E se o pódio tivesse quatro lugares?

Esta associação dos clubes à sua cidade contribui, evidentemente, para o sucesso dos mesmos, pela forma como permite agrupar uma grande massa associativa. Desta particularidade não beneficiam clubes como o Belenenses e o Boavista, equipas que possuem um argumento que mais nenhum clube fora dos três grandes pode utilizar: um título de campeões nacionais no seu palmarés. Ainda assim, como clubes das grandes cidades portuguesas, dividem as atenções dos habitantes de Porto e Lisboa com os grandes, o que é evidentemente prejudicial.

Os campeões portugueses (sem contar com os três "grandes") Fontes: belenenses.blogspot.pt e thesefootballtimes.co
Os campeões portugueses (sem contar com os três “grandes”)
Fontes: Belenenses.blogspot.pt e Thesefootballtimes.co

Por outro lado, a acusação de corrupção e as consequentes descidas de divisão do Boavista, entretanto anuladas, foram um duro revés para o clube do Bessa, ainda que mesmo antes do castigo este nunca tenha estado perto de repetir o feito de 2000/2001.

O Rio Ave, por sua vez, destaca-se pela forma como se transcende, tendo crescido a olhos vistos, através de uma liderança exímia ao longo dos últimos anos. Desde receber como emprestados jogadores de enorme qualidade, como os casos de Oblak ou, mais recentemente, Francisco Geraldes, à aposta em talentos como Ederson e bons valores da primeira liga como Cássio, Rúben Ribeiro ou Tarantini, os vilacondenses têm acumulado plantéis de grande valia.

Mais importante ainda, a escolha dos treinadores tem-se revelado quase sempre certeira: Nuno Espírito Santo levou a equipa a duas finais, saltando para o Valência, homens como Pedro Martins e Luís Castro desenvolveram trabalhos muito aclamados e só Nuno Capucho parece ter sido uma opção falhada. Este ano, com Miguel Cardoso, a equipa ocupa um surpreendente sexto lugar, impressionando pela ambição com que entra em campo.

Assim, parece claro que a resposta mais correta será sempre que nenhuma outra equipa em Portugal tem atualmente condições para se colocar ao nível dos “três grandes”. Em todo o caso, existem vários clubes com condições para crescer e a fórmula parece estar dada: ambição, identidade, uma massa associativa própria e uma liderança exemplar.

Foto de Capa: eco.pt

Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão

Pedro Paupério
Pedro Paupériohttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é estudante de Ciências da Comunicação. Sendo um amante de desporto, é no futebol que encontra a sua maior paixão. A análise do que se passa em campo é a sua prioridade e não consegue ver um jogo sem tentar perceber tudo o que vai na cabeça dos treinadores. Idealiza uma cultura futebolística onde a tática e a técnica são muito mais discutidas do que a arbitragem.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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