Contudo, este sonhar acordado teve também uma parte de pesadelo. 14 de fevereiro, empate fora com o SC Praiense. 20 de fevereiro, derrota fora com o Oriental Dragon FC.
Dois jogos seguidos sem ganhar no campeonato era algo que ainda não nos tinha acontecido na época. E foram duas semanas terríveis. Os escritórios onde todos os dias trabalhamos viraram, nessas semanas, autênticos velórios. Era muito trabalho para perdermos a oportunidade das nossas vidas de ficar em 1.º lugar na série.
E mais uma vez transformamos as fraquezas em forças e nos últimos seis jogos, vencemos cinco. Estávamos na fase final e com quatro pontos de avanço para o 2.º classificado, Sporting B. E que sensação tivemos naquele dia. Sensação de dever cumprido, mas também sensação de responsabilidade ainda mais acrescida. É que, estando na fase de subida, não podíamos pensar em nada menos do que a subida.
Pela frente, SCU Torreense e UD Leiria com orçamentos astronómicos face ao nosso e um Vitória FC com um plantel de Primeira Liga. Três jornadas e sete pontos. Já ninguém pensava noutra coisa. Muita tinta correu nessa semana após a vitória por 2-1 diante da U. Leiria. Muita gente tentou desestabilizar-nos. E até admito que possam ter pensado que o conseguiram, porque depois perdemos com o Vitória de Setúbal e empatámos com o Torreense.
Mas o que se esqueceram foi de que em nenhum momento dependemos de terceiros para alcançar o nosso objetivo e todos eles dependeram. Desde o dia 20 de setembro de 2020 até ao dia 30 de maio de 2021, o Estrela da Amadora nunca dependeu de terceiros para chegar à Segunda Liga. E que confusão que isso deve ter feito na cabeça de muitos.
No final, e já com a subida garantida, após a vitória por 2-0 diante da U. Leiria, o trabalho compensou. O esforço compensou. As horas infinitas passadas nos gabinetes compensaram. O Estrela da Amadora está vivo, está de volta aos campeonatos profissionais e está mais pujante do que nunca.
É certo que perdemos a final, mas alcançámos a subida à Segunda Liga. Uma subida em que ninguém acreditava quando o Club Sintra Football se fundiu com o CD Estrela.
Conseguimos. Está feito. O Estrela voltou. E não vai ficar por aqui. Este já longo texto é apenas o primeiro capítulo da história do regresso do Estrela.
Artigo de opinião de Marco Ferreira,
diretor executivo CF Estrela Amadora
Artigo revisto por Joana Mendes
O EUROPEU DE SELEÇÕES ESTÁ A CHEGAR E HÁ MUITOS JOGOS PARA APOSTAR! SEGUE JÁ PARA A BET.PT!