Para alcançar La Decima, no entanto, o maiorquino terá de superar um Stan “The Man” Wawrinka que apenas cedeu dois sets (ambos na meia-final frente a Andy Murray) ao longo de toda a quinzena e que muitos já incluem no novo lote dos “Big Five”. A somar às excelentes exibições do suíço em Paris, este vem de uma série de 10 vitórias consecutivas – venceu o torneio de Genebra antes de viajar para França – e segundo o próprio, sente-se “extremamente confiante acerca do trabalho que tem desenvolvido nos últimos dias, semanas, meses e anos.”

Rafael Nadal é, indiscutivelmente, o grande favorito para vencer hoje o seu 10º troféu em Roland Garros. Não só pelo que representa a “marca” Nadal em pó de tijolo – particularmente no complexo de Roland Garros – mas principalmente pelo ténis agressivo e simultaneamente muito consistente que voltou a mostrar nesta época de terra batida, ao que se junta uma motivação quase sobre-humana para um atleta que aos 31 anos já conquistou o Olimpo da modalidade há alguns anos.
O pouco tempo que passou em court durante estes últimos 15 dias é uma “autêntica faca de dois gumes” para o espanhol: se por um lado afastou o desgaste excessivo e poupou o seu físico (frágil e muito propenso a lesões) por outro, chega à Final sem ter “suado” verdadeiramente e essa falta de ritmo pode ser um fator determinante, ainda mais quando se tem do outro lado da rede um “animal competitivo” como Wawrinka.

O suíço por sua vez chega de uma maratona frente ao número 1 do mundo Andy Murray, na qual o helvético disparou 87 winners e acima de tudo revelou-se forte física e psicologicamente, e essa será, na minha opinião, a chave do encontro: a atitude de Stan Wawrinka. Como o próprio reconhece, apesar de defrontar aquele que considera “o melhor tenista de sempre em terra batida”, sabe que “quando está mentalmente focado no encontro, é muito difícil de ser batido”.
Dono de um poder de fogo quase ímpar no circuito, Wawrinka terá na sua pancada de esquerda uma arma fundamental para ambicionar derrotar Nadal – que prometeu jogar de forma “muito agressiva, para que ele [Stan] não controle o rumo da partida”. Apenas uma coisa é certa: espera-nos uma tarde de ténis fantástico com dois Senhores da modalidade frente a frente, prontos para marcar o seu nome mais uma vez na história do torneio, da modalidade e do desporto.
A minha aposta:
Vencedor do encontro : Rafael Nadal (1.16)
Foto de Capa: Roland Garros