Liverpool FC 3-3 SL Benfica: Encarnados saem de cabeça erguida

A CRÓNICA: ÁGUIAS FALHARAM NA DEFESA

As águias tinham uma missão quase impossível à partida. Depois da derrota por 1-3 em casa, os encarnados precisavam de vencer por, pelo menos, dois golos de diferença para levar o jogo a prolongamento.

O jogo começou em ritmo lento com os encarnados mais recuados à espera de recuperarem a bola para lançarem transições rápidas através de jogo direto para os seus avançados.

O primeiro lance de perigo foi mesmo dos encarnados, com Everton, à entrada da grande área dos reds, a rematar cruzados com a bola a passar perto do poste direito da baliza de Alisson.

Apesar do Liverpool não ter criado grande perigo à baliza encarnada, nos primeiros 20 minutos, conseguiria através de uma bola parada. Na sequência de um canto do lado esquerdo, Tsimikas, bateu tenso e Konaté saltou mais alto do que os centrais encarnados e cabeceou para o fundo da baliza de Odysseas.

Os ingleses tiveram algumas oportunidades para chegar ao 2-0, mas foram os encarnados a chegarem ao empate. Lance algo fortuito, com o passe de Diogo Gonçalves a ressaltar em Milner e a bola chegou até Gonçalo Ramos que, na cara do guarda redes adversário, fuzilou a baliza do reds, à passagem da meia hora.

Até ao intervalo, foi a equipa da casa a estar mais próxima de chegar ao golo, mas a igualdade no marcador e a necessidade dos encarnados marcarem dois golos para empatarem a eliminatória mantinham-se.

No segundo tempo, o Liverpool mantinha as linhas mais adiantadas no terreno de jogo e aos 55 minutos, os ingleses voltaram a adiantar-se no marcador.

Vlachodimos antecipou-se a Luís Diaz que seguia já na grande área com a bola em direção à baliza, mas não segurou a bola e Vertonghen, de carrinho, aliviou o esférico para o lado esquerdo. Jota captou a bola e cruzou para Firmino que livre de marcação atirou para o segundo golo do Liverpool.

À passagem da hora de jogo, o Benfica teve uma boa oportunidade para visar a baliza de Alisson, mas o remate de Darwin não teve a melhor direção.

Aos 65´, em nova situação de bola parada, o Liverpool chega ao terceiro golo e, se a eliminatória estava muito difícil, ficou praticamente decidida com uma desvantagem dos encarnados de quatro golos. Tsimikas marcou um livre para dentro da grande área encarnada, Gilberto não acompanhou Firmino, Otamendi não consegue chegar de cabeça à bola e o internacional brasileiro atirou facilmente para o 3-1.

O Benfica podia estar fora da eliminatória, mas não do jogo. Já perto do último quarto de hora da partida, Grimaldo viu Yaremchuk entre os centrais dos reds e fez um passe com conta, peso e medida para o ucraniano que nos limites do fora de jogo (Joe Gomez colocou-o em jogo) recebeu o esférico e reduziu a desvantagem.

O ritmo de jogo diminuiu e o Benfica conseguia explorar melhorar as costas da defesa adversária. Weigl, ainda antes da linha de meio campo, fez um passe longo para João Mário que adiantou a bola para Darwin. O internacional uruguaio fez o que lhe competia e frente a Alisson atirou para a baliza do Liverpool, aos 83´, em lance novamente decidido pelo VAR.

Até ao final do jogo, Darwin obrigou Alisson a uma defesa apertada com um remate forte à meia volta. Já o Liverpool teve ainda um par de ocasiões para marcar e ainda houve um golo anulado por fora de jogo para cada uma das equipas.

O Benfica até conseguiu marcar mais do que os dois golos de que precisava, mas a defesa hipotecou a discussão da eliminatória.

 

A FIGURA

Liverpool FC 3
Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

Roberto Firmino (Liverpool FC) – O internacional brasileiro foi decisivo com um bis, aproveitando o desnorte da defesa encarnada. Muito ativo no movimento ofensivo dos reds combinou muito bem com os parceiros de setor, Jota e Luís Diaz.

 

O FORA DE JOGO

Liverpool FC 3
Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

Jan Vertonghen (SL Benfica) – O central belga foi um dos rostos do desnorte da defesa do Benfica e que contribuiu para o Benfica não conseguir estar a discutir a passagem da eliminatória. O belga deixou-se antecipar por Konaté, no 1-0, e fez um corte defeituoso aproveitado por Jota para assistir Firmino para o 2-0.

 

ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

Klopp apostou no habitual 4-3-3, mas com sete alterações face ao jogo da primeira mão.

No setor defensivo, apenas Alisson, na baliza, e o central Konaté que passou do lado esquerdo para o lado direito do centro da defesa, repetem a titularidade. Os laterais, Joe Gomez, à direita, lado mais explorado pelo ataque encarnado, e Tsimikas, não se aventuraram muito pelos corredores.

Firmino atuou como avançado-centro, com Jota no flanco direito e Díaz no esquerdo, um tridente ofensivo com bastante mobilidade. Henderson era o médio mais recuado, com Keita, mais à direita, e Milner, à esquerda, a juntarem-se à linha ofensiva, procurando movimentos de rotura.

Na segunda parte, com as substituições, o Liverpool ficou com os setores defensivo e ofensivo mais distanciados, o que permitiu ao Benfica aproveitar o espaço nas costas para chegar ao empate no jogo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Alisson (5)

Joe Gomez (5)

Konaté (6)

Matip (6)

Tsimikas (7)

Jordan Henderson (7)

James Milner (6)

Naby Keita (6)

Diogo Jota (7)

Roberto Firmino (8)

Luis Díaz (6)

SUBS UTILIZADOS

Fabinho (5)

Thiago Alcântara (6)

Salah (6)

Mané (6)

Origi (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

A precisar de marcar golos mas com compreensivas preocupações defensivas, o Benfica alinhou em 4-5-1. Darwin era a referência na frente, e Diogo Gonçalves, única novidade no onze, e Everton a recuarem frequentemente não só para apoiar defensivamente os laterais (Gilberto e Grimaldo), mas também, por vezes, para virem buscar a bola em transições rápidas.

Quando a equipa tinha bola e espaço, saía a jogar em 4-1-4-1, com Weigl na ligação entre setores. Gonçalo Ramos, mais adiantado, e Taarabt atuavam como médios mais avançados, tentando proporcionar as acelerações de Darwin, Rafa e Everton.

Os encarnados procuraram bolas longas nas costas dos ingleses para os apanhar em contrapé, sendo o lado direito o mais explorado.

Na segunda parte, com a entrada de Yaremchuk, Nelson Veríssimo pretendia aproveitar a altura do avançado ucraniano para melhorar a eficácia nas bolas longas. A substituição de Taarabt por João Mário, já destacado, permitiu reforçar o apoio ao ataque encarnado.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Vlachodimos (6)

Gilberto (6)

Otamendi (5)

Vertonghen (5)

Grimaldo (7)

Taarabt (6)

Weigl (7)

Diogo Gonçalves (6)

Everton (6)

Gonçalo Ramos (7)

Darwin Núñez (7)

SUBS UTILIZADOS

Yaremchuk (6)

João Mário (6)

Paulo Bernardo (-)

Gil Dias (-)

André Almeida (-)

Pedro Filipe Silva
Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.

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