Roman Yaremchuk | A solução avançada de Jesus?

    É notória a preocupação belga em garantir o equilíbrio do seu plantel e, consequentemente, a continuidade de sucessos que o clube tem atravessado – além do campeonato em 2014/15, foram segundos em 2019/20, juntando a isso a Taça de 2018/19.

    Presença habitual nas competições da UEFA, o sétimo lugar da época passada abriu as portas da Liga Conferência aos comandados por Hein Vanhaezebrouck, treinador belga que já conseguiu a primeira vitória na competição – quatro golos sem resposta ao Valerenga, na primeira mão da 2ª pré-eliminatória. Yaremchuk não jogou, não foi sequer inscrito na lista enviada à UEFA (que pode ser atualizada em cada ronda até à fase de grupos), mas o treinador mantém a calma, pedindo tempo e espaço para o jogador.

    “O Roman está de regresso, está bem de saúde, mas claro que não está ao nível que pretendemos. Por enquanto, ainda trabalha individualmente de forma condicionada , não estando disponível para ir a jogo. Vai demorar um pouco. (…) Não queremos fazer disso um assunto. Roman tem que trabalhar em paz para recuperar a forma, quando estiver pronto decidiremos: a não ser que a transferência esteja já consumada”.

    O próximo jogo é domingo, em casa do Saint-Truiden, desafio que contará para a primeira jornada da Jupiler Pro League. A ausência de Yaremchuk, fator compreensível dadas as férias prolongadas em virtude do Euro, vai alimentando rumores e possibilitando um sem-número de abordagens.

    Em Inglaterra, fala-se insistentemente no interesse de David Moyes na contratação do jogador: diz a “Eurosport” que Yaremchuk é alternativa do West Ham ao negócio em andamento de Tammy Abraham (incluído na troca com Declan Rice), do Chelsea, caso este falhe. Dia 12 deste mês, vinham a público as notícias de que o jogador ucraniano tinha seguido o clube nas redes sociais, metendo like em diversas publicações da página oficial dos hammers. Factos que não devem amedrontar o SL Benfica, que está dependente, sobretudo, da prestação europeia para concretizar as abordagens ao jogador.

    Na Luz, o momento é ainda de indefinição face ao plantel. Com Chiquinho e Jota já postos de parte, sobra outra mão cheia de nomes que se têm de riscar face ao número exagerado de jogadores que ainda se encontram em estágio (34).

    Além dos problemas a meio-campo, onde se espera colocação de Gabriel ou Gedson, na frente de ataque o problema é outro: além da questão Europa, tudo fica dependente da venda de Seferovic e/ou Vinícius. Haris tem sido recorrentemente associado a Tottenham, Everton ou West Ham: neste último caso, é uma questão dominó, passando totalmente a decisão para Moyes – que tem desta forma prioridade para concretizar um dos avançados já referidos, com a sua escolha a desbloquear as intenções encarnadas.

    Optando por Seferovic ao invés de Abraham ou Yaremchuk, ativará o turno das águias, que se encaminharão para a ronda final de negociações com o Gent pelo avançado ucraniano. Vinícius, por outro lado, é um nome que não agrada totalmente a Jorge Jesus e, depois do empréstimo ao Tottenham na época anterior, é visto pelos responsáveis encarnados como uma das principais fontes de receita, caso seja necessário. De pedra e cal no plantel parecem estar Gonçalo Ramos, Waldschmidt, Pinho e Darwin Núnez.

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.