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Vasco Seabra não merecia ser despedido do Bessa

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A movimentação no mercado do Boavista FC nada fazia prever o desfecho que a nona jornada trouxe; a administração axadrezada acertou a rescisão com Vasco Seabra. Miguel Cardoso e Jesualdo Ferreira são os nomes apontados à liderança do plantel do Bessa. No entanto, nesta altura parece que Jesualdo Ferreira é praticamente um nome certo para a liderança da equipa axadrezada.

Em momento oportuno tracei uma época gloriosa para o clube da cidade invicta, mas se há algo que o futebol rejeita liminarmente são “futurologias”. A qualidade individual que previ no plantel comprovou-se, mas não foi suficiente. Faltou combiná-la e transformá-la num jogo coletivo igualmente forte.

A vitória caseira frente às águias (3-0) na sexta jornada prometia ser o ponto de viragem, mas seguiram-se mais uma derrota, uma vitória e dois empates – o triunfo, no entanto, foi apenas no prolongamento frente ao FC Vizela (0-1), para a Taça de Portugal.

O maior receio que tracei no final de setembro confirmou-se; à mínima instabilidade e escassez pontual, recai tudo sobre o treinador e o chicote estala com a mesma facilidade e leveza com que Alberth Elis passou por Vertonghen e chapelou Vlachodimos.

É certo que os resutados roçam o paupérrimo; dez partidas oficiais, apenas duas vitórias, cinco empates e três derrotas. 11 golos marcados e 15 sofridos. São resultados muito curtos e um desempenho defensivo demasiado frágil para o plantel que apresenta.

No entanto, não é menos verdade que o plantel é praticamente todo novo, com os jogadores a criarem os primeiros laços de química e entrosamento não só entre si, mas também com o treinador. Não seria também de esperar um arranque possivelmente lento, com alguns dissabores?


Novos tempos, novas realidades; à falta de público no estádio, a pressão é agora feita nas redes sociais, nas caixas de comentários, onde se pode ler de tudo. Do zero ao 100 em dois comentários. O mais fácil neste momento será apontar mil e uma razões para o insucesso deste “casamento” de Vasco Seabra com as panteras, mas o principal, parece-me, foi a junção de juventude e falta de experiência da quase totalidade do plantel com a do prórpio treinador.

O que é feito do bom e velho “tempo”? Vasco Seabra é despedido com menos de dez partidas disputadas e isso é insuficiente para implementar uma ideia nova de jogo com um plantel remodelado. Sim, porque a ideia de jogo é completamente diferente da que o Boavista FC propõe há anos e talvez aí esteja a chave para uma decisão precoce e pouco ponderada.

Abandonar o grito e a abordagem aos lances como se fossem o último custa à massa adepta e associativa, mas a nova proposta era mais agradável para quem gosta de futebol. Bola no chão, envolvimentos elaborados e jogadores de enorme qualidade técnica entre linhas.

Convém não esquecer que Angel Gomes tem brilhado pela sua qualidade inata, mas também precisamente por causa da proposta de jogo de Vasco Seabra. Peçam-lhe agora para jogar na raça e no choque e vamos ouvir dizer daqui por uns tempos que afinal era um flop…

Contratar Vasco Seabra prometia ser uma aposta na continuidade, num projeto paciente, demorado e, acima de tudo, palneado. A abordagem ao mercado de transferências apontava também para isso, mas estamos em Portugal, o país à beira mar plantado que espera resultados do dia para a noite. Ao mesmo tempo, é o país que está sempre pronto para bater os recordes de treinadores despedidos ccom poucos meses de trabalho.

Este despedimento diz mais da qualidade do dirigismo português do que da qualidade do Vasco ou do plantel axadrezado. Ombrear com os grandes também exige que se pense comc tal. Veremos o que o futuro reserva a este Boavista FC nesta temporada desportiva.

Diogo Pires Gonçalves
Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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