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Cabeçalho Futebol NacionalA figura do capitão de equipa há muito tempo que é valorizada, sendo das mais importantes num plantel. É a extensão do treinador em campo, é a constante lembrança de “marcar” aqui, “pressionar” ali e “deixar jogar” mais além. A vaidade e alegria que se verificam nos miúdos quando utilizam a braçadeira de capitão pelas primeiras vezes é próprio da inocência da idade e são substituídas pelo orgulho, responsabilidade e sentido de liderança que mais tarde se adquire ao desempenhar este papel.

Em declarações depois do jogo FC Porto – CF “Os Belenenses”, no mês de novembro, Sérgio Conceição revelou que se viu surpreso ao perceber que o capitão dos dragões era Hector Herrera e que rapidamente compreendeu o porquê desse facto (“Quando cheguei ao FC Porto pensei com os jogadores: um mexicano capitão do FC Porto?! Mas compreendi porquê. Além de bom jogador, é uma excelente pessoa e muito respeitado no balneário”).

Mas, afinal, como se escolhe o capitão? Compreendendo a surpresa e o ponto de vista de Sérgio Conceição, terá a nacionalidade alguma coisa que ver com este papel de extrema importância num plantel? Continuando no âmbito dos azuis e brancos, Herrera assume-se esta época como um dos capitães e, até esta altura, sem críticas a esse facto. O médio de 27 anos é o típico caso que compensa a falta de qualidade técnica acima da média com o esforço e dedicação em campo, qualidade que vem aprimorando ao longo dos anos de dragão ao peito e muito apreciada pelos adeptos portistas. Além disso, o seu treinador complementou com o respeito que colhe junto dos colegas e levanta, assim, outro ponto importante: mais do que fruto de um consenso geral, o capitão é muito pelo que não se vê, é muito para além do que se vê nos estádios ou televisões, ao fim de semana.

Luisão é um dos pilares simultaneamente mais fortes e importantes do atual SL Benfica Fonte:  Facebook Oficial de Luisão
Luisão é um dos pilares simultaneamente mais fortes e importantes do atual SL Benfica
Fonte: Facebook Oficial de Luisão

Mais do que para agradar o público (algo que nunca deverá ser assim), o capitão é escolhido no seio de um grupo de trabalho com o mesmo objetivo e é, até ao final da época, pelo menos, o representante daquela equipa que, jogo após jogo, entra em campo e procura atingir a meta a que se propôs. Exemplo disso é o capitão do SL Benfica. No último jogo frente ao SC Braga, Jardel foi o escolhido para entrar em campo com a braçadeira, mas ninguém tem dúvidas de que o jogador que capitaneia os vermelhos e brancos é, há vários anos, Luisão. O experiente central brasileiro tem aquilo que poucos conseguem e que o torna tão indiscutivelmente capitão: 14 dos seus 36 anos foram jogados de águia ao peito e vai agora para a 15ª época no clube da Luz. Esta lealdade – se é que tal existe no futebol – agrada profundamente aos adeptos e permite integrar novos jogadores que chegam ao plantel. Apesar de estar de fora há seis jogos, devido a lesão, não é difícil imaginar Luisão a apoiar os seus colegas.

Rui Patrício, juntamente com William Carvalho, são os resultados da Academia mais recentes e amados pelos adeptos leoninos Fonte: Instagram Oficial de Rui Patrício
Rui Patrício, juntamente com William Carvalho, são os resultados da Academia mais recentes e amados pelos adeptos leoninos
Fonte: Instagram Oficial de Rui Patrício

No mesmo nível de importância está Rui Patrício. O guardião campeão europeu de seleções partilhava a braçadeira com Adrien Silva, mas, quando este se transferiu para Inglaterra, assumiu-se como o principal capitão da equipa de Alvalade. Colhe elogios ano após ano e é, unanimemente, reconhecido pelos adeptos portugueses como o melhor atleta daquela posição. Junta a baliza do Sporting CP à da Seleção Nacional e o seu desempenho só tem melhorado – recorde-se a eleição como o melhor guarda-redes do passado Campeonato Europeu, que venceu. Mais uma vez, o papel de capitão ultrapassa os limites do terreno de jogo: treinador após treinador e ao longo de vários anos, o Sporting CP sempre contou com Rui Patrício no seu plantel no onze inicial. Todos lhe reconhecem qualidade desportiva e, certamente, humana. Não seria possível de outra forma. À semelhança de Luisão, “S. Patrício” conta com largos anos no mesmo clube (são 11 anos no plantel sénior, está no 12º) e acresce o facto de ter feito toda a formação ali. Não é estranho, por isso, perceber o carinho que qualquer adepto leonino nutre por ele e toda esta imagem de “menino da casa” contribui para a liderança do balneário, enquanto extensão de Jorge Jesus.

Mais do que uma vaidade ou uma mera formalidade do jogo, o capitão é essencial para a sua realização. Mais do que escolher o campo ou a bola, o capitão é a voz de comando durante a partida e é em função dela que a equipa reage. É claro que a nacionalidade pode ter alguma influência na escolha do representante deste papel. Mais pela falta de identificação com o país e campeonato onde se joga do que pela língua que se fala. Uma vez adaptado e ultrapassado esse problema, o capitão pode vir de qualquer ponto geográfico, é irrelevante. Se o treinador pudesse, entrava em campo para corrigir a sua equipa ou até dar o seu contributo. Como tal não é possível, conta com o capitão de equipa nesse aspecto e isso diz muito da sua importância.

Foto de Capa: FC Porto

Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão

Diogo Pires Gonçalves
Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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