📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
- Advertisement -

sl benfica cabeçalho 1

Na ressaca do dérbi, eis uma análise minimamente profunda, para variar. Não capaz de explicar e de curar todos os males do futebol benfiquista, mas reflexiva. É claro que é sempre mais fácil, em cima do sucesso e das vitórias, enaltecer as coisas boas. Contudo, as derrotas e os insucessos, amiúde, acabam por contar outras histórias. E o problema da incapacidade do Benfica em controlar os jogos – particularmente os mais exigentes – não é de agora. Nem está presente ao sabor do resultado.

Se recuarmos ao tempo do Benfica de Jorge Jesus, já se dizia que era uma equipa de vertigem. O termo “vertigem” passou a ser utilizado para explicar uma filosofia de jogo assente num futebol ofensivamente pujante, mas defensivamente desequilibrado. Com o passar das temporadas, Jorge Jesus preocupou-se em dar um carácter mais pragmático às suas equipas. Ainda assim, a equipa parecia que só vivia em dois mundos: um primeiro, em que a equipa mostrava grande profundidade ofensiva, com todos os riscos que advinham daí para a segurança defensiva; e um segundo, em que a equipa renunciava (demasiado) à sua identidade – veja-se jogos de Champions.

Agora com Rui Vitória, o Benfica manteve a sua identidade de equipa. Não estamos a discutir a qualidade exibicional da equipa – como já se percebeu, o termo “jogar bem” é subjectivo -, porém, a verdade é que o Benfica é claramente uma equipa de tracção à frente. O problema vem depois…

Fejsa tenta segurar as rédeas do meio-campo Fonte: SL Benfica
Fejsa tenta segurar as rédeas do meio-campo
Fonte: SL Benfica

É claro que deve ser apanágio de qualquer equipa grande jogar um futebol ofensivo, afinal estamos na Liga Portuguesa, competição em que uma equipa grande passa o maior número de tempo a atacar. Esse é um mundo (futebolístico) à parte. Para o Benfica, interessa analisar e aprofundar os comportamentos colectivos face aos adversários de maior exigência. E aí, a equipa de Rui Vitória falha naquilo que pode ser essencial: o controlo. Se pensarmos em dois jogos concretos (Besiktas e Sporting), apesar de terem resultados diferentes, são paradigmáticos sobre a incapacidade encarnada em controlar as partidas. Nesses dois encontros, e com vantagens confortáveis, o Benfica sofreu. Nesses dois encontros, Rui Vitória optou por fortalecer o meio-campo, e, mesmo assim, o Benfica não conseguiu “descansar com bola”, expressão de José Mourinho, que não implica uma renúncia ao jogo, mas sim um controlo de bola, impedindo que o adversário possa recuar.

Este conflito táctico da equipa pode ter várias interpretações. Ou Rui Vitória ainda não estabeleceu uma alternativa ao modelo normal, ou então, como a patologia não é de agora – lembra-se da referencia aos tempos de Jesus, caro leitor? -, fica a ideia que a filosofia de vertigem ofensiva já é algo enraizado na mente dos jogadores. Porém, enquanto o descontrolo for controlável, está o Benfica bem…

Foto de Capa: SL Benfica

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Jorge Fernandes
Jorge Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
O futebol acompanhou-o desde sempre. Do amor ao Benfica, às conquistas europeias do Porto, passando pelas desilusões dos galácticos do real Madrid. A década continuou e o bichinho do jornalismo surgiu. Daí até chegarmos ao jornalismo desportivo foi um instante Benfiquista de alma e coração, pretende fazer o que mais gosta: escrever e falar sobre futebol. Com a certeza de que futebol é um desporto e ao mesmo tempo a metáfora perfeita da vida.                                                                                                                                                 O Jorge não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Micael Sequeira explica substituições no Sporting x Glasgow City e atira: «As jogadoras superaram-se e ganhámos com toda a justiça para chegar aos quartos-de-final»

Micael Sequeira falou após o triunfo do Sporting frente ao Glasgow City por 3-1, nos oitavos de final da Taça Europa. O técnico explicou as alterações efetuadas na partida.

Ivan Baptista lamenta desaire do Benfica frente ao Paris FC: «O resultado não reflete o que jogámos e foi desapontante»

Ivan Baptista lamentou a derrota do Benfica frente ao Paris FC, na quarta jornada da fase de liga da Champions League Feminina.

Real Madrid pode recontratar médio espanhol por 13,5 milhões de euros

O Real Madrid está a acompanhar com interesse o desenvolvimento de Chema Andrés. O médio espanhol foi transferido para o Estugarda, mas pode ser recontratado.

Barcelona pode pagar 30 milhões de euros por antigo alvo do FC Porto

O Barcelona está na disposição de pagar 30 milhões de euros por Rayan. O avançado de 19 anos tem uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros com o Vasco da Gama.

PUB

Mais Artigos Populares

Imprensa italiana dá conta de uma informação importante sobre o futuro de Rui Patrício

A imprensa italiana está a avançar que Rui Patrício pode fechar a carreira nos próximos dias. O guarda-redes português está sem clube desde o verão.

Custou cerca de 25 milhões de euros ao Chelsea e está a avaliar a saída já no mercado de janeiro

O Chelsea pode ver confirmada a saída de Filip Jorgensen no mercado de janeiro. O guarda-redes dinamarquês é o habitual suplente nos blues.

Salários em atraso e bloqueio da FIFA agitam Portimonense

O Portimonense não paga salários há dois meses e o plantel já protestou. Já a FIFA, impediu os algarvios de registar novos contratos.