Nas meias-finais (ordenadas de acordo com a classificação dos atletas nos respetivos grupos) a “fava suíça” calhou a David Goffin, enquanto a outra vaga para a final seria disputada entre Jack Sock e Grigor Dimitrov – estava garantida pelo menos uma presença inédita no derradeiro encontro. A primeira meia-final disputada entre Federer e Goffin começou como todos previam: Roger Federer entrou imperial, com a serenidade de quem já tinha disputado meias-finais do Masters por 13 vezes (13!) ao longo da sua carreira, e levou de vencida o primeiro set de forma sublime pelo parcial de 6/2. Na segunda partida Goffin entrou melhor, e conseguiu fazer o break no jogo inaugural adiantando-se no marcador. E aí, tanto a incapacidade de Roger Federer atacar com a sua esquerda profunda como a visível quebra de velocidade do suíço contribuíram para que Goffin, com o seu ténis simples, mas consistente, mantivesse a vantagem e acabou por consagrá-la com o parcial de 6/3. A derradeira partida era acompanhada de forma vibrante na O2 Arena, em Londres, e os fãs do maestro cedo perceberam que estava a ser colocada em causa a presença do seu ídolo em mais uma final. O jogo continuava igual, com Federer a chegar múltiplas vezes atrasado às bolas, sem poder de fogo e Goffin, aproveitando as condições que se criaram, foi se sentindo progressivamente mais confiante, solto e crente na vitória. Inteligente e frio na hora da pressão o nº1 belga disparou um serviço ganhante e fechou o derradeiro jogo de serviço, carimbando o passaporte para a final com os parciais de 2/6, 6/3 e 6/4.

Fonte: ATP World Tour
Visivelmente abatido após a derrota do campeoníssimo helvético, o público londrino recebeu depois dois “meninos” em busca do sonho, que tinha acabado de se tornar ainda mais possível. O americano Jack Sock foi aquele que se adaptou mais rapidamente à ocasião, e fazendo uso do seu permanente arsenal de fogo, recuperou de uma desvantagem de 3-0 para levar o 1º set de vencida por 6/4. O início do 2º set foi semelhante ao primeiro, com o búlgaro Grigor Dimitrov a aproveitar algumas lacunas motoras de Sock, preenchendo muito bem espaços e subindo múltiplas vezes à rede na busca de diminuir o tempo de reação do americano, resultando tudo isto num adiantamento no marcador de… 3/0. Mas desta vez Dimitrov não cedeu aos nervos e, qual homem de gelo, foi frio até ao último ponto do set, que concluiu com o não menos gelado 6/0. Sock viu uma autêntica locomotiva passar por cima de si e ressentiu-se, naturalmente, desse feito no derradeiro set e apesar de ter lutado até ao fim, naquele que foi um excelente jogo de ténis, deixou mesmo escapar o triunfo para as mãos do atual 6º classificado do ranking ATP.