ATP Masters 1000 Roma: Nadal impera novamente em Roma

    AS PRIMEIRAS SURPRESAS DERAM-SE LOGO DE ENTRADA!

    Alguns jogadores de craveira e de reconhecido talento como Fábio Fognini (29.º ATP), Alex de Minaur – Top 25, Hubert Hurkacz, campeão em Miami, ou Adrian Mannarino, às portas do lote dos 30 primeiros da tabela, seriam as primeiras baixas de vulto, sendo que Hugo Dellien era aquele com o ranking mais baixo ainda em prova, vindo da fase qualificativa. O especialista da superfície conseguiu vergar, e com grande autoridade, um Mannarino fora de jogo!

    Já quanto às outras saídas prematuras, “Foña”  era derrotado pelo regressado às boas prestações, Kei Nishikori. Hubert Hurkacz desistira ainda na fase inicial do seu encontro de estreia, ao passo que De Minaur “tombava” diante de Gianluca Mager (90.º da hierarquia mundial) em sets diretos. Karen Khachanov (26.º) via o sonho terminar logo na estreia ao ser derrotado pelo especialista em pó de tijolo, Federico Delbonis.

    De resto mais nenhum dos atletas de topo ficaria pelo caminho nesta eliminatória, com os cinco mais cotados tenistas a ficarem com a sua estreia reservada apenas para a segunda ronda visto disporem, devido ao seu estatuto, de uma isenção que os levava diretamente para o segundo ato da prova!

    SINNER, O FUTURO OU JÁ O PRESENTE?

    Rafael Nadal fez a sua estreia diante do jovem prodígio Jannik Sinner (17.º), um dos mais entusiasmantes atletas da nova geração, que revela uma maturidade fora do normal no seu jogo. Dando enorme réplica, tendo disposto de break de vantagem em ambos as partidas, estendendo Rafa aos seus limites. É certo que o maiorquino prevaleceu em 6-4 e 6-3, mas as mais de duas horas de jogo e o reconhecimento do rei do pó de tijolo à posteriori eram bem reveladoras das dificuldades denotadas em levar de vencido o coriáceo atleta, que jogava na sua cidade natal.

    DANIIL NÃO É DEFINITIVAMENTE UM AMANTE DE TERRA!

    O vice-líder da tabela ATP, Danil Medvedev‎, defrontava, na primeira e única vez que pisara o court durante a semana na cidade romana, o seu compatriota Aslan Karatsev (25º), um atleta que chegava ao estrelato na presente temporada saltando das profundezas da tabela. O duelo seria uma mera formalidade para Karatsev que colocou a nu todas as fragilidades do mais cotado. Tendo o triunfo e consequente passagem para a terceira fase do certame resolvida em pouco mais de 70’ e em sets diretos, com Medvedev‎ a confirmar todas as enormes dificuldades patenteadas na superfície mais lenta de todas.

    UMA EXIBIÇÃO DE RAÇA DE SONEGO AFASTA UM THIEM CADA VEZ MAIS A APONTAR A PARIS

    Nos 1/8 de final destacamos o frente a frente, que durou 3h28m, entre o local Lorenzo Sonego (28.º) e Dominic Thiem (quarto lugar do ranking) que foi afastado após dois match points desperdiçados numa terceira partida em que teve serviço na mão para se qualificar. Seria mesmo o natural de Florença a superiorizar-se, em mais um duelo memorável, para ver e rever!

    Outro duelo merecedor de destaque foi o protagonizado por Rafael Nadal (terceiro) e Denis Shapovalov (15.º), com o maiorquino a necessitar de mais de 3h30m para num tie-break de último set suplantar o seu jovem opositor.

    Na eliminatória seguinte apareceria, e em força, a chuva, com Nadal pelos pingos da mesma a desforrar-se de Zverev que o derrotara em Madrid, apenas em dois parciais. Rafa começava a lançar uma candidatura cada vez mais concreta à reconquista!

    O conto de fadas de Delbonis terminaria nessa mesma fase da competição, afastado o tenista das “pampas” pela maior novidade da prova, Reilly Opelka (35.º), que nunca havia contado grandes resultados em terra, mas que aqui chegou até às meias capitulando apenas para Rafa, por duplo 6-4, num duelo em que o serviço do gigante foi autenticamente “desmontado” pelo espanhol.

    Já com a chuva a aparecer, e ao cabo de dois dias, em duelo bastante equilibrado, seria o número um mundial a triunfar perante um Tsitsipas (quinto lugar do ranking) que jogou também a um nível excelente, sendo que após três interrupções devido ao clima agreste foi sempre Novak a voltar melhor.

    Apesar de uma dura vitória, Djoko ainda teve de voltar ao court para bater Lorenzo Sonego (28.º).

    Apesar de duros testes, eram os dois maiores favoritos, embora não em termos de ranking, a marcarem presença no encontro de atribuição do título. Mas com Djokovic a estar, porventura, mais fatigado, apesar de Rafa ter sido bem mais exposto a perigos nas rondas iniciais.

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.