Os clubes portugueses têm de pensar nos pontos positivos. Para além de terem bons jogadores e treinadores, beneficiam de boas infraestruturas e têm inclusive mais tempo de descanso para jogos europeus, em média, do que os clubes dos restantes países. Após uma pequena pesquisa baseada nos jogos europeus desta época, verifiquei que os clubes portugueses são aqueles que têm um intervalo de dias maior entre um jogo de competição nacional e competição europeia de entre as sete melhores ligas europeias do ranking UEFA – 4,4 dias, quase cinco dias, contra, por exemplo os 3,8 dias dos clubes espanhóis ou os 4 ou 4,1 dias de Rússia e França, respetivamente, que nos ultrapassaram no ranking. A diferença não é enorme, mas é uma curiosidade assinalável.
Aliás, de todos os clubes analisados, o Benfica – juntamente com o Mainz, da Alemanha, é mesmo o clube com mais dias entre jogos nacionais e europeus, com 4,8 dias de diferença, em média. Este tempo de descanso é também um ponto favorável.
Não pretendo com isto dizer que tudo são rosas e que os clubes portugueses têm a obrigação de saírem vitoriosos no fim. Não, há que ser realista. Há muito a melhorar, em especial as condições que a Liga propõe aos seus clubes como conjunto. Mas se não tivermos medo e se aproveitarmos aquilo que de melhor temos, então sairemos mais fortes. Mais fortes e, quem sabe, com um bom lugar ou uma taça na mão.
Foto de Capa: Sports Illustrated