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Académica OAF 1-1 CD Feirense: Coimbra acolheu o Festival de Futebol Inócuo

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Jogo morno, tarde fria, acabou como só podia. A partida entre Académica OAF e CD Feirense terminou com uma divisão de pontos que não satisfaz ninguém, mas que será mais fácil de digerir pela equipa da casa, que arrancou o golo do empate “a ferros”. Um golo para cada lado, um ponto para cada lado, um resultado que não aquece nem arrefece nenhum dos lados.

Os diferentes momentos vividos pelas duas equipas fizeram-se notar ainda antes do apito inicial. A turma visitante, na sequência de um triunfo caseiro frente ao GD Chaves, fez jus à velha máxima de que “em que equipa que ganha não se mexe” e apresentou o onze que havia vencido os transmontanos.

Por seu turno, os academistas, numa série de quatro partidas sem saborear a vitória, apresentaram-se em campo com cinco alterações, em comparação com o onze inicial apresentado na receção ao CD Nacional na jornada transata. A dupla de centrais foi composta por Arghus e Zé Castro, em detrimento de Yuri Matias e Silvério Júnio, e a dupla de avançados Lacerda e Leandro Silva viu-se substituída por Hugo Almeida e Barnes Osei (que acabou por jogar na ala esquerda, sendo de Chaby o lugar ao lado de Hugo Almeida). No “miolo”, Ki cedeu lugar a Marcos Paulo. De resto, dos cinco preteridos, apenas o nome de Silvério Júnio constou da ficha de jogo.

Primeiros minutos de iniciativa dividida, com o jogo “amarrado” e com a “redondinha” longe de ambas as balizas, procurando lá chegar em viagens longas entre o primeiro e o último setores. A primeira oportunidade para golo surge aos três minutos por iniciativa da Académica, num desvio de cabeça ao segundo poste, na sequência de um canto pela esquerda do ataque academista.

As duas equipas empataram num jogo pobre
Fonte: CD Feirense

A Académica apresentava-se num 4-4-2 de três linhas que, no momento de construção ofensiva desde o primeiro setor, se desdobrava em uma primeira linha de três (Mike, Castro e Arghus), uma segunda linha de três (médios centro e lateral esquerdo) no apoio à saída em construção e uma linha mais avançada composta pelos dois elementos mais avançados e pelos alas João Mendes e Barnes Osei. Na construção da Briosa, Osei e Mauro Cerqueira davam ao jogo da turma visitada a maior largura possível, encostando o mais à direita e à esquerda, respetivamente, que os limites do terreno de jogo permitiam. Os “fogaceiros” dispunham-se em campo no seu tradicional 4-2-3-1, que não desmanchavam no momento defensivo, mas a que incutiam as devidas nuances no momento ofensivo.

Ao minuto 28, o primeiro golo da partida… anulado. Na sequência de mais um canto pela esquerda, a Académica, por intermédio de João Mendes, bateu Caio Secco, estando, no entanto, em posição irregular o homem de negro.

Cinco minutos volvidos e mais uma situação de perigo favorecendo a Briosa. Zé Castro tentou lançar a profundidade academista, mau alívio da defensiva feirense e Hugo Almeida a rematar à entrada da área para defesa de Caio. No minuto seguinte, o ponta-de-lança da Académica caiu na área em lance de disputa de bola, ressoando alto e em bom som os protestos de penalti da equipa da casa e dos seus adeptos. Jorge Sousa não concordou e, sem hesitações, assinalou pontapé de canto para os da casa.

Outros cinco minutos volvidos e foi a vez dos visitantes darem trabalho a Tiago Pereira. N´Sor, lançado em profundidade por Fábio Espinho, colocou a biqueira da bota na bola mas esta seguiu a trajetória que terminava no guardião academista, que, ainda assim, cedeu canto, não arriscando segurar uma bola que não parecia difícil.

Aos 43 minutos (mais cinco volvidos), mais um destaque, este pela negativa. Filipe Chaby, um dos melhores jogadores do arranque de temporada da Académica, saiu de maca e em dores tais que transpareciam no esgar de dor que o jogador não camuflava.

A saída forçada de Chaby levou César Peixoto a colocar em campo Cherif. Com a entrada do guineense, passou a ser João Mendes o mais próximo companheiro de aventuras de Hugo Almeida, cedendo o seu lugar na ala esquerda precisamente ao atleta da Guiné-Conacri. No entanto, foi pelo lado direito e por Barnes Osei que a Académica tentou espevitar o seu jogo nos dez primeiros minutos do segundo tempo.

Contudo, foram os visitantes a criar perigo pela primeira vez na segunda parte, com um remate de meia distância de Fábio Espinho a ser travado pelas duas mãos de Tiago Pereira, que se aplicou em voo para ceder canto para os “fogaceiros” e evitar que o marcador contasse uma história triste aos quase três mil adeptos academistas que compunham uma boa casa para os padrões da Segunda Liga (com a ajuda, refira-se, de cerca de setenta adeptos feirenses que atravessaram a fronteira entre Aveiro e Coimbra para serem parte das 3246 pessoas acolhidas pelo Estádio Cidade de Coimbra).

Após vinte minutos mornos, Ícaro tentou usar a cabeça para gelar os adeptos da casa. No entanto, e apesar de ter correspondido bem ao canto batido por Fábio Espinho, não conseguiu desbloquear o marcador, atirando por cima da baliza da briosa. O susto teve o condão de despertar momentaneamente os adeptos da casa (que não a claque), mas a forma como a Académica se perdia no seu inócuo e confuso estilo de jogo rapidamente serenou a reação das bancadas, que acabou por não passar de um esboço.

Aos 80 minutos, perante a tremenda passividade academista, o Feirense chegou ao golo de forma caótica. Fábio Espinho descobriu bem Feliz Vaz na direita do ataque que centrou pela relva. Por entre a confusão que se gerou entre os atacantes “fogaceiros” e os defesas academistas que disputaram o lance, Ença Fati conseguiu fazer a bola atravessar a linha de baliza não mais do que dois palmos, somando o seu terceiro golo na Segunda Liga e isolando-se como o melhor marcador da equipa do distrito de Aveiro.

Até ao final, a Académica tentou chegar ao empate e conseguiu-o no último lance, através de uma grande penalidade convertida pelo capitão de equipa Zé Castro. A Briosa salvou assim um ponto e consagrou outro ao CD Feirense, num jogo em que ninguém merecia ganhar. Se gostam da tão badalada e poética “justiça no futebol”, podem ficar descansados: não havia resultado mais justo.

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

Académica OAF – Tiago Pereira; Mike Moura; Arghus (Silvério, 76´); Zé Castro (C); Mauro Cerqueira; Ricardo Dias; Marcos Paulo; Filipe Chaby (Cherif, 45´); João Mendes; Barnes Osei (Dani, 69´); Hugo Almeida.

CD Feirense – Caio Secco; Edson farias; Ícaro Silva; Ricardo (Gui Ramos, 24´); Ruca; Cris (C); Christian; Feliz Vaz; Fábio Espinho; Ença Fati (Elves, 87´); Kwame N´Sor (Boupendza, 64´).

Márcio Francisco Paiva
Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.

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