Em Portugal, a diferença dos “três grandes” para as restantes equipas da Primeira Liga é por demais evidente a todos os níveis. Com orçamentos incomparavelmente maiores, adeptos espalhados por todo o país e uma diferença avassaladora no número de conquistas alcançadas, Porto, Sporting e Benfica carregam este rótulo.
Ainda que este fosso entre os maiores clubes nacionais e os restantes seja evidente, a discussão em torno de quem merece ser reconhecido como a quarta potência do futebol português surge, invariavelmente, entre os adeptos.

Fontes: Maisguimaraes.pt e Museuvirtualdofutebol.blogspot.pt
A resposta mais comum, e mais forte, à luz dos resultados desportivos, é o SC Braga. Desde que António Salvador assumiu a presidência do clube, em 2003, os minhotos terminaram o campeonato no quarto lugar por oito vezes, somadas ao terceiro lugar alcançado em 2011/2012 e o inédito segundo lugar de 2009/2010. Objetivamente, a equipa, agora orientada por Abel, terminou nos primeiro quatro lugares da liga dez vezes, falhando o objetivo em apenas quatro ocasiões.
Os bons desempenhos nas competições europeias são outro bom argumento: com participações na Champions e, sobretudo, bons desempenhos na Liga Europa, com a final de Dublin à cabeça, o sucesso desportivo do SC Braga não tem igual nos restantes clubes “extra-grandes”.
Contudo, e porque não só de resultados se faz o desporto, há outras equipas que merecem destaque. O rival do Minho, o Vitória SC, destaca-se por outra particularidade que distingue os clubes grandes: os adeptos. Contrariamente ao paradigma nacional, a esmagadora maioria dos habitantes da cidade de Guimarães apoia incondicionalmente o Vitória, sem preferência por nenhum dos “grandes”. Esta postura dos seus adeptos, uma das imagens de marca do clube, contribui para uma identidade verdadeiramente digna de um grande.