Leixões SC 1-2 SL Benfica B: vitória encarnada jogou-se no erro

A CRÓNICA: VITÓRIA ENCARNADA EM JOGO ONDE FALTOU DISCERNIMENTO EM PROL DAS OPORTUNIDADES

Num sábado de manhã chuvoso, onde o “Mar” estava desassossegado, o Leixões SC recebeu o líder isolado da Segunda Liga, o SL Benfica B, em jogo que culminou na vitória encarnada.

Vindos de vencer um jogo na Póvoa frente ao Varzim SC, os encarnados estavam com a moral em altas para dar seguimento aos bons resultados e boas exibições da equipa. Já a armada do Mar queria a quarta vitória consecutiva do calendário.

O primeiro remate de perigo no jogo surgiu através de Martim Neto aos sete minutos, depois de Rafael Brito se conseguir desenvencilhar da defesa leixonense. Beurnardeau estava atento e conseguiu agarrar o esférico com toda a pressão à sua volta. Suspirou-se de alívio na bancada.

Numa primeira parte que se mostrava partida entre o SL Benfica B a jogar em construção e ataque posicional e um Leixões a apostar no erro do adversário e alinhar no contra-ataque, surgiu assim o golo.

Aos 29 minutos, Samuel Soares chocou com Wendell no centro da grande área com a bola a sobrar para João Amorim, a quem restou encostar para o fundo das redes de uma baliza sem guardião.

O jogo ficou totalmente partido depois do golo leixonense, principalmente o esquema tático do coletivo benfiquista que parecia algo perdido. Ainda antes do intervalo, as águias tentaram colmatar essa ausência de rigor e, na sequência de um livre batido por Úmaro Embaló, Tiago Araújo empatou a partida, ao cabecear para o poste mais distante de Beurnardeau.

Ao longo da segunda parte, pouca história existia para contar. A equipa B do SL Benfica perdeu algum do discernimento a nível de construção ofensiva e isso fez com que estancasse o jogo.

Enquanto isso, o Leixões SC tentou superiorizar-se, principalmente, no meio-campo, tendo conseguido criar algumas ocasiões, mas nenhuma que levantasse grande perigo.

A poucos minutos do final do tempo regulamentar, depois da equipa matosinhense conseguir pressionar no lado contrário do terreno, foi mesmo o SL Benfica B a chegar à vantagem. Luís Lopes, ou Duk, como é conhecido, entrou e fez a diferença.

A assistência para o golo veio de Ronaldo Camará que cimentou o conceito de substituições fazerem a diferença.

E fizeram mesmo. Ouviu-se o apito final do encontro e o SL Benfica B saiu do Estádio do Mar com uma vitória por 2-1 arrancada a ferros ao Leixões SC.

 

A FIGURA

Substituições do SL Benfica B – Nélson Veríssimo acabou por acertar nas alterações que fez e que mudaram o jogo. As entradas de Luís “Duk” Lopes e Ronaldo Camará mudaram por completamente o rumo ofensivo do jogo dos encarnados e foram eles mesmos que levaram o coletivo à vitória já perto do cair do pano.

 

O FORA DE JOGO

Discernimento ofensