SC Covilhã 1-1 CD Nacional: “Leões da Serra” pecam em detalhes ofensivos e permanecem em série negativa

A CRÓNICA: CD NACIONAL SUSTEM PRESSÃO E RESGATA UM PONTO NA SERRA

A partida começou com o SC Covilhã com mais posse da bola e a ter a iniciativa das primeiras jogadas ao ataque. Enquanto isso, o CD Nacional tentava acalmar o ímpeto adversário, com posse de bola sem muito objetivo, focando na estratégia de encaixar contra-ataques.

No entanto, o primeiro perigo à baliza veio logo aos 14 minutos. Após segurar a bola com a sua força física, o avançado serrano Jô passou para Jean Felipe, que driblou o seu marcador e avançou pelo lado direito do ataque. O cruzamento saiu com precisão para a cabeça de Jô, que estava pronto para completar com a bola na rede. Vantagem para os serranos.

Após o golo, os “Leões da Serra” apresentaram uma grande disciplina tática defensiva. Foi realizado um recuo na marcação em que deixou a posse da bola principalmente com os visitantes, que não tiveram sucesso para ultrapassar a barreira defensiva serrana.

Desta forma, a primeira etapa encerrou-se com o prognóstico de um jogo muito físico, com diversas faltas e poucos espaços para ser jogado. As jogadas do Covilhã focaram no lado direito de ataque com Jean Felipe e Tiago Moreira. Por outro lado, o Nacional apostou sobretudo no seu capitão João Camacho na construção de jogadas.

A segunda parte do jogo começou como terminou a primeira: com o Nacional a tentar furar o bloqueio defensivo covilhanense, enquanto os donos da casa apostavam nas jogadas rápidas de Jean Felipe e no jogo físico de Jô.

Apesar disso, o bloqueio defensivo do Covilhã foi quebrado logo aos 47 minutos de jogo. Após uma bola cruzada de Baiano, o ponta de lança Róchez fez-se presente no meio da grande área, sem qualquer marcação. Com a cabeça, o hondurenho jogou a bola devagar e carinhosamente por cima do guarda-redes Léo, que apenas encarou a bola a encobrir e entrar de maneira jeitosa no fundo das redes.

A partir do golo visitante, o jogo ganhou em nível de tensão por parte dos mandantes que precisaram correr atrás do resultado desfavorável.

Apesar disso, o Covilhã pouco criava em comparação à primeira etapa. Entretanto, o técnico Wender Said analisou a sua equipa e promoveu duas trocas que deram um novo gás tático e físico. As entradas de Lucas Barros e Diogo Almeida deram concisão e força de ataque pelos lados do campo.

De resto, o CD Nacional conseguiu suportar a pressão de alguns momentos na segunda etapa e saiu com um belo resultado fora dos seus domínios. Para o SC Covilhã, os mesmos problemas ofensivos persistem e a série que agora soma seis jogos sem vitórias apenas aumenta na Segunda Liga.

 

A FIGURA

Jean Felipe – A grande mudança tática dos mandantes para esta partida, Jean Felipe, também foi o grande nome da partida. A sua movimentação a partir do lado direito de ataque, além da qualidade no passe longo, fez com que as principais tramas ofensivas dos mandantes se concentrassem nos seus pés. Como resultado, o líder de assistências da Segunda Liga aumentou o resultado com um lindo cruzamento para o único golo do SC Covilhã.

 

O FORA DE JOGO

Devid Silva – A situação dos “Leões da Serra” antes da partida era de grande pressão. Neste ponto, o que se viu foi um nervosismo na segunda etapa, principalmente na imprecisão no remate e falta de concentração até ao final do jogo, que deram ao seu adversário a oportunidade de selar o resultado. O avançado brasileiro foi um dos mais afetados por isto e não conseguiu produzir o que lhe foi esperado.

 

ANÁLISE TÁTICA – SC COVILHÃ

Apesar da sequência sem vitórias, o técnico brasileiro Wender Said manteve a formatação em 4-4-2 frequentemente usada durante a atual época. A inconsistência continua no setor médio lateral, em que Wender continua a promover mudanças. Desta vez o escolhido foi Tiago Moreira que jogou na lateral defensiva, para que Jean Felipe atuasse mais ao ataque. No segundo tempo, Isaiah foi deslocado para o médio central e Lucas Barros foi para o seu lugar como médio lateral.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Léo Navacchio (6)

Jean Felipe (8)

André Almeida (4)

Heliton Titão (5)

David Santos (4)

Ryan Teague (5)

Jorge Vilela (5)

Tiago Moreira (6)

Ahmed Isaiah (6)

Jô Batista (7)

Devid Silva (4)

SUBS UTILIZADOS

Diogo Almeida (5)

Ricardo Vaz (5)

Lucas Barros (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – CD NACIONAL

Após a goleada contra o Trofense, o técnico Rui Borges manteve a formação, com o 4-3-3 usual. A única alteração foi a saída do guarda-redes António Filipe, por conta de uma lesão no jogo passado. No seu lugar, Rui Encarnação fez sua estreia na equipa madeirense. Para o segundo tempo, as alterações mantiveram o padrão tático e acrescentaram novo vigor físico à equipa da Madeira.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

António Felipe (7)

Baiano (7)

Suliman (5)

André Souza (5)

Rafael Vieira (5)

Alhassan (4)

Francisco Ramos (5)

Jota (5)

João Camacho (7)

Bryan Rochez (7)

Witi Quembo (4)

SUBS UTILIZADOS

Vitor Gonçalves (5)

Danilovic (5)

Rouai (5)

Júlio Cesár (4)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

SC Covilhã

BnR: “Como credita a atuação do lado direito do SC Covilhã? Com Jean Felipe a ser o líder nas assistências na Segunda Liga?”

Wender Said: “Lá atrás, quando ainda tinha um plantel curto, nós usamos muito essa opção (Jean Felipe no ataque) e conhecemos a qualidade do Jean no passe, e a forma aguerrida, liderança e combatente do Tiago. Então, nós os usamos neste jogo e eles estão de parabéns.”

 

CD Nacional

BrR: “Pensa que o empate foi o resultado merecido? Visto que o Covilhã teve grandes oportunidades como a do Jô, mas também o Nacional produziu certo perigo à baliza do Léo?

Rui Borges: “Penso que acabamos por fazer um jogo bom. Muito mais competitivos, percebendo aquilo que temos de fazer. Uma primeira parte em que entramos mal nos primeiros quinze minutos. Depois do golo, penso que fomos donos da primeira parte. Faltou-nos um bocado de agressividade no último terço. Tivemos a bola no nosso poder, mas criamos pouca aflição. Chegamos ao golo com todo o mérito, depois o Covilhã controlou um pouco mais o jogo, mas penso que de alguma forma, controlamos o jogo, não deixamos o adversário criar grande perigo. Podíamos por ter criado o 2 x 1 agora na parte final, mas penso que no geral, o resultado acaba por ser justo.”

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Adepto incondicional de futebol, Kayalu apaixonou-se pelo desporto no momento em que sentiu pela primeira vez a vibração e paixão das claques. É este sentimento que ele projeta passar ao informar e apresentar tudo que o desporto mais popular do mundo traz. Além disso, os motores da Fórmula 1 e a competitividade do vólei enchem o resto da paixão deste brasileiro.

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