SL Benfica 3-0 Royal Standard Liège: Três bolachas Belgas para adoçar sonho europeu

A CRÓNICA: SL BENFICA GARANTE SEGUNDO TRIUNFO NA EUROPA SEM GRANDE DIFICULDADE

Se perguntar a alguém que tenha nascido e/ou vivido na década de 90 se se recorda das bolachas Belgas da Triunfo, certamente que a sua resposta será alegremente afirmativa, pois o seu sabor adocicado era capaz de satisfazer a gula de quem comesse um pacote dessas bolachas. De facto, o SL Benfica recebeu uma encomenda dessas bolachas e saciou a sua fome de vitória: em mais uma jornada da Liga Europa, os homens de Jorge Jesus despacharam sem grande dificuldade o Standard Liège por três golos sem resposta e mantêm bem doce o sonho de conquistar a prova europeia.

Com o regresso do público às bancadas da Luz após um longo período de ausência, o Benfica entrou pressionante e com vontade de chegar cedo à vantagem no marcador. Os 4875 adeptos presentes fizeram questão de puxar desde o início do jogo e empurrar os comandados de JJ para o golo que esteve perto de ser alcançado à passagem do minuto 14 num remate à entrada da área de Pedrinho que teve uma defesa segura de Bodart, após uma boa jogada de entendimento dos homens da frente. No instante seguinte, o remate em arco de Everton voltou a testar a atenção do guardião visitante que respondeu com uma boa intervenção.

O ímpeto pressionante encarnado foi-se desvanecendo à medida que o relógio ia andando, apesar do controlo se manter do lado da casa, o que agradava ao Standard que estava a conseguir manter Darwin Núñez e companhia longe da sua baliza devido à “alta muralha”, já que os 11 homens vestidos de negros defendiam no seu meio-campo defensivo. O perigo junto da baliza de Bodart só voltou a rondar aos 38 minutos: cruzamento de Otamendi com a defesa belga atrapalhada a afastar mal e a bola sobra para Pizzi que disparou torto para uma baliza totalmente descoberta, desperdiçando uma excelente ocasião para fazer o primeiro golo do marcador. Esse seria mesmo o último lance digno de registo antes do apito para o descanso, em que Benfica e Standard ficaram empatados a zero.

Algo insatisfeito com a produção ofensiva na primeira parte, Jorge Jesus fez entrar Rafa Silva no início dos segundos 45 minutos para tentar desmoronar a defensiva adversária. E de facto não foi preciso esperar muito para se festejar um golo na Luz: Luca Waldschmidt foi travado dentro da área e foi assinalada grande penalidade, com o capitão Pizzi a bater Bodart com toda a frieza necessária e a colocar o Benfica a vencer na partida aos 50 minutos.

O Standard que até então não tinha criado perigo a Vlachodimos, teve uma ocasião soberana aos 58’ para empatar pelo capitão Zinho Vanheusden na sequência de um canto do lado esquerdo, mas o guardião grego respondeu com uma boa defesa. Esse lance teve uma resposta do outro lado por intermédio de Núñez que disparou não muito longe da baliza, após uma boa combinação com Waldschmidt.

Aos 65 minutos, foi novamente assinalada grande penalidade para o Benfica, só que desta vez quem marcou foi o 10 das águias, mas o destino foi exatamente o mesmo: bola no fundo das redes e 2-0 no marcador. As mudanças operadas por Jorge Jesus trouxeram algum abrandamento ao ritmo de jogo, embora Pizzi voltasse a fazer levantar os adeptos das suas cadeiras com um golaço aos 76’ que Bodart não conseguiu impedir. O médio acabaria por ser substituído pelo jovem Gonçalo Ramos que se estreou assim nas competições europeias.

O resto do encontro passou a voar e o Benfica garantiu o segundo triunfo na fase de grupos. De facto, as tais três bolachas Belgas ajudaram a adoçar o sonho encarnado em vencer a prova e dão mais uma demonstração de que as águias estão a exibir-se em todo o seu esplendor.

 

A FIGURA

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Pizzi – O capitão encarnado voltou a ser o protagonista do jogo na Luz. Com uma grande penalidade convertida com toda a frieza e um golaço em arco à entrada da área, o número 21 das águias brilhou ao mais alto nível e ajudou o SL Benfica a alcançar a segunda vitória no grupo D.

 

O FORA DE JOGO

Collins Fai – O lateral camaronês está ligado de forma negativa à história do encontro, uma vez que acabou por desequilibrar a partida contra a sua equipa ao cometer as duas grandes penalidades que ajudaram o Benfica a chegar à segunda vitória na Liga Europa.

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

O SL Benfica apresentou-se esta noite no seu habitual 4-4-2. Sem poder contar com o lesionado Grimaldo e com algumas mexidas no onze inicial, Jorge Jesus lançou Nuno Tavares, Diogo Gonçalves e Pedrinho. Desde o primeiro minuto de jogo que o conjunto encarnado mostrou ao que vinha e controlou o jogo a seu belo prazer, embora a eficácia não tenha sido a melhor na primeira parte, já que foram escassas as oportunidades criadas para fazer golos.

O segundo tempo trouxe um Benfica mais determinado em marcar e isso aconteceu aos 50 minutos, com a conversão da grande penalidade por Pizzi que ajudou a controlar a ansiedade pelo alcance do golo. A partir daí, os encarnados limitaram-se a gerir o rumo dos acontecimentos e dilataram a sua vantagem num jogo super tranquilo que permitiu garantir mais três pontos na caminhada europeia.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Odysseas Vlachodimos (6)

Diogo Gonçalves (5)

Jan Vertonghen (5)

Nicolás Otamendi (6)

Nuno Tavares (7)

Gabriel (6)

Pizzi (9)

Pedrinho (4)

Everton (6)

Luca Waldschmidt (7)

Darwin Núñez (5)

SUBS UTILIZADOS

 Rafa Silva (6)

 Adel Taarabt (5)

Julian Weigl (5)

Haris Seferovic (5)

Gonçalo Ramos (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – ROYAL STANDARD LIÈGE

O conjunto belga apresentou-se na Luz num 4-5-1, e pretendia dar um pontapé na série de três jogos consecutivos sem conhecer o sabor da vitória. Com sete jogadores infetados com Covid-19 e lesão de última hora do avançado Jackson Muleka, o técnico Philippe Montanier tinha uma tarefa espinhosa pela frente em tentar anular o “rolo compressor” encarnado no seu reduto.

Tendo entregado por completo o domínio de jogo ao Benfica, o conjunto belga passou a maior parte da partida no seu meio-campo defensivo, e aí o esquema tático transfigurava-se para um 5-4-1 que se mostrava bastante compacto na hora de proteger a sua baliza. O Standard tentou aproveitar algumas distrações do miolo encarnado para lançar contra-ataques venenosos que pudessem ferir as águias, mas a estratégia adotada apenas resistiu os primeiros 45 minutos, já que, na segunda parte, o guardião Bodart teve de ir buscar a bola ao fundo das redes por três vezes.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Arnaud Bodart (5)

Collins Fai (2)

Zinho Vanheusden (4)

Noe Dussenne (4)

Nicolas Gavory (5)

Merveille Bokadi (4)

Gojko Cimirot (4)

Samuel Bastien (4)

Mehdi Carcela (5)

Obbi Oularé (5)

Selim Amallah (5)

SUBS UTILIZADOS

Aleksandar Boljevic (4)

Joachim Carcela-Gonzalez (4)

Konstantinos Laifis (5)

Felipe Avenatti (-)

Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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Guilherme Costa
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O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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