📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Ele abana, mas não cai

- Advertisement -

Cabeçalho modalidadesNum Australian Open particularmente polémico (devido a algumas acusações de que a organização terá sido “mais simpática” com Roger do que com outros atletas, no que toca a proteção do calor intenso) nada pode retirar o mérito ao que Federer e a sua entourage fizeram e fazem, ano após ano. É absolutamente magnífico.

Está concluído o primeiro Grand Slam da época 2018. O Australian Open do presente ano prometia mais do que aquilo em que se acabou por tornar. À partida, o sorteio ditou vida muito dura a Roger Federer, com uma metade inferior que contava com Djokovic, Zverev, Wawrinka, Raonic (e companhia limitada), ao passo que na metade superior, Rafa Nadal não deveria ter grandes problemas até chegar à semi-final onde provavelmente encontraria (e derrotaria, com mais ou menos dificuldade) Grigor Dimitrov. Este era o guião para mais um Happy Slam australiano. Depois de uma primeira semana de torneio agitada na metade inferior, como já referido no artigo da semana passada, o “maestro” Roger continuou a presentear os seus adversários, e todos os presentes na Rod Laver Arena com autênticas sinfonias criadas através dos movimentos do suíço e da sua raquete. Se nos oitavos-de-final o húngaro Fucsovics aproveitou, naturalmente, para se soltar dos nervos e apreciar o facto de estar a competir ao mais alto nível com o Rei da modalidade (Federer d. Fucsovics 6-4 7-6 6-2).

Já de Tomas Berdych, checo que Federer enfrentou nos quartos-de-final, alguns esperavam bem mais. Mas foi só mesmo expetativa por parte de alguns adeptos mais iludidos, pois o atual 20º classificado do ranking ATP somou apenas mais um jogo do que o húngaro da ronda transata, e viu-se “despachado” sem sequer roubar um set ao suíço (como, aliás, todos os adversários de Federer até aí): Federer d. Berdych 7-6 6-3 6-4. Até esta fase, tínhamos um Federer a passear por Melbourne Park, enquanto que no topo do quadro Nadal se mostrava bem, forte e confiante depois de ultrapassar o pequeno grande argentino Diego Schwartzman em 4 sets, num daqueles jogos em que Rafa teve de suar para vencer, marcando assim encontro com Cilic (que já vinha a impressionar desde o jogo contra o Português João Sousa) nos quartos-de-final. Aí, o espanhol viu a sua triste sina bater-lhe à porta. Tal como em 2011 – frente a David Ferrer, quando sofreu uma rotura de fibras nos isquiotibiais – e 2015 – frente a Berdych, quando se ressentiu das lesões nos pulsos que o haviam afastado de competição em 2014 – os quartos-de-final voltaram a revelar-se “amaldiçoados” para o maiorquino de 31 anos, que desta feita se viu obrigado a retirar de cena no 5º set após uma lesão no psoas ilíaco, que o incapacitou de se deslocar de forma apropriada no fim do 4º set. Cilic esperava agora Kyle Edmund na meia-final, depois de o jovem britânico ter surpreendido o búlgaro Grigor Dimitrov em 4 sets.

 Fonte: Australian Open
Fonte: Australian Open

Federer iria defrontar agora a sensação do torneio Hyeon Chung, “carrasco” de Novak Djokovic e de Tennys Sandgren (que, por sua vez, foi responsável pela eliminação de Dominic Thiem). Era muita a expectativa por parte dos media. Será que o vencedor do Masters da ATP NextGen seria capaz de se superar outra vez como havia feito frente ao sérvio? Iria Federer manter o seu registo de sets perdidos em branco? “É desta!” ouvi, por parte de vários peritos da modalidade. Não foi. Longe disso. Chung pareceu nunca ter estado em court, não desfrutou sequer da experiência, o que se viria a revelar lógico depois de o coreano descalçar as sapatilhas e desistir do encontro por bolhas nos pés. Sem perder qualquer set, lá estava outra vez Federer na Final. Cilic seguiu o mesmo caminho, e perante um resignado Kyle Edmund (que parece nunca ter acreditado verdadeiramente que poderia chegar à Final), não cedeu qualquer partida e marcou encontro com Roger Federer – uma reedição da última Final de Wimbledon.

Henrique Carrilho
Henrique Carrilhohttp://www.bolanarede.pt
Estudante de Economia em Aarhus, Dinamarca e apaixonado pelo desporto de competição, é fervoroso adepto da Académica de Coimbra mas foi a jogar ténis que teve mais sucesso enquanto jogador.                                                                                                                                                 O Henrique escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Eis os onzes oficiais de Nice e Braga para o jogo da Europa League

O Nice recebe o Braga na 6.ª jornada da Europa League. Minhotos em França perante uma equipa que ainda não pontuou na prova.

Benfica está na corrida pela contratação de Vitão e Internacional já definiu preço do defesa

O Benfica é um dos clubes interessados em Vitão. O Flamengo também está interessado no defesa do Internacional.

Antigo jogador da Juventus recorda chegada de CR7 ao balneário e deixa conselho: «Sigam um exemplo como o do Cristiano Ronaldo e não como...

Claudio Marchisio recordou a chegada de Cristiano Ronaldo à Juventus em 2018. Antigo médio falou no português como uma «superestrela».

Decisões em janeiro: eis os próximos adversários e datas dos jogos do Benfica e do Sporting na Champions League

O Benfica e o Sporting procuram fechar o apuramento para a próxima fase da Champions League. Próximos passos só em janeiro.

PUB

Mais Artigos Populares

Portugal vai enfrentar a Espanha no caminho para o Euro Sub-17 Feminino: eis o grupo luso

Sorteio exigente para a equipa de Beatriz Teixeira. A qualificação joga-se em solo nacional, mas obriga a superar a Espanha.

Eis as principais reações do mundo do futebol ao fim de carreira de Rui Patrício: «Obrigado por tudo, São Patrício»

Rui Patrício pendurou as luvas aos 37 anos. A FPF prepara homenagem e as mensagens dos ex-colegas multiplicam-se nas redes sociais.

Geovany Quenda vence o prémio de jovem jogador do mês da Liga Portugal

Geovany Quenda, avançado do Sporting convenceu os treinadores da Primeira Liga e bateu Gustavo Sá e Pablo na corrida ao prémio.