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Quem é Martim Mayer, candidato à presidência do Benfica?

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Empresário e gestor, Martim Mayer entra na corrida à presidência do Benfica com o lema «Benfica no Sangue», defendendo uma liderança baseada em decência, competência e paixão. Neto de Duarte Borges Coutinho, histórico presidente do clube entre 1969 e 1977, o candidato apresenta-se como o rosto de uma geração que quer modernizar o clube.

Aos 51 anos, Martim Mayer é sócio número 5206 e tem um percurso sólido nas áreas financeira e industrial. Começou a trabalhar aos 17 anos, enquanto ainda estudava na Universidade Católica Portuguesa. Passou pela Bolsa de Lisboa e, mais tarde, por grandes bancos nacionais, antes de fundar a sua própria sociedade de gestão de ativos, regulada pelo Banco de Portugal e pela CMVM. Depois de vender essa empresa em 2012, entrou na indústria automóvel, onde liderou a recuperação de uma fábrica em dificuldades, sem despedir nenhum trabalhador. Sob a sua direção o grupo cresceu, apostando na inovação e na transição energética, produzindo peças para marcas como a BMW e a Volkswagen.

É com essa visão de gestão que o candidato quer reestruturar o Benfica. Na entrevista à BTV, explicou que o clube tem estado subaproveitado e que a sua candidatura nasce da convicção de que é possível trazer de volta um Benfica que esteja sempre no topo da Europa.

Martim Mayer
Fonte: Candidatura “Benfica no Sangue”

O programa «Benfica no Sangue» assenta em três pilares. O primeiro, Decência, propõe um código de ética para todos os dirigentes e um portal de transparência acessível aos sócios, com informação sobre orçamentos, comissões e salários. O segundo, Competência, foca-se numa reforma estrutural do futebol. Martim Mayer apresentou Andries Jonker como diretor-geral do futebol, uma figura com experiência internacional que será responsável por coordenar todo o departamento, desde os sub-13 até à equipa principal. O objetivo é que 50% da equipa A deve vir da formação e os outros 50% devem ser contratações acertadas.

Na mesma linha, defende um modelo de médio prazo, capaz de acelerar o desenvolvimento do talento do Seixal.

«Preparar o talento desde os sub-13 para começarem a praticar um modelo de jogo, as equipas técnicas que vão treinar cada um dos escalões terem um determinado perfil de treinadores, que tudo isto se concretiza na equipa A. E se de antes o talento atingia o seu expoente máximo aos 18, 19, 20 anos, aquilo que se pretende e aquilo que se entende que é uma vantagem competitiva é acelerar esse talento para que ele aconteça na sua potência máxima logo aos 16», afirmou na BTV.

A nível financeiro, Martim Mayer quer aplicar a filosofia industrial Kaizen para tornar o Benfica mais eficiente, reduzindo até 20% dos custos anuais e aumentando receitas. Entre as medidas centrais está a ampliação do Estádio da Luz para 83 mil lugares, financiada com base nas receitas futuras de bilheteira, o que poderá gerar mais 20 milhões de euros por época.

Martim Mayer
Fonte: Candidatura “Benfica no Sangue”

No plano internacional, defende a globalização da marca Benfica, com a abertura de escritórios em Paris, Montreal, Newark e Genebra, e aposta nos PALOP, sobretudo em Moçambique e Angola. Quer lançar o «Cartão Benfica Moçambique» e o «Cartão Benfica Angola», com adesão simbólica e construir o Estádio Eusébio, em Maputo, que transmitirá jogos e funcionará como centro de convívio.

A ligação aos adeptos é outro dos pilares da candidatura. O gestor quer criar o Conselho do Sócio, com atendimento permanente no Estádio da Luz, e revitalizar as Casas do Benfica como espaços de convivência com as equipas das modalidades.

Na área da comunicação, propõe transformar a BTV numa estação dos sócios e não da direção, com autonomia editorial e integração no pacote base de televisão.

Nas modalidades apresenta um plano do «Benfica Campus das Modalidades», um complexo de 25 hectares para reunir todas as equipas num só espaço, promovendo identidade e rendimento. A remuneração dos atletas teria uma componente variável ligada às vitórias, premiando o mérito e a ambição.

Casado e pai de seis filhos, Martim Mayer é poliglota e membro da histórica família Lima Mayer, ligada à cultura e à economia portuguesas. Apresenta-se como um gestor exigente e benfiquista de coração, determinado a unir o rigor empresarial à mística do clube.

Duarte Rêgo
Duarte Rêgohttp://www.bolanarede.pt
O Duarte é licenciado em Som e Imagem e está a terminar o mestrado em Ciências da Comunicação - Media e Jornalismo. Adora fotografia desportiva e escrever notícias.

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