Miguel, Maxi Pereira, Nélson Semedo. Tudo nomes do passado que deixaram marca no Benfica por serem excelentes laterais-direitos. Eram bons tempos. Tempos em que uma pessoa se sentia segura e mais descansada porque, pelo menos por ali, não vinham grandes sustos nem problemas.
Porém as coisas mudaram. Hoje em dia as opções para a posição são Douglas e André Almeida. Sim, eu sei, não é, propriamente, relaxante saber que o Douglas é uma possibilidade para actuar a lateral-direito.
Sejamos honestos, o Douglas é, na melhor das hipóteses, um tipo porreiro para a malta mandar uma futebolada daquelas onde cada um paga 3€ pelo campo. Não dá para mais do que isso. É o tipo a quem um amigo nosso liga a perguntar se ele está mesmo muito ocupado e se consegues estar às 19h no campo, mas ainda assim, o gajo só aparece às 19h30 só para complicar ainda mais.
O futebol do Douglas é isso mesmo, complicar. Ele não defende, ele não ataca bem, ele é horrível na condução de bola, não sabe recuperar nem a posição, muito menos o esférico.

Fonte: SL Benfica
Depois há André Almeida. Quando perguntam se é possível definir uma pessoa numa palavra, é possível fazer isso com André Almeida. Ele é seguro. Defende bem, ataca com mais ou menos critério, está cada vez melhor a tirar cruzamentos, auxilia tanto em missão ofensiva como defensiva. Está inclusive no Top 5 dos melhores laterais-direitos do futebol europeu pela quantidade de recuperações de bola que tem feito.
André Almeida é o lateral- direito que este Benfica precisa. Agora, ele não é feito de ferro. Com tanto uso vai começar a acusar desgaste e corre o risco de se lesionar.
Em resposta à pergunta, estará a lateral-direita segura, digo, não, não está. Ter um que é bom e outro que é mau, é não ter uma posição segura. A eventual contratação de Bruno Peres era, pessoalmente, de bom agrado. Alguém com a estaleca dele tem todas as condições para ser titular e isso, a bom da verdade, seria ingrato para André Almeida.
Contudo, a verdade é que fortalecia a lateral-direita do Benfica e significava uma mudança brusca na política de contratações, até à data, inexistente, e tornava o Benfica numa equipa mais segura.
Já agora, podiam devolver o Douglas às ruas.
Foto de Capa: SL Benfica