Até ao final desta 1.ª volta, o Benfica recebe o Sporting; e visita FC Porto e (o putativo europeu) V. Guimarães. Estes são, para breve, os pontos mais “quentes” de uma caminhada ainda no seu início. Somente neste patamar de maior exigência – o tal onde o Benfica, em igual período da época anterior, foi inepto, não pontuando, nem sequer marcando –, após cumprido este ciclo, será possível aferir mais correctamente da melhoria de performance, convertida em pontos (que, em confronto directo, valem a dobrar), e que se viu precocemente anunciada pelos diversos especialistas.


Fonte: SL Benfica
Seria, isso sim, mais sensato afirmar que já próximo de cumprido o primeiro terço da prova, o Benfica demonstrou, a exemplo do seu passado recente, enorme competência, capacidade de trabalho e de sacrifício, o que permitiu à equipa contornar as dificuldades normais, acentuadas, para mais, pelas inúmeras ausências de jogadores fulcrais devido a lesão. Um percurso praticamente imaculado, dentro e fora de portas, feito com humildade e trabalho, e que valeu, até ao momento, apenas um valioso ponto extra no campeonato, contabilizando a vitória em Arouca e o empate caseiro com o V. Setúbal (mais um que em 2015/2016) – a maior fatia de mérito, essa, vai direitinha para Rui Vitória, líder de homens e atletas, capaz de elevar e manter os altos indicies de qualidade dentro de campo, pese a difícil gestão de recursos à sua disposição.
Porém, será já no próximo domingo, e apenas a partir daí, no Estádio do Dragão, frente ao FC Porto, que o Benfica terá a primeira oportunidade para confirmar a diferença para os outros; a oportunidade para justificar a sua liderança e confirmar, na prática, ser melhor que os rivais e o principal candidato ao título de campeão (o quarto consecutivo). Sem excessos de confiança; com recurso à indispensável e habitual dose de realismo e competência.
Foto de capa: SL Benfica
Texto revisto por: Carlos Valente