📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Um Benfica todos os dias – nem sabe o bem que lhe fazia!

- Advertisement -

sl benfica cabeçalho 1

O Leicester é campeão de Inglaterra! O desfecho surpreendente e admirável da (incomparável) Premier League teve o condão de fazer devolver a esperança na esperança e num ápice, um pouco por todo o mundo, um sem número de adeptos do género romântico passou a exigir às respectivas direcções e equipas técnicas algo perto do milagre em gestão desportiva capaz de colocar o clube da terra na rota dos títulos nacionais – como sonhar não paga imposto, deverá ser suficiente, para tal, obter as cerca de 40 milhões de libras para compor orçamentos; ou então, deslocalizar o clube para as misteriosas East Midlands (naquele triângulo feito por Derby, Nottingham e Leicester deve existir algum segredo).

Concordo que, à primeira vista, a tarefa parece difícil de concretizar. No entanto, se observarmos mais atentamente, será possível identificar um atalho na busca pelo “Leicester português”, sem necessidade de recorrer à divisa tailandesa ou a qualquer outro transtorno. No nosso país, para que equipas de meio da tabela tivessem a possibilidade de chegar ao título bastaria terem a oportunidade de encontrar o Benfica em campo todas as semanas, para a habitual jornada do campeonato. Na condição de visitado, ou mesmo como visitante, pouco importaria, pois, como os últimos dois meses puderam comprovar, das fraquezas se fariam forças – sempre a máxima força! – e a vontade e talento emergiriam, pouco importando os contextos físicos ou anímicos imediatamente anteriores. Consigo imaginar perfeitamente: Arnold, o Mahrez de Setúbal; Postiga, o Vardy de Vila do Conde; Josué, o Huth de Guimarães; e muitos mais.

Seria interessantíssimo termos em Portugal uma mão cheia de candidatos ao título. Libertávamos o campeonato da hegemonia dos três “grandes” e, principalmente, pouparíamos o adepto comum de um Benfica campeão, refém de uma qualidade individual e colectiva tão depreciada e que, para já, serve apenas para ter mais pontos, mais golos marcados e menos golos sofridos. Infelizmente, os transtornos do quadro competitivo não o permitem. É necessário jogar todos contra todos e isso é algo que tem criado sérias e inesperadas dificuldades a vários concorrentes – o V. Guimarães, por exemplo, candidato ao título neste imaginário campeonato a dois, não vence desde 29 de Janeiro (mesmo nos poucos jogos em que Sérgio Conceição não foi expulso ou esteve suspenso).

É preciso suar e sofrer para ultrapassar os nossos obstáculos Fonte: SL Benfica
É preciso suar e sofrer para ultrapassar os nossos obstáculos
Fonte: SL Benfica

Qualquer equipa deve ambicionar ganhar o jogo – todo e qualquer jogo! O que me parece estranho, neste caso concreto, é a necessidade de um treinador enfatizar – como fez Sérgio Conceição –, na véspera da recepção ao Benfica ou da deslocação à Luz, que a sua equipa “fará tudo para pontuar”. Dá-me sempre a sensação que, em algum momento da época, essa mesma equipa nem sempre fez tudo para pontuar ou, pelo menos, nem sempre considerou tão urgente ou vital obter a pontuação. Parece-me inusitada esta necessidade de se afirmar o óbvio: quando é que uma equipa de futebol profissional, que trabalha diariamente tendo em vista um jogo ao fim-de-semana, não faz tudo para ganhar o jogo? E, já agora, o que se pode entender por “tudo”? – é que, até ao momento, ainda só vi coisas feias.

Num texto recente, escrevi que o Benfica para vencer (o jogo e o campeonato) tem sempre de jogar o dobro do seu adversário. É algo natural e que acontece por a recepção ou a visita ao maior clube português ser (sempre) o ponto alto da época para qualquer equipa. Nas últimas semanas, verifiquei outra coisa, algo que explica perfeitamente aquilo que falta a um putativo “Leicester português”: essa mesma equipa, que tão legitimamente se transcende perante o Benfica, só consegue jogar pela metade na semana seguinte, ou pior ainda, na semana anterior.

Foto de capa: SL Benfica

João Amaral Santos
João Amaral Santoshttp://www.bolanarede.pt
O João já nasceu apaixonado por desporto. Depois, veio a escrita – onde encontra o seu lugar feliz. Embora apaixonado por futebol, a natureza tosca dos seus pés cedo o convenceu a jogar ao teclado. Ex-jogador de andebol, é jornalista desde 2002 (de jornal e rádio) e adora (tentar) contar uma boa história envolvendo os verdadeiros protagonistas. Adora viajar, literatura e cinema. E anseia pelo regresso da Académica à 1.ª divisão..                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Onde ver grátis o Manchester City x Leeds United da Premier League?

O Manchester City recebe o Leeds United na 13.ª jornada da Premier League. Jogo pode ser assistido de forma gratuita.

Onde ver a armada portuguesa em ação no AS Mónaco x PSG da Ligue 1?

O AS Mónaco recebe o PSG num dos jogos grandes da Ligue 1. Armada portuguesa em ação no lado parisiense.

Jornada europeia de Portugal coloca 3 dos 4 clubes contra os 0 pontos

Ajax, Nice e Rangers. Os adversários de Benfica, FC Porto e Braga na Europa têm uma semelhança: nenhum conquistou pontos nas provas europeias.

José Mourinho tentou levar Rafa Silva para o Fenerbahçe: «Não era fácil para uma estrela tão grande»

José Mourinho tentou fechar a contratação de Rafa Silva para o Fenerbahçe. Internacional português acabou por continuar no Besiktas.

PUB

Mais Artigos Populares

Eis os onzes oficiais da final do Mundial Sub-17 entre Portugal e a Áustria

Portugal defronta a Áustria na final do Mundial Sub-17. Já são conhecidos os onzes oficiais das duas seleções para o jogo.

Rui Borges iguala melhor registo de Ruben Amorim na Champions League com o Sporting

Rui Borges já igualou o melhor registo de Ruben Amorim na Champions League com o Sporting. Técnico chega às três vitórias na prova.

Vitória SC vai atacar contratação em janeiro e já tem perfil definido

O Vitória SC vai tentar fechar a contratação de um novo médio em janeiro. Vimaranenses querem novo número 10.