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FC Dínamo Kiev 0-0 SL Benfica: Águias dormentes na Europa

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A CRÓNICA: BOA EXIBIÇÃO, ZERO EFICÁCIA E TERROR NOS DESCONTOS

O SL Benfica entrou mandão, ao contrário da maioria das previsões. O FC Dínamo Kiev, a jogar diante do seu público e em desacordo com a filosofia de Lucescu, remeteu-se a papel de contenção, oferecendo a bola aos encarnados e apostando em lançamentos rápidos que dependiam sobretudo da capacidade física de Shrukin.

E, até por esta surpresa narrativa, o SL Benfica nunca se aproximou de forma letal da baliza de Boyko, apesar de controlar todas as operações: a equipa pareceu sempre desconfiada da apatia ucraniana, como que duvidando da sua própria responsabilidade naquele constrangimento adversário.

O SL Benfica chegou aos 76% de posse a meio da primeira parte, fez dançar o bloco compacto, mas nunca conseguiu discernir os melhores espaços para ferir as redes do FC Dínamo Kiev.

O primeiro remate à baliza só surgiu aos 40 minutos, depois de Yaremchuk recuperar o esférico em zona adiantada e desferir um potente remate (à figura) – e essa, além da oportunidade aos 54’, foram as únicas intervenções suas dignas de registo. Talvez por isso a realização televisiva tenha fixado tantas vezes a figura de Haris Seferovic, relaxado mas atento no banco de suplentes…

O FC Dínamo Kiev, por muito que tentasse sair no contra-golpe, só na bola parada incomodou Odysseas Vlachodimos, obrigando-o a estirada fotogénica num livre irrepreensivelmente marcado por Shaparenko, um dos craques que hoje andou mais preocupado em defender do que explanar o seu futebol.

Não se esperava postura tão defensiva aos da casa, não sendo, por isso, reveladas as qualidades que compõem a base da seleção de Leste. Essa tendência mais se confirmou quando, aos 60 minutos, Jorge Jesus quis intervir na partida e imprimir velocidade no plano de jogo encarnado.

Darwin entrou por Yaremchuk (a realização tinha-se enganado no alvo, mas acertado nas intenções do treinador), Lázaro por Gilberto e Radonjic por um apagadíssimo Everton -, ação à qual respondeu Mircea Lucescu com inesperada solução: tirar Shrukin por Garmash, médio de origem que obrigou o maestro Buyalskyy a ocupar a posição ‘9’.

Acentuava-se, então, sobremaneira, a cautela do titulado técnico romeno, poucas vezes tão comedido nas suas abordagens – muitas raras vezes o vimos, ao longo da carreira, à procura de segurar um ponto como hoje.

O SL Benfica, com as substituições, perdeu boa parte do caudal ofensivo – a equipa ressentiu-se com a ausência das anteriores referências, desencontrou-se e passou a apostar unicamente nas iniciativas individuais de Rafa ou de Nemanja Radonjic, com o ataque da equipa a preencher de uma assustadora inconsequência que hipotecou a vitória – apesar do controlo que se manteve até… Aos 90 minutos.

A partir daí, viveu-se um autêntico filme de terror na área encarnada: o FC Dínamo Kiev, inexplicavelmente, acordou ao levantar da placa pelo quarto árbitro e iniciou convicto assalto à baliza de Vlachodimos, que foi obrigado a três defesas (!) em quatro minutos e que ainda sofreu um golo, anulado por fora-de-jogo.

O pânico destes instantes finais não faz jus à boa exibição dos encarnados, que apresentaram Futebol mais do que suficiente para levar os três pontos de Kiev. A equipa merecia mais.

Uma nota também para o peso das três equipas portuguesas na prova que também se fez sentir no canal de transmissão oficial da Liga dos Campeões. A ELEVEN registou a maior audiência de sempre com a primeira jornada da Champions 2021/2022. Uma audiência média de mais 150 mil espectadores, sendo que o jogo do SL Benfica contra o Dynamo Kyiv foi a partida mais vista de sempre na ELEVEN, atingindo uma audiência média de mais de 175 mil espectadores e um pico acima de 300 mil espetadores em todas as plataformas.

 

A FIGURA

Vlachodimos tem estado em bom plano no início de temporada do SL Benfica
Vlachodimos teve mais uma excelente exibição ao serviço do SL Benfica
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Odysseas Vlachodimos – Caricatamente, acaba por ser o grego o melhor em campo – não que tenha tido muito trabalho, mas pela intensidade do mesmo: picou o ponto aos 8’ e cumpriu com nota dez os longos quatro minutos depois dos 90, sendo, por isso, crucial para o (insonso) ponto conquistado pelo SL Benfica na Ucrânia.

 

O FORA DE JOGO

Everton esteve apagado do jogo do SL Benfica
Everton esteve apagado do jogo do SL Benfica
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Everton Cebolinha – Continua a não mostrar as competências que lhe são reconhecidas. Se o enorme talento em termos técnicos lhe emprega uma aura de craque indesmentível, perpetua-se uma espiral negativa quanto ao seu parco rendimento.

A influência nula no jogo ofensivo da equipa remete-o cada vez mais para a categoria de flop – ainda que não seja demasiado tarde para provar que os 20 milhões gastos na sua contratação não foram mal empregues.

 

ANÁLISE TÁTICA – FC DÍNAMO KIEV

Completamente irreconhecível na postura, o FC Dínamo Kiev apresentou-se no habitual 4-2-3-1, com duas linhas de quatro no momento defensivo – Buyalskyy aproximava-se de Shrukin na “pressão” feita aos centrais encarnados.

Aos 60’, o mesmo Buyalskyy foi obrigado a cumprir a posição mais adiantada, ao entrar Garmash. Aos 75’, Karavaev rendeu Tsyngakov – e Lucescu acabou por admitir aí a sua preocupação com as investidas de Grimaldo, que se vinha associando com Radonjic e Darwin Núnez, que invariavelmente cai naquele corredor.

A equipa nunca se soltou, nunca apostou no ataque continuado nem teve intenções de passar muito tempo com a bola em sua posse – bloco baixo, dependência dos apoios frontais de Shrukin para iniciar contra-ataques e pouco destaque dado aos homens das extremas – só Mykolenko, o lateral–esquerdo, teve intervenções assinaláveis vindo de trás.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Boyko (6)

Kedziora (5)

Zabarnyi (7)

Syrota (7)

Mykolenko (7)

Sydorchuk (5)

Shaparenko (6)

Buyalskyy (6)

Tsyngakov (5)

De Pena (5)

Shkurin (5)

SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES

Garmash (-)

Karavaev (-)

Verbic (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

Excelente jogo benfiquista na gestão da posse de bola. O 3-4-2-1 vai-se cimentando como sistema predileto e garantia de estabilidade, principalmente no setor defensivo: exibição fantástica do trio defensivo.

Rafa muito interventivo e muito solicitado, na ligação entre setores, encontrando grande complemento em Yaremchuk, sempre disponível fisicamente apesar de muito bem guardado por Zabarnyi. Weigl e João Mário deram conta de Shaparenko, e cumpriram nova grande exibição enquanto parelha.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Odysseas (8)

Gilberto (6)

Otamendi (7)

Vertonghen (7)

Morato (7)

Grimaldo (7)

Weigl (8)

João Mário (6)

Everton (5)

Rafa (8)

Yaremchuk (5)

SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES

Darwin (-)

Lázaro (-)

Radonjic (-)

Taarabt (-)

Artigo revisto por Joana Mendes

Pedro Cantoneiro
Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, de opinião que o futebol é a arte suprema.

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