Primeira parte da missão cumprida com distinção | Voleibol

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    Era com a bagagem repleta de ambições, sonhos e confiança nos píncaros que a equipa nacional atacava aquela que seria a terceira presença consecutiva e sétima de toda a história no Euro Volley de 2023. Refira-se que o torneio era resultado de uma união de esforços e vontades entre quatro países: Israel, quartel general da nossa seleção nesta primeira fase, Polónia, Itália e Eslovénia. Diga-se ainda, que Portugal tomava parte no grupo D conjuntamente com: Israel, Grécia, Turquia, França e Roménia. Combinando a experiência de atletas como Alex Ferreira, Tiago Violas e Filip Cveticanin com a juventude de praticantes como Lourenço Martins, André Marques e José Pedro Pinto, estes dois últimos internacionais de primeiras águas. Era com uma mistura bem ambiciosa que o selecionado de João José desejaria, pelo menos replicar a prestação de há dois anos, quando os nacionais do Voleibol capitularam apenas para os Países Baixos nos oitavos e oferecendo bastantes dores de cabeça a uma das melhores seleções do velho continente roubando-lhes , inclusive, dois sets.

    SANGUE NOVO NÃO ACUSOU ESTREIA

    Com uma necessária renovação a acontecer na convocatória para esta competição onde se notavam as ausências de verdadeiros cromos da modalidade do nosso país como: Hugo Gaspar, Marco Ferreira ou André Lopes, a verdade é que os patrícios não pareciam nada afetados pelos nervos da estreia, sendo que o maior à-vontade de Alex Ferreira e Ivo Casas, uma espécie de vozes de comando, muito ajudaram a que o primeiro obstáculo fosse transposto com brilhantismo. Muito bem na fase de side-out, com muito discernimento e apresentando um jogo bem variado, intenso e assertivo, essa seria a chave para bater uma abnegada formação Romena que e não obstante os parciais equilibrou em muitos momentos o jogo. O resultado seria: 25-19, 25-18 e 25-23  numa exibição que deixava água na boca, bem como posicionava Portugal entre os favoritos à passagem, visto que avançavam quatro equipas para a fase seguinte.

    PORTUGAL OBRIGOU FAVORITOS A DESPIR FATO DE GALA

    Cientes das dificuldades vindas do outro lado da rede, sendo que aí estaria um crónico habitué nas fases mais adiantadas de competições de elevado prestígio, tratando-se dos atuais vencedores do título olímpico, eis que os franceses teriam dificuldades inesperadas com as suas estrelas a terem de vir a jogo. Com os dois primeiros parciais a serem altamente bem jogados, disputados e nivelados por cima, esta atuação ainda que não coroada com pontos, embora vencendo um set, era altamente moralizante, histórica,  e inspiradora.25-21, 27-25, 25-18 e 25-15 eram números de um encontro em que Portugal demonstrou todos os progressos que têm sido conseguidos nos últimos anos, algo que começou a ser desenhado após a histórica participação no mundial da Argentina em 2002, em que  conseguimos um memorável oitavo posto , numa seleção onde entre outros vigorava o nome do atual selecionador.

    DESGASTE OBRIGAVA SELEÇÃO A NÃO FALHAR DIANTE DOS ANFITRIÕES

    Após um começo auspicioso diante dos helénicos , tendo estado a liderar por dois sets sem resposta, 22-25 e 19-25, eis que se refletiu em campo o facto de os de  terras de Cabral fazerem a terceira partida em outros tantos dias. Com a parte física e mental a condicionar, e muito, a prestação nacional, os gregos operariam mesmo uma reviravolta épica, conquistando os parciais seguintes com facilidade: 25-20, 25-15  e 15-12,deixando tudo em aberto para ambos os países.

    NEM O PÚBLICO EVITOU NOVA EXIBIÇÃO DE LUXO

    Com  a nossa seleção a defrontar os Israelitas, surpresa maior do agrupamento até à data, previa-se um duelo daqueles impróprio para cardíacos, com o público que lotava  a arena de Telavive a poder empurrar a sua seleção para uma vitória. Contudo e não obstante a qualidade dos caseiros, seriam os nacionais a dominar uma contenda que tornaram fácil, acabando por emergir por três partidas sem contestação:25-22, 25-21 e 25-12, sendo que o triunfo da Roménia momentos antes diante de França por três sets a um deixava Portugal a ter de vencer os turcos, num duelo fundamental para as nossas aspirações.

    DISCURSO MOTIVADOR EVITA QUEDA INGLÓRIA

    Diante dos turcos viver-se-iam momentos decisivos, sendo que tudo se precipitava numa direção nefasta para as nossas cores, até que o técnico nacional proferiria um discurso bastante duro  que alterou por completo o curso da partida, com a nossa equipa a prevalecer na “negra”, num encontro dramático pelos parciais de 26-24,21-25,15-25,28-26 e 15-13.

    Garantindo o segundo lugar no grupo, apenas atrás dos gauleses e adiante de Romenos, Turcos, Gregos e Israelitas, Portugal marca duelo com a Ucrânia no próximo sábado.

    Oportunamente  contar-lhe-emos as principais incidências da partida. Até lá fique bem.

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    Diogo Rodrigues
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    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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