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AZ Alkmaar 4-0 Gil Vicente FC: Galo morre na praia

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A CRÓNICA: DEZ MINUTOS FINAIS DEITAM TUDO A PERDER

Esperava-se uma tarefa bastante complicada para o Gil Vicente FC nesta noite de quinta-feira em Alkmaar, no AFAS Stadion. Pela frente a turma portuguesa tinha um dos principais símbolos do futebol neerlandês, com um plantel, estrutura e reconhecimento muito mais elevado que o luso.

A história do jogo não foi, no entanto, assim tão desnivelada. O Gil Vicente conseguiu controlar as investidas do AZ Alkmaar e foi mantendo o jogo a um nível equilibrado entre ambos os conjuntos. O tento marcado pelo AZ surge de cruzamento à esquerda, tendência que não se alterou ao longo dos 90 minutos. A equipa gilista tentava manter-se compacta e acabava por originar espaço livre aos melhores executantes do lado contrário, permitindo lances iguais ou semelhantes como o que resultou no primeiro golo da noite.

Da primeira para a segunda parte a equipa gilista melhorou a olhos vistos e pareceu ter deixado o medo e desconfiança iniciais no balneário. Ia tomando ainda mais conta do jogo e mostrando ao AZ que vinha para disputar a eliminatória a duas mãos.

Numa desatenção, já perto dos 10 minutos finais, o AZ Alkmaar não perdoou e fez o segundo. Na origem do terceiro e do quarto, claramente a falta de ritmo entre as duas equipas. O AZ mantinha-se em alta rotação, enquanto o Gil Vicente FC começava a sentir queixas físicas de muitos jogadores. A falta

Fica o sentimento de que o Gil Vicente poderia ter levado mais desta partida. Pela diferença entre as duas equipas, fica muito difícil imaginar uma reviravolta, que embora não seja impossível, parece bastante complicada de consumar. Os homens de Barcelos terão de entrar na segunda mão a tentar ao máximo orgulhar a camisola que envergam e o país que representam numa competição oficial da UEFA.

A FIGURA

Milos Kerkez – O defesa-esquerdo húngaro de 18 anos de idade voltou a brilhar esta noite. Parece talhado para grandes palcos e não se inibiu de fazer a sua equipa jogar, uma vez que teve tempo e espaço para executar com liberdade. Boa nota também para Tijjani Reijnders, médio construtor do AZ Alkmaar.

 

O FORA DE JOGO

Ali Alipour – Não que Ali Alipour tenha feito um jogo trágico, porque não fez. Não foi por ele que a equipa perdeu, longe disso. Batalhou e tentou lutar por todas as bolas, mas carregava nas costas o difícil peso de substituir Fran Navarro, claramente mais dotado e destemido, que assistia da bancada por problemas físicos. Nem a ajuda de Élder Santana, mais ativo na frente, ajudou a que se visse mais do avançado iraniano.

 

ANÁLISE TÁTICA – AZ ALKMAAR

O AZ Alkamaar apresentou-se em 4-2-3-1, com alguns aspetos interessantes a apontar-se à equipa neerlandesa.

Esta é uma equipa que explora com bastante frequência o jogo lateral, consciente da qualidade dos seus defesas, muito envolvidos no processo ofensivo, principalmente o defesa-esquerdo, Milos Kerzek. O lateral húngaro foi o destaque da partida e só não esteve ainda em maior destaque por alguma falta de entrosamento ou qualidade no último terço dos seus colegas em alguns momentos.

Enquanto o Gil Vicente teve pernas, e cabeça, a equipa tentava construir com paciência, utilizando os seus médios para criar jogadas com um futebol muito associativo, que conjugava médios, extremos e laterais com bastante mobilidade. O AZ mostrou estar num patamar claramente acima do Gil Vicente, tanto física como taticamente.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Hobie Verhlust (6)

Pantelis Hatzidiakos (6)

Sam Beukema (6)

Bruno Martins Indi (7)

Milos Kerkez (8)

Jordy Clasie (6)

Tijjani Reijnders (8)

Hakon Evjen (6)

Dani de Wit (7)

Myron van Brederode (7)

Vangelis Pavlidids (7)

SUBS UTILIZADOS

Mayckel Lahdo (7)

Mees de Wit (7)

Barasi (6)

Sugawara (6)

 

ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

Ivo Vieira mexeu em cinco peças no onze inicial, o que fazia prever alteração tática. Do habitual 4-3-3, saltou-se para o 4-4-2, que também já não é um esquema estranho para a equipa gilista., que opta por este sistema para pressionar adversários mais frágeis na saída de bola.

Ainda assim, a base manteve-se semelhante ao futebol praticado em jogos anteriores, embora com uma atitude mais cautelosa. Continuou com duplo pivot para soltar a criatividade de Kanya Fujimoto, trocando apenas Pedro Tiba por Giorgi Aburjania no miolo. Na frente é que estiveram as surpresas.

Ali Alipour e Élder Santa eram os avançados que funcionavam como elementos mais subidos na pressão contrária, dado que Fran Navarro via o jogo da bancada, as ausências de Kevin Villodres e de Boselli impressionavam antes da partida, mas as dúvidas ficaram dissipadas quando se apresentou em 4-4-2, esquema que potencia o aparecimento de outro tipo de extremos. Kanya Fujimoto e Mizuki Araia encostavam na ala para defenderem junto aos médios, criando uma linha no centro do terreno. A Fujimoto era dada mais liberdade para criar a partir do meio, percorrendo muitos metros e uma ampla área do campo.

A equipa do Gil procurava não se espalhar muito no campo, mantinha-se compacta e com linhas próximas, o que acabou por dar mais espaço aos melhores jogadores neerlandeses, que apareciam, principalmente das alas. A partir de um certo momento as pernas falharam e o jogo acabou por se desmoronar por completo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Andrew (6)

Henrique Gomes (6)

Rúben Fernandes (6)

Tomás Araújo (7)

Danilo Veiga (5)

Vítor Carvalho (7)

Giorgi Aburjania (6)

Mizuki Arai (6)

Kanya Fujimoto (8)

Élder Santana (6)

Ali Alipour (5)

SUPLENTES UTILIZADOS

Kevin Villodres (6)

Matheus Bueno (6)

Lucas Cunha (5)

Boselli (-)

Carraça (-)

Gabriel Henriques Reis
Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.

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