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Diogo Gonçalves – É um dos produtos verdadeiramente Made in SL Benfica. Ingressou no clube com 11 anos e cedo mostrou ser uma das maiores promessas ofensivas dos encarnados. Alinhando como extremo/ala direito, o bejense foi fazendo furor nas equipas de formação do clube da Luz. Na época 17/18, fez os primeiros jogos pela equipa principal, concretamente treze.
A inexperiência, no entanto, fazia-se notar. Faltava capacidade regular de tomar decisões acertadas. Muita habilidade, mas pouco pragmatismo. Clube e futebolista consideraram que seria boa ideia uma experiência no segundo escalão inglês, ao serviço do Nottingham Forest FC. Não o foi. Diogo participou em apenas dez partidas e não fez mossa a qualquer adversário. Esta época, surpreendentemente, tudo mudou.
A surpresa não reside na qualidade ou falta dela do jogador, mas no facto de Diogo Gonçalves se ter afirmado numa posição mais recuada. João Pedro Sousa apostou nele a lateral-direito e o jogador cresceu de sobremaneira. Demonstrou uma boa capacidade defensiva sem perder a sua qualidade ofensiva, que conseguia exponenciar quando, por vezes, alinhava na sua posição de origem.
Tornou-se um futebolista polivalente, sendo capaz de dar conta de todo o corredor direito. Além do mais, fê-lo numa equipa com uma filosofia de jogo semelhante à dos encarnados e numa equipa que guerreava pela Europa até ao momento da suspensão, o FC Famalicão.
Com 23 anos e muita qualidade, esta pode ter sido a época-catapulta para Diogo Gonçalves, que poderá e deverá regressar a casa para ser pronto-socorro de um lado direito que bem precisa de alternativas.
Artigo revisto por Joana Mendes