Moreirense 1-3 Benfica: três pontos, nada mais

coraçãoencarnado

Posse de bola: 33% – 67%; remates: 2 – 13; remates à baliza: 1 – 7; cantos: 3 – 15; ataques: 62 – 167. Achei por bem começar este texto com estas estatísticas, antes de me alongar – relembro que a equipa visitante foi o Sport Lisboa e Benfica. Já sei que as redes sociais estarão cheias de sábios, que em tentativas de inteligência falarão sobre o jogo desta noite. Isto porque, verdade seja dita, a “coisa” não estava nada fácil. Exibição fraca das papoilas encarnadas, mas vitória justa. Vamos lá a isto então.

A partida começou com um remate perigoso de Alex – o avançado de Moreira de Cónegos provava que este Moreirense jogava com ambição. Depois dos primeiros dez minutos, o Benfica encaixou na partida e mostrou-se superior em todos os momentos do jogo. O Moreirense jogava recuado no terreno e os encarnados tentavam inaugurar o marcador – sobre isto, dizer que o Benfica se apresentou com limitada capacidade criativa, poucas ideias e uma bola ao poste ao minuto catorze. Salvio e Ola John pouco inspirados, a condicionar o processo ofensivo encarnado. Depois disto, o inesperado apareceu. Ao minuto trinta e cinco, André Almeida perde a bola e o Moreirense, num contra-ataque rápido, estreia as redes da baliza de Artur. 1-0 para a equipa visitante. O intervalo veio mesmo a seguir (foram dez minutos, mas pareceram dois). Uma primeira-parte dum Benfica mole e um Moreirense atrevido, com alas rápidos e um meio-campo solidário. Descanso de quinze minutos, excelente oportunidade para o Jesus apertar com eles.

O segundo tempo trouxe um Benfica mais rápido. Mais atrevido. E com o mesmo espírito dominador. Passados dez minutos, canto na direita e o Capitão Luisão a não dar hipótese a Marafona. Sobre este canto, três notas: primeira, o canto era na verdade inexistente; segundo, preciso de ver mais repetições sobre este lance para confirmar se seria penálti ou não; terceiro, como já sei que os sábios andam por aí, ficou um canto por marcar para o reduto encarnado na primeira-parte (lance do Maxi). Outras notas: o golo trouxe justiça ao resultado, obrigado Capitão, estava a ver que não… De seguida (dois minutos depois), André Simões foi expulso – sobre isto pouco a dizer: ainda não tenho o grau de sábio, significando que não consegui ouvir ou perceber o que este terá dito ao árbitro. No entanto, posso revelar que me pareceu que o jogador do Moreirense não ficou surpreendido com o cartão (apenas sorriu, nada mais). Ultrapassando os factos que não fazem a bola rodar, chegou o minuto sessenta e cinco. Hoje, o minuto da reviravolta. O Sport Lisboa e Benfica voltou a ser líder no resultado (já o era no campo e fora dele). Golo de Eliseu, num remate fora da área onde o guarda-redes de Moreira de Cónegos não fica isento de culpas.

Festejos encarnados depois do golo Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Festejos encarnados depois do golo
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

A partir daqui tudo se resume a poucas palavras: a expulsão fragilizou demasiado o Moreirense, que sem bola e com muito espaço para dar foi ficando cada vez mais recuado. No outro lado, o Campeão Nacional aproveitava para juntar alguns pontos percentuais na posse de bola e nos remates à baliza. E como quase que não há vitória sem o Imperador Jonas fazer das suas, lá foi mais um ao minuto setenta e três. E assim foi: vitória dos encarnados por 3-1. Decidi escrever menos hoje por duas razões: primeiro porque o próprio Benfica não me deu muitas razões para me sentir inspirado, e segundo porque deixo o resto das palavras para os sábios: esses sim, sem ninguém saber porquê nem como, terão toda a motivação e (des)inspiração para se fazerem de esclarecidos e sabedores.

Deixo um parágrafo de desilusão pela fraca primeira parte do nosso Sport Lisboa e Benfica, mas com o alívio de quem venceu uma partida difícil, num campo complicado. O sorriso da firme liderança também por cá anda. Um abraço e até para a semana.

A Figura:
Os três pontos – Não me ficou muito mais que isto depois dos noventa minutos. Ficou a vitória, justa e trabalhosa.

O Fora-de-jogo:
Nico-dependência
– Este Benfica está dependente da criatividade do génio Nico. Não que isso não seja normal, quem tem um Nico está sempre dependente dele – é isso o que os génios trazem ao futebol. No entanto, há que combater esta ausência do argentino com muito mais ideias do que as de hoje.

Francisco Vinagre
Francisco Vinagrehttp://www.bolanarede.pt
O Francisco é um emigrante mas não é por isso que sente menos o seu Benfica. Contou-nos que só pára de gritar com as paredes do seu quarto madrileno quando as palavras chegam ao Estádio da Luz. Desde 1991 que o seu coração é encarnado, por fora e por dentro. Recusa-se a perder um jogo e sabe os números dos jogadores de trás para a frente! Só tem saudades do seu Eusébio e de vez em quando mete-se no avião para cheirar a relva da Luz.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Académico de Viseu não atina e tropeça frente à Oliveirense

O Académico de Viseu foi a Oliveira de Azeméis empataram a duas bolas frente à Oliveirense, em jogo da quinta jornada da Segunda Liga.

Carlos Carvalhal desejado pelo Estrela da Amadora para assumir o cargo de treinador

Carlos Carvalhal está a ser apontado ao cargo de treinador do Estrela da Amadora. José Faria abandonou a Reboleira.

Como 1907 empata frente ao Genoa para a Serie A

O Como 1907 e o Genoa empataram a uma bola durante esta segunda-feira, em jogo da terceira jornada da Serie A.

José Morais brilha na Champions League Asiática e Pedro Martins é derrotado

O Al Wahda de José Morais venceu o Al Ittihad por 2-1 na Champions League Asiática. Pedro Martins e o Al Gharafa foram derrotados.

PUB

Mais Artigos Populares

Atenção, Barcelona: Premier League ao ataque por jovem promessa dos catalães

Marc Bernal regressou recentemente de lesão e está de volta ao plantel do Barcelona. Há equipas da Premier League interessadas no espanhol.

Antigo avançado inglês defende saída de Ruben Amorim e surpreende com aposta para sucessor

Charlie Austin assumiu que Zinèdine Zidane seria na sua visão um possível sucessor de Ruben Amorim, mas destacou Sean Dyche.

Surpresa para breve? Mohamed Salah pode abandonar o Liverpool antes de 2027

Mohamed Salah não deverá cumprir o seu contrato com o Liverpool até ao fim. O jogador pode rumar à Arábia Saudita num dos próximos mercados.