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Nesta quarta-feira, Maxi Pereira deverá assinar pelo FC Porto. Comentei há dias com amigos que, neste mercado de transferências, todos os dias parecem ser o 1 de Abril – o célebre dia das Mentiras. Mas tudo é realidade, tudo é loucura, nada é gratidão, nada é prudência. Foi assim no caso Jorge Jesus, é assim no caso Maxi Pereira.

Desde que se lançou o fumo sobre a não renovação de Maxi Pereira, eu sempre soube que também havia fogo. Pelo comportamento do Benfica, do jogador e do seu empresário, percebeu-se que as coisas que já não estavam encaminhadas para o uruguaio ficar na Luz, estando sempre perfeitamente aberta a porta de Alvalade e do Dragão. Ambos os rivais tentaram mais um golpe ao bi-campeão, mas o Porto levou a melhor porque tem mais dinheiro para oferecer 16 milhões de euros a um jogador de 32 anos.

Considero quase tudo patético neste caso. O altíssimo salário que o Benfica propôs ao jogador, o tempo que se demorou a resolver a questão, a atitude de um jogador que vestiu de águia ao peito durante oito anos e, sobretudo, o investimento absurdo do FC Porto no vencimento do lateral uruguaio.

Maxi Pereira terminou contrato e não renovou com o Benfica Fonte: Sport Lisboa e Benfica
Maxi Pereira terminou contrato e não renovou com o Benfica
Fonte: Sport Lisboa e Benfica

Não vou escalpelizar cada uma destas questões porque acho que elas falam por si e não há muito mais para acrescentar. Apenas concluo, com mais este caso, que cada vez mais se estão perder os valores do futebol, esse tão apaixonante desporto. Maxi, como se vê, não tem problemas nenhuns em trocar o clube que lhe o levou ao topo das suas plenitudes pelo seu maior rival. Ao que parece, o exemplo dentro e fora de campo, ídolo de tantos benfiquistas, também sabe ser ingrato. No fundo, são todos iguais. E iguais no mau sentido. São situações como esta que fazem com que os adeptos não comprem camisolas com nomes de jogadores, não idolatrem jogadores ou treinadores e vão menos vezes aos estádios.

Mas estas são outras discussões. O que conta para o momento é que, em menos de um mês, o Benfica perde dois símbolos do sucesso dos últimos anos para os seus maiores rivais. Isto quer dizer várias coisas, mas, de entre as mesmas, a que me dá gozo destacar é a ganância dos rivais pelo “caceteiro” do Benfica e do “broeiro” treinador encarnado, ao ponto de fazerem negócios perigosos e imprudentes.

João Pedro Óca
João Pedro Ócahttp://www.bolanarede.pt
O João Pedro Óca é um alentejano a fazer o gosta mais em Lisboa: jornalismo, sobretudo desportivo, na TVI e na CNN Portugal. Além disso, ainda dá uma perninha como narrador na Eleven.

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