Rui Vitória, o verdadeiro artífice desta caminhada, lidera um grupo consciente da responsabilidade que lhe cabe; do momento que vive e da missão que tem pela frente. É essa vontade de vencer o jogo e o campeonato, semelhante à do adepto comum, que tem feito a diferença e pode, mantendo-se a toada, elevar este grupo à imortalidade que as nossas memórias permitirem. Jardel e Mitroglou (castigados) não vão a jogo; Luisão, Lisandro, Fejsa, Carcela e Gaitán estão a braços com problemas físicos. No entanto, ninguém duvida da capacidade dos escolhidos por Rui Vitória para disputarem mais esta final e, sobretudo, para arrecadarem mais três pontos.
Provavelmente, o Benfica não teve, ainda, a oportunidade de jogar com o seu melhor “onze” – um caso sem paralelo, comparativamente com os nossos rivais. Rui Vitória tem encontrado soluções para colmatar todas e quaisquer ausências, mesmo aquelas que, teoricamente, influenciariam decisivamente a nossa dinâmica e o nosso rendimento. O segredo, para além do talento dos “maneis” e dos “dez vezes renascidos”, reside em todos os atributos pessoais e profissionais que este texto tem vindo a enumerar: a atitude de todos os jogadores, jovens ou veteranos (seja com os 37 de Paulo Lopes ou com os 18 de Renato Sanches), e a sua vontade de vencer. Mantendo sempre esta postura – e evitando os erros que só os humanos cometem – teremos um final feliz.
Foto de Capa: SL Benfica