CF Estrela 0-4 SL Benfica: Jesus passa na casa de partida na travessia para o Jamor

A CRÓNICA: REGRESSO ÀS ORIGENS DE JESUS COM GOLEADA

Se na eliminatória anterior a festa da Taça tinha voltado ao velhinho Estádio José Gomes, nesta agora era a dobrar por ser novo jogo em casa e por o CF Estrela receber um dos grandes e, neste caso, o SL Benfica. O frio que vai sendo “a moda” por toda essa «ocidental praia lusitana» e na Reboleira não foi exceção. O problema é que até o gelo ia sendo o principal personagem nesta travessia pel’Os Lusíadas. Ups, desculpa. Pela Prova Rainha.

Sabes quando pisas gelo? Há uma linha ténue entre estar à superfície ou de acabares dentro de água gelada. Ora pois bem, o “gelo” já havia (sem saber ao certo quantos graus Celcius) e quem quebrou o gelo foi Chiquinho. Passo a explicar.

A jogada foi bem trabalhada pela lateral direita, depois de tanta insistência na profundidade e também pelo corredor central. Aos 42 minutos, Diogo Gonçalves foi progredindo em terreno perigoso (neste caso era a relva, mas bem podia ser gelo) e foi ele que fez o primeiro rachar da superfície. Depois, foi Seferovic a aumentar o buraco, mas Filipe Leão aguentou que o Estrela caísse na água. Porém, a tentativa foi só isso, pois veio outro para quebrar tudo: Chiquinho. O 0-1 foi tão perto do intervalo que foi com esse resultado que fomos para os balneários.

Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

Ao intervalo, bebemos chá oferecido pelo clube amadorense (a quem saudamos a atitude perante os jornalistas). Aquecemos e o jogo também. O início de segunda parte ofereceu-nos logo dois golos. Samaris começou uma jogada a meio campo, rasgou a defesa com um passe para Diogo Gonçalves e, novamente, o lateral encarnado a encontrar a “terra”, continuando a analogia d’Os Lusíadas. Seferovic marcou o segundo da partida.

O Estrela até acordou e marcou por intermédio de Hélder Latón, mas o problema é que a festa foi curta pelo novo instrumento colocado no Estádio José Gomes, o VAR. Era o recomeço que queríamos depois de pouca emoção.

O minuto 60 foi importante nesta partida. Foi aos três e ao seis. A turma de “inhos” entrou em ação: Chiquinho fez mais um belo trabalho na grande área, depois de uma boa assistência de Pedrinho, e marcou o terceiro. O quarto teve nova assinatura de Pedrinho na assistência e foi o alemão Waldschmidt. Digamos que a caravela estrelista que tentava chegar aos tesouros da Índia – perdão… do Jamor – acabou por afundar.

Estes foram os dez cantos de uma adaptação d’Os Lusíadas e fica agora só uma caravela a continuar a sua travessia até não muito longe do estádio que hoje nos encontramos. Trocando a analogia por algo mais simples, o SL Benfica goleia, mas não convence e nem jogo ainda o triplo. O CF Estrela deve estar orgulhoso da sua navegação nesta bela competição.

 

A FIGURA

Fonte: Sebastião Roxo/Bola na Rede

Chiquinho – Foi uma figura importante no jogo dos encarnados. Não foi aquele que assumiu sempre a responsabilidade da construção de jogo, mas foi aquele que estava na hora certa e no sítio certo. Dois golos que deram cor à goleada colorida deste SL Benfica. Contudo, temos também de dizer que Pedrinho foi uma peça importante neste jogo, principalmente na parte a que lhe tocou: as assistências.

O FORA DE JOGO

Fonte: Sebastião Roxo/Bola na Rede

Chapi Romano – O jogador estrelista acabou por ficar muito recuado para que pudesse ajudar o seu meio campo e por este motivo, essencialmente, acabou por estar fora de jogo. Pode oferecer muito mais, mas a tática estava montada para algo mais defensivo e compacto, não permitindo nada mais criativo. É isso a que estamos habituados deste jogador.

 

ANÁLISE TÁTICA – CF ESTRELA DA AMADORA

A formação de Rui Santos apresentou-se num 4-4-2 bem visível a partir da bancada com duas opções mais avançadas: Chapi Romano e Paollo Madeira. O treinador da equipa amadorense afirmou na antevisão que não iria mudar muito daquilo que foi o seu onze nos restantes jogos e assim voltou a apostar em todas as peças que têm sido fundamentais. Havia uma grande preocupação na pressão dos dois centrais encarnados, Todibo e Jardel, para que estes errassem e, a partir daí, houvesse um erro.

A segunda parte trouxe “à tona” as dificuldades do CF Estrela de conseguir conter as precursões atacantes dos encarnados, sobretudo quando os estrelistas faziam a pressão no meio-campo e acabavam por abrir muito os quatro do setor defensivo. Depois do segundo golo e também do golo anulado aos estrelistas, foram o aperitivo delicioso para que os estrelistas acabassem por ficar sem grande força tática. O subir de linhas e também a pressão mais alta depois dos jogos sofridos deixou os estrelistas “à mercê” de mais golos.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Filipe Leão (6)

Zé Pedro (5)

Yuran Fernandes (5)

Helder Laton (5)

Xavier Fernandes (4)

Paollo Madeira (5)

Horácio Jau (5)

Ronald Murillo (4)

Edu Duarte (5)

Chapi Romano (3)

Sérgio Conceição (5)

SUBS UTILIZADOS

Diogo Leitão (5)

Luís Mota (5)

Leandro Tipote (5)

Zaporo (-)

Miranda (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

O típico 4-4-2 que Jorge Jesus e aquilo que mudou muito foi o onze. O treinador que regressou às suas origens tinha dito que ia haver mudanças e não falhou na sua palavra. Aquela estreia que mais se esperava confirmou-se com a entrada do defesa central Todibo. Depois, houve ainda o regresso de Diogo Gonçalves, Samaris, Chiquinho e também de Gonçalo Ramos. Na primeira parte, os encarnados apostaram num jogo interior com Seferovic a tentar encontrar a profundidade e com Gonçalo Ramos a procurar mais as alas, sem grande sucesso.

Depois que Jorge Jesus percebeu que a tática inicial de tentar explorar o jogo interior e também a profundidade não resultava, os encarnados conseguiram melhorar imenso na segunda parte quando potenciou o lado direito em que Diogo Gonçalves esteve em grande destaque. A saída da primeira pressão dos estrelistas também foi um fator decisivo para que o Benfica conseguisse encontrar os espaços necessários para encontrar o caminho da baliza. Taticamente, a segunda parte foi bem melhor do que a segunda.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Helton Leite (5)

Diogo Gonçalves (7)

Jardel (5)

Todibo (7)

Nuno Tavares (5)

Samaris (6)

Taarabt (5)

Chiquinho (8)

Pedrinho (7)

Gonçalo Ramos (5)

Seferovic (7)

SUBS UTILIZADOS

Waldschmidt (7)

Facundo Ferreyra (5)

Rafa Silva (5)

Weigl (5)

Grimaldo (5)

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João Pedro Barbosa
João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.

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