CF Estrela da Amadora 1-3 Académica OAF: “Estudantes” vencem e saem do último lugar

A CRÓNICA: UM CF ESTRELA DE AMADORA APÁTICO FOI INCAPAZ DE FAZER FRENTE À BRIOSA

No Estádio José Gomes, o CF Estrela da Amadora recebeu a Académica OAF, duelo este a contar para a 21º jornada da Liga 2. O último confronto entre as duas equipas realizou-se ainda em setembro de 2021, encontro que terminou com um empate a duas bolas.

O CF Estrela da Amadora, comandado por Ricardo Chéu, vinha de uma pesada derrota frente ao SC Farense, por 3-0. A equipa visitante, a Académica OAF, curiosamente, também vinha de uma derrota igualmente frente ao SC Farense, por 3-1.

Na primeira parte, logo aos 10 segundos, o árbitro assinala uma falta a favor da equipa da casa, exibindo prontamente o primeiro cartão amarelo do encontro: perspetivava-se assim, um jogo de muitos duelos físicos. Aos 5 minutos, uma perda de bola do CF Estrela da Amadora no ataque, resulta num contra-ataque fulminante dos visitantes: o avançado da Académica OAF, João Carlos, tenta ultrapassar o guarda-redes da equipa da casa, que comete uma grande penalidade. João Carlos é chamado à conversão, porém, dispara completamente ao lado da baliza. Os estudantes falham assim uma grande oportunidade de abrir o marcador do encontro.

No entanto, a equipa visitante vinha mesmo a abrir o marcador aos 21 minutos: perda de bola de Chapi no meio-campo, Fatai isola-se, com o espaço que Mamadou Traoré concede, e finaliza para dentro da baliza. Os estudantes inauguravam assim o marcador do encontro.

Como já se perspetivava, o encontro disputava-se muito pelos duelos físicos, sendo que o Académica OAF demonstrava um maior controle do jogo. No entanto, a entrada de Xavi em campo aos 33 minutos, despertou a equipa da casa: num lance algo confuso, com muitos ressaltos, Paulinho dispara para dentro da baliza e coloca os tricolores novamente em jogo: tudo empatado novamente.

Todavia, a equipa da casa mostrava alguma insegurança defensiva, algo que a Académica OAF aproveitava: o capitão dos estudantes, Traquina, “responde” ao golo dos tricolores com um chapéu de fora de área que passa por cima do guarda-redes, Nuno Hidalgo, que poderia ter feito muito melhor. A Académica OAF voltava, novamente, a estar na frente do marcador.

Na segunda parte, o jogo continuava a apresentar muitos duelos físicos e a equipa visitante mantinha uma estabilidade emocional no jogo, algo que os tricolores tinham dificuldade em manter. Aos 53 minutos, Afonso Figueiredo perde a bola à entrada da área para Fatai e comete grande penalidade sobre o mesmo: João Carlos, que falhou a grande penalidade no início do encontro, redime-se e alarga ainda mais a vantagem para a briosa (3-1).

Os tricolores mostravam grande instabilidade a todos os níveis, sendo incapazes de criar oportunidades de golo ou até ameaçar a baliza da Académica OAF. Por outras vias, a briosa defendia bem e conseguia sair em transições rápidas perigosas que faziam “tremer” a defesa da casa, incapaz de lidar com as mesmas. Aos 89 minutos, numa transição rápida, Reko por pouco não fatura o quarto golo dos estudantes, atirando a bola á barra.

Num encontro de muitos duelos físicos, o CF Estrela da Amadora cometeu muitos falhas defensivas que não se podem efetuar a este nível. A Académica OAF, pelo contrário, esteve bem a todos os níveis e cumpriu com o plano que tinha traçado para este duelo: anulou o jogo da equipa da casa. A briosa vence assim o confronto, de forma justa, por 3-1.

 

A FIGURA

Fatai – Um golo e um penalti sofrido (que originou o terceiro golo). Foi fundamental na estratégia delineada por António Duarte. Caiu muitas vezes nas costas da defesa adversária, procurando sempre espaços para explorar a profundidade. Deu à equipa a oportunidade de sair em transições rápidas e em contra-ataque.

