ATP Finals: Medvedev é o último campeão em Londres

    Medvedev vs Thiem: Numa final nem sempre bem jogada, ganhou a resistência física

    Os dois vencedores dos respetivos grupos, esta não era a final mais esperada, mas o rendimento de ambos, sobretudo nos encontros contra Djokovic e Nadal, fez de Medvedev e Thiem justíssimos finalistas. O frente-a-frente dava vantagem ao austríaco, vencedor de três dos quatro encontros entre os dois, tendo superado o russo por 3-0 nas meias-finais do US Open, durante a sua caminhada até ao título.

    Enquanto Thiem disputava a sua segunda final consecutiva, após a derrota no ano anterior com Tsitsipas, Medvedev tinha hipóteses de alcançar vários registos histórias. Um deles era a possibilidade de repetir o feito de Djokovic que, após somar três derrotas na sua estreia no torneio, regressou no ano seguinte para conquistar logo o título. Para além disso, poderia ser o primeiro tenista a ganhar aos três melhores classificados do ranking na mesma edição das ATP Finals, e apenas o quarto a fazê-lo em qualquer torneio nos últimos 30 anos.

    Como se poderia antever, o arranque do primeiro set foi caracterizado por jogos de serviço bastante competitivos e disputados, com o maior poder de fogo de Thiem a esbarrar na capacidade defensiva e de contra-ataque de Medvedev. Ainda assim, apesar de terem aproveitado o serviço para evitar problemas nos seus jogos iniciais – o austríaco teve de salvar pontos de break no seu primeiro jogo de serviço -, ambos denotavam algum nervosismo e tensão, cometendo alguns erros não forçados incaracterísticos.

    Thiem acabou por ser o primeiro a adiantar-se no marcador, ao conseguir a quebra de serviço num jogo em que o russo esteve a liderar por 40-0 e acabou por ceder o break com uma dupla falta. O set seguiu depois ao ritmo do serviço, com equilíbrio, mas demasiados erros. A conseguir ganhar os pontos importantes nos momentos mais apertados, o austríaco selou a primeira partida por 6-4, em 50 minutos.

    O segundo set começou na mesma toada do primeiro, com uma cadência irregular, entre winners e erros não forçados. A esquerda de Thiem era responsável pelos pontos mais espetaculares do encontro nesta fase, momento em que o austríaco ia ganhando os seus jogos de serviço de forma tranquila, enquanto Medvedev continuava a complicar jogos que pareciam fáceis. Ainda assim, sobreviveu a uma longa batalha aos 2-2, ao salvar um ponto de break com um ace.

    Com uma baixa percentagem de primeiras bolas, o russo voltou a ter problemas aos 3-3, mas erros de Thiem junto à rede permitiram que não sofresse o break. No jogo seguinte, foi a vez do número três da hierarquia mundial sentir dificuldades no serviço, mas à semelhança do primeiro set, voltou a sair por cima nos pontos decisivos.

    Com os servidores a imporem-se, a segunda partida teve de ser resolvida com um tie-break. Apesar do excelente registo neste desempate ao longo da temporada, Thiem cometeu demasiados erros não forçados e, embora tenha começado a ganhar por 2-0, Medvedev ganhou os setes pontos seguintes para empurrar o encontro para o set decisivo. 7-6(2) foi o parcial.

    Na fase inicial da terceira partida, voltou a imperar o equilíbrio, com jogos de serviços bastante disputados e as trocas de bolas a tornarem-se progressivamente mais longas. Logo ao terceiro jogo, o austríaco viu-se forçado a salvar três pontos de break consecutivos, numa fase em que começava a dar sinais de cansaço.

    À nona oportunidade de quebra de serviço em todo o encontro, Medvedev colocou-se pela primeira vez à frente no marcador e ficou em excelente posição para vencer o encontro. Alicerçado em bons primeiros serviços, Medvedev não deu mais hipóteses a um Thiem pouco fresco no plano físico e fechou o resultado com 6-4 no terceiro set.

    Numa final nem sempre bem jogada, o desgaste físico provocado pelo russo ao longo do encontro e a maior frescura apresentada na partida decisiva foram as chaves para a vitória do número 4 do ranking, que sai de Londres invicto, naquela que foi a mais longa final à melhor de três sets das ATP Finals, com 2h42 de duração.

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    Pedro Marques dos Santos
    Pedro Marques dos Santoshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro Marques dos Santos é atualmente estudante de Ciências da Comunicação na Universidade do Porto, onde procura concluir a sua formação enquanto jornalista antes de entrar no mercado de trabalho. A paixão pelo desporto começou no Futebol, com as conquistas europeias do Porto de Mourinho, mas entretanto apaixonou-se pelo Ténis e é aí que foca mais as suas atenções. Quando não está a ver ou praticar desporto – sobretudo a ver -, está provavelmente a gastar horas num videojogo.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.