, Stefanos Tsitsipas mantêm-se no quinto posto do ranking.

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    Pedro Marques dos Santos
    Pedro Marques dos Santoshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro Marques dos Santos é atualmente estudante de Ciências da Comunicação na Universidade do Porto, onde procura concluir a sua formação enquanto jornalista antes de entrar no mercado de trabalho. A paixão pelo desporto começou no Futebol, com as conquistas europeias do Porto de Mourinho, mas entretanto apaixonou-se pelo Ténis e é aí que foca mais as suas atenções. Quando não está a ver ou praticar desporto – sobretudo a ver -, está provavelmente a gastar horas num videojogo.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.