 

O FORA DE JOGO

Nuno Hidalgo – A grande penalidade que cometeu e a “falha” no segundo golo da Académica OAF tiveram uma influência negativa no jogo. O lance da grande penalidade deixou a defesa da sua equipa instável e no segundo golo da Académica OAF estava muito mal posicionado. Um dia “não” para o guarda-redes da casa.

 

ANÁLISE TÁTICA – CF ESTRELA DA AMADORA

Ricardo Chéu apostou num sistema de 4x4x2 com o intuito de ter o controle da posse bola, algo que a equipa teve certa dificuldade até à entrada de Xavi depois da primeira meia-hora de jogo. Na segunda parte mudou para um sistema de 3x5x2, fazendo subir Sérgio Conceição e Afonso Figueiredo, para que a equipa tivesse alguma vantagem numérica quando atacasse. Além de não conseguirem criar jogadas perigosas, não foram capazes de lidar com as transições rápidas criadas pela equipa visitante.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Nuno Hidalgo (4)

Sérgio Conceição (6)

André Duarte (5)

Anthony Correia (5)

Afonso Figueiredo (5)

Madson (6)

Chapi (6)

Mamadou Traoré (5)

Schutte (6)

Diogo Pinto (6)

Paulinho (6)

SUBS UTILIZADOS

Xavi (7)

Aloísio (6)

Michel (6)

Tipote (6)

 

ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICA OAF

A equipa comandada por Pedro Duarte dispôs-se em campo num 4x3x3, sendo que a equipa defendia em 3x5x2 com Traquina e Costinha a fazer as funções de médio-ala, com constantes subidas e descidas no terreno. Fatai, procurava pelo lado direito espaços nas costas da defesa adversária, algo que resultou em lances de perigo e de golo. Uma estratégia muito bem delineada pelo treinador dos estudantes.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Stojkovic (6)

David Sualehe (6)

Justiniano (7)

Fábio Viana (7)

João Diogo (6)

Ricardo Dias (7)

Reko (7)

Fatai (9)

Traquina (8)

Costinha (7)

João Carlos (7)

SUBS UTILIZADOS

Caballero (6)

Hugo Seco (7)

Guilherme (6)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

CF Estrela da Amadora

BnR: Boa noite, mister. Hoje notou-se, como referiu, que a equipa esteve algo instável a nível defensivo. Crê que a precoce grande penalidade, influenciou dali para a frente a forma como a equipa se comportou a nível defensivo?

Ricardo Chéu: “Claramente, mexeu connosco emocionalmente. O facto dos inúmeros cartões amarelos que levámos também nos condicionaram no jogo e nas ações que tomámos. Não é natal, mas acabámos por oferecer várias prendas à Académica que está a lutar para sair dos últimos lugares.”

 

Académica OAF

BnR: Boa noite, mister. Crê que o papel efetuado hoje pelo Fatai, que caiu muito vezes nas costas da defesa, procurando sempre a profundidade, foi fundamental para a vitória da sua equipa?

Pedro Duarte: “O Fatai é um jogador extremamente veloz e explosivo. Pode sair muito atrás do defesa e mesmo assim ganhar-lhe a frente. A ideia foi mesmo essa, com a velocidade dele, conseguirmos explorar a profundidade da defesa do Estrela e assim causar moça. Ainda reforçar o papel do Costinha, um jogador diferente do Fatai, que também nos permitiu ter mais bola no pé na frente de ataque.”

Felipe Ribeiro
Felipe Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Felipe é um jovem que estuda Jornalismo na Escola Superior Comunicação Social. Gosta sempre de dar a sua opinião quando de futebol se trata, atentando sempre para os mínimos detalhes que acontecem dentro de campo. É devoto do Porto, daqueles que conta os dias que faltam para o jogo. Vê o futebol como um livro recheado de particularidades únicas, onde várias opiniões diferentes compõem a história.                                                                                                                                                 O Felipe escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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