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Mais uma vez, como benfiquista, sinto-me envergonhado. É inadmissível uma equipa que é bicampeã nacional em título perder três vezes na mesma época com o seu maior rival e acima de tudo perante o seu antigo treinador.

Como adepto encarnado, sinto-me desiludido com este “deixa andar” que se instalou para os lados da Luz. A falta de consistência e de qualidade nas exibições do Benfica fazem qualquer um duvidar deste conjunto na presente temporada.

Sou um dos poucos que defende Rui Vitória, que não lhe aponta o dedo e não o critica, mas depois deste jogo já não posso fazer o mesmo. As escolhas do técnico encarnado no jogo contra o eterno rival foram no mínimo duvidosas. Apesar de ter conseguido confundir a equipa verde e branca nos minutos iniciais do encontro com o posicionamento de Pizzi, Rui Vitória pecou por não se saber adaptar ao desenrolar do jogo. Na segunda parte o meio campo do Benfica estava completamente perdido, com Talisca a ser menos um, mas mesmo assim permanecendo em jogo. Faltava um elo de ligação entre o meio campo e o ataque e era nesta altura que Rui deveria ter tirado Talisca do jogo e colocado ou Raúl Jiménez e descido Pizzi ou então colocado André Almeida no lugar de Talisca e não de Pizzi.

Pizzi foi uma das surpresas no onze de Rui Vitória Fonte: Sport Lisboa e Benfica
Pizzi foi uma das surpresas no onze de Rui Vitória
Fonte: Sport Lisboa e Benfica

Com Mitroglou completamente desamparado, o jogo do Benfica baseava-se em bolas bombeadas para a frente de ataque na esperança de que o avançado grego as conseguisse segurar e desta feita conseguissem desequilibrar, coisa que raramente aconteceu. É agora que muita gente se apercebe do quanto Lima nos faz falta. Olhado de lado e mal-amado por muitos dos adeptos benfiquistas, a verdade é que Lima era um trabalhador incansável, que durante o jogo inteiro trabalhava de forma incessante, construindo um elo de ligação entre a defesa e o ataque nas jogadas de saída rápida para o ataque.

Neste jogo, ao contrário de nos outros dois derbys desta época, quem perde é o treinador encarnado. Ao contrário de nos outros dois embates com o Sporting, viu-se um Rui Vitória com medo, um Rui Vitória condicionado.

Como tinha escrito anteriormente, referi que este jogo poderia marcar um ponto de viragem ou marcar o início de um ciclo complicado para a “estrutura” e para o treinador. Depois de um início de campeonato desastroso e de uma saída prematura da taça de Portugal as atenções dos adeptos voltam-se para o treinador; resta então saber o que fará o presidente encarnado. Em anos anteriores observámos um Vieira sem medo, que apostou em JJ contra tudo e contra todos mas nos dias que correm isso é mais complicado de se fazer. Ao contrário de JJ, Vitória não tem provas dadas, porque treinar uma equipa como o Benfica não é igual a treinar um Vitória de Guimarães, com todo o respeito. Apesar de ter feito um bom trabalho a nível de “descobrir” talentos na formação do Benfica e na Liga dos Campeões, não pôs o Benfica no modo “rolo compressor” como fez Jesus, não ganhou a Supertaça e acima de tudo conseguiu perder três vezes na mesma época com o seu maior rival, coisa que pôs todos os benfiquistas de cabeça perdida.

Resta então saber o que Vieira irá fazer. Tem apenas duas opções, ou mantém a aposta em Rui Vitória e lhe oferece aquilo de que ele necessita para colocar o Benfica de novo na luta pelos títulos ou aposta noutro treinador que dê mais garantias à equipa encarnada.

Foto de Capa: Sport Lisboa e Benfica

Dinis Mestre
Dinis Mestrehttp://www.bolanarede.pt
O Dinis é um apaixonado por desporto. O Futebol e o Downhill são a sua grande paixão. Benfiquista e farense ferrenho, adora debater todos os temas da atualidade desportiva sempre com a maior imparcialidade possível.                                                                                                                                                 O Dinis não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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