Gil Vicente FC 1-2 AZ Alkmaar: Réstia de esperança abatida em Barcelos

A CRÓNICA: QUATRO MINUTOS FATAIS FIZERAM DESMORONAR A ESPERANÇA GILISTA

Depois da pesada derrota imposta pelo AZ Alkmaar na primeira mão, as complicações do apuramento para a fase de grupos da Liga Conferência eram claras. Mas não era missão impossível, e Ivo Vieira entendeu haver uma “réstia de esperança” para o jogo. O Gil Vicente FC defrontou os neerlandeses agora em Barcelos, tendo consciência das dificuldades e do conforto do adversário.

O relógio ainda não tinha atingido o primeiro minuto e o AZ Alkmaar já ambicionava o golo, mesmo em claro conforto, com um remate de de Wit que embateu no poste gilista. A reviravolta era muito difícil de alcançar, mas o Gil Vicente não se conformou com pouco. O primeiro ataque perigoso nasceu dos pés de Arai, que depois Santana Conceição, numa posição pouco favorável para golo, enviou a bola por cima da baliza.

Daí para a frente, o jogo serenou e tornou-se bipartido, com as duas equipas a praticar um futebol muito agradável. Ora a equipa da casa procurou ascender através da posse bola, frente a uma equipa que apresentou boa pressão, ora os neerlandeses tentaram criar perigo também através de passes e cima de tudo de desequilíbrio. O meio-campo da turma de Barcelos foi imprescindível para a ascensão no terreno. Foram muito dinâmicos e serviram de apoio aos extremos.

Pouco depois do apito para a segunda parte, aos 47 minutos, Evjen esteve muito perto de inaugurar o marcador na cara de Rocha Araújo, mas a bola passou ao lado da baliza. O Gil Vicente não marcava e o AZ Alkmaar aproveitou para dificultar a missão que já era quase impossível. Um golo de Evjen ao passar do minuto 60 fez desmoronar as poucas esperanças barcelenses. Se um golo foi um balde de água fria em Barcelos, Reijnders piorou a situação num contra-ataque fatal, aos 63 minutos.

Mesmo tendo a eliminação no horizonte, os adeptos e a equipa não se conformaram e o golo gilista chegou mesmo através de Boselli aos 86 minutos, depois de ficar frente a frente com Verhulst.

O resultado manteve-se até ao fim, o que ditou a eliminação do Gil Vicente e a ausência de equipas portuguesas na competição.

 

A FIGURA

Tijjani Reijnders – O jovem neerlandês marcou o segundo golo do jogo, que fez terminar as esperanças barcelenses, e ainda esteve muito ativo durante o jogo. Foi um autêntico “pulmão”, ajudando a sua equipa nas transições defensivas e ofensivas. Mesmo no abafo final do Gil Vicente, e com 90 minutos nos pés, o jovem esteve presente a ajudar a defender.

 

O FORA DE JOGO

Falta de golo prematuro do Gil Vicente na partida – Não se pode apontar o dedo individualmente, porque a turma de Barcelos teve uma atitude fantástica, mesmo sabendo que estava com quatro golos de desvantagem no início. O Gil Vicente não se conformou e criou bastantes oportunidades, especialmente na primeira parte. Podia ter inaugurado o marcador “cedo” na partida, o que teria proporcionado uma outra visão sobre a passagem. Ou seja, faltou golo cedo na partida. Os golos neerlandeeses baixaram as esperanças barcelenses, mas a verdade é que o Gil Vicente abafou a equipa de Alkmaar mesmo após a vantagem da turma de Pascal Jensen.

 

ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

Ivo Vieira realizou sete alterações frente ao último jogo, frente ao Famalicão e apostou no sistema tático 4-3-3. Na baliza, Rocha Araújo saltou para o lugar de Andrew e na linha defensiva Tomás Araújo e Carraça também estiveram no início. No meio-campo, Fujimoto e Vitor Crvalho deram lugar a Pedro Tiba e Bueno Santana. No ataque, dos três homens da frente, só um se mantém. Entraram Arai e Santana Conceição.

O meio-campo gilista demonstrou ser bastante dinâmico, sempre em busca de homens livres e de progredir no terreno, especialmente no último terço. Aburjania surgiu mais vezes fixo a procurar assumir as rédeas dos desenhos ofensivos barcelenses, mas a verdade é que a boa pressão e o bom posicionamento da turma de Alkmaar obrigou os defesas do Gil Vicente a procurar alternativas. Os laterais Carraça e Marín ajudaram em muitos momentos o ataque, com a subida no terreno.

A nível defensivo, o Gil Vicente foi muito coeso e os jogadores mantiveram-se juntos. Isso não permitia jogo interior fácil ao AZ Alkmaar, que procurou também as alas. Ainda com muito por jogar, Ivo Vieira trocou dois homens da frente numa só assentada e colocou Fran Navarro e  Boselli. Também trocou Matheus Bueno por Fujimoto.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Rocha Araújo (6)

Lucas Cunha (7)

Tomás Araújo (7)

Marín (6)

Carraça (6)

Aburjania (7)

Pedro Tiba (7)

Bueno Batista (6)

Villodres Medina (6)

Arai (7)

Santana Conceição (6)

SUBS UTILIZADOS

Fujimoto (6)

Fran Navarro (6)

Boselli (7)

Vitor Carvalho (5)

Hackman (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – AZ ALKMAAR

Pascal Jensen entendeu que equipa que ganha não mexe e manteu o mesmo inicial relativamente ao encontro na cidade de Alkmaar frente ao Gil Vicente, mesmo tendo chegado à segunda mão em clara vantagem. A equipa entrou com o sistema tático 4-3-3.

A equipa neerlandesa procurou muito os ataques através da largura com van Brederote e Evjen. Ambos demonstraram ser desiquilibradores, mas o primeiro provou criar mais perigo. Van Brederote foi imprevisível com bola nos pés: ora assumia o perigo com a entrada em zonas interiores, ora criava desequilíbrio na ala. Os defesas centrais, Martins Indi e Beukema, disseram presente e afirmaram-se como uns dos responsáveis pela inexistência de golos gilistas. Também o meio campo neerlandês foi bastante dinâmico.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Verhulst (8)

Martins Indi (8)

Beukema (7)

Hatzidiakos ()

Kerkez (6)

De Wit (7)

Reijnders (9)

Clasie (7)

Van Brederode (7)

Evjen (8)

Pavlidis (7)

SUBS UTILIZADOS

Lahdo (6)

Odgaard (6)

Sugawara (6)

Barasi (5)

De Wit (5)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

GIL VICENTE FC

BnR: Fez várias alterações face ao último jogo para o campeonato. Isso significou que estava a contar com a eliminação e deu prioridade ao campeonato?

Ivo Vieira: A nossa prioridade desde a minha chegada cá foi sempre o campeonato. Obviamente que esta competição nos dava muita coisa e nós tínhamos que apostar na mesma. Mas perante aquilo que foi o resultado do primeiro jogo, tivemos que ser inteligentes. E como disse, o grande objetivo para hoje era conseguir um resultado positivo, aquele que superasse o que foi o primeiro.

AZ ALKMAAR

BnR: O Gil Vicente hoje jogou muito bem e teve uma grande atitude. Acha que se não fosse os dez minutos finais da primeira mão, o resultado podia ter sido outro?

Pascal Jansen: Nunca saberíamos que os últimos 20 minutos da primeira mão foram os minutos que decidiram a eliminatória. No entanto sabíamos que o Gil Vicente ia ter um jogo difícil aqui, mas tenho que lhes dar o mérito porque tiveram uma boa prestação.

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Leonardo Pereira
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