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Boavista 0-1 Paços de Ferreira: Xeque-Mate à Pantera

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No fecho da jornada 4, os castores de Jorge Simão foram ao Bessa e fizeram Xeque-Mate aos axadrezados, mesmo ao cair do pano. Diogo Jota foi o herói e tudo o fez para o ser durante a partida. Aos 89’, Mika deu-lhe a cereja para pôr no topo do bolo.

Começo a contar o que aconteceu no jogo, logo pelo fim e pelo lance que decidiu a partida. Quando Petit tinha mandado as suas peças subir, mesmo com menos uma torre (Inkoom foi expulso ao 52’), e o Boavista estava perto da vantagem, o Paços de Ferreira chegou ao golo. Foi Mika, aquele que protege a baliza da Pantera, a colocar a sua equipa em Xeque para o pacense fazer o Mate e levar os três pontos para a capital do Móvel.

O guardião saiu da baliza e rematou contra o camisola 18, ficando a bola perdida no tabuleiro do Bessa, fácil e à disposição de Diogo Jota, que só teve de empurrar. Diga-se de passagem que Tengarrinha tem culpas no cartório, já que atrasou o esférico muito devagar, dificultando a ação de Mika e permitindo que o pacense chegasse perto do guarda-redes.

Foi desta forma que o Paços venceu a partida, depois de 89 minutos equilibrados, com as equipas a lutarem muito por cada posse de bola e a cometerem muitas faltas. A intensidade foi máxima nos duelos, embora a qualidade das equipas tenha deixado muito a desejar.

Diogo Jota brilhou no Bessa e aos 18 anos promete muito futebol Fonte: Facebook do Paços de Ferreira
Diogo Jota brilhou no Bessa e aos 18 anos promete muito futebol
Fonte: Facebook do Paços de Ferreira

Os castores até entraram melhor com duas boas oportunidades a abrir. Logo no minuto 1, Diogo Jota ia rematar à baliza, deixando o primeiro aviso, e no minuto seguinte, lançado por Jota, João Silva permitiu a mancha de Mika. Nos primeiros minutos, o Boavista nem respirou, mas a cabeçada de Paulo Vinicius para defesa de Marafona fez as panteras crescer.

O jogo tornou-se então muito central, com muitas bolas divididas e quase sem lances de perigo. Luisinho e Zé Manel do lado do Boavista agitavam, mas no último terço ninguém resolvia. Do lado oposto, Diogo Jota e André Leal eram os que mais assumiam a bola e tentavam as transições. As táticas encaixavam e por isso o intervalo era bem-vindo para os treinadores mudarem alguma coisa.

Das cabines voltou tudo igual e seria Inkoom, o lateral-direito do Boavista, a mudar o rumo dos acontecimentos. Em 2 minutos fez duas faltas sobre Diogo Jota e viu dois amarelos e consequente vermelho. Petit ficou furioso com a infantilidade do seu jogador e também com o árbitro Manuel Mota, pois a segunda falta surge após outra não assinalada sobre Zé Manel.

Certo é que o Boavista ficou reduzido a 10 aos 52’, mas contra todos os prognósticos foi a partir daí que dominou a partida e esteve mais perto do golo. As oportunidades mais claras estiveram nos pés de Idris, que aos 64’ tirou dois adversários do caminho e rematou à entrada da área para grande defesa de Marafona (mais uma), e de Zé Manel, que aos 69’ recebeu um passe de Uchebo, que o deixou sozinho na zona do penálti perante Marafona. O avançado, de primeira, atirou ao lado, com a bola a passar perto do poste esquerdo do Paços de Ferreira. Aos 82’, após um lançamento rápido de Anderson Correia, Zé Manel desviou de Marafona e foi Miguel Vieira a cortar em cima da linha de golo.

Do lado do Paços, quanto a oportunidades, só houve uma, na cabeça de João Silva, com a bola a passar ao lado. Jorge Simão bem tentou mudar este domínio axadrezado e fazer crescer a sua equipa subir no terreno, mas não conseguiu. Entraram Fábio Martins, Barnes e Minhoca e nenhum teve efeito prático. Só Diogo Jota ia mostrando que o Paços também atacava e seria coroado perto do final, com o seu golo.

É de salientar que o português, de apenas 18 anos, mudou de posição várias vezes durante a partida; começou na esquerda, passou para o meio, voltou ao corredor, desta vez o direito, e acabou no meio, onde foi decisivo. Em qualquer posição por onde passou, o “menino” foi sempre o elemento em foco e, por isso, o melhor em campo.

O melhor e o pior da partida coincidiram quase sempre no mesmo espaço do terreno Fonte: Facebook do Paços de Ferreira
O melhor e o pior da partida coincidiram quase sempre no mesmo espaço do terreno
Fonte: Facebook do Paços de Ferreira

Na conferência de imprensa e à pergunta colocada pelo Bola na Rede, Diogo Jota disse estar confortável em qualquer posição, mas dando preferência ao centro do terreno, onde parece ser mais desequilibrador.

O jogo terminaria com o Xeque-Mate de Jota, deixando um sabor de injustiça na Pantera, que tudo fez para ganhar o jogo. Petit, em conferência de imprensa, disse que “um ponto já era penalizador, quando mais perder o jogo”. Resignado, desiludido, o técnico do Boavista apontou baterias para o próximo domingo em Coimbra, mas deixou reparos à equipa de arbitragem, sobretudo no lance da expulsão.

Já Jorge Simão afirmou que esta foi “uma vitória da crença e da coragem dos jogadores e não pela qualidade demonstrada”. Elogiou ainda Marafona, reconhecendo que “estes são os jogos em que os guarda-redes dão pontos”. A equipa da Capital do Móvel tem 8 pontos, está invicta no campeonato e Jorge Simão explicou que os objetivos para esta época são ambiciosos e que vão lutar por eles até ao fim. “Definimos a meta dos 48 pontos, faltam 40!”

A Figura:

Diogo Jota – Dinâmico, atrevido, desequilibrador: três palavras para definir o jogo de Diogo Jota, que aos 18 anos é a figura do Paços e pode ser a revelação da Liga. Nesta partida procurou o golo durante todo o jogo e no final a sorte esteve do seu lado. É um talento puro que bem aproveitado pode ser jogador para grandes voos.

O Fora-de-jogo:

Samuel Inkoom – Em dois minutos viu dois amarelos e colocou a sua equipa em desvantagem numérica. Um jogador não pode cometer erros destes, muito menos colocar os seus companheiros em risco. Apesar disso, o Boavista esteve melhor com 10, mas quem sabe se com 11 poderia ter ganho, ou pelo menos não ter perdido.

Luís Martins
Luís Martinshttp://www.bolanarede.pt
A mãe diz-lhe que começou a ler aos 4 anos, por causa dos jornais desportivos. Nessa idade já ia com o pai para todo o lado no futebol e como sua primeira memória tem o França x Brasil do Mundial 1998. Desde aí que Zidane é o seu maior ídolo mas, para ele, Deus só há UM: Pablito Aimar.                                                                                                                                                 O Luís não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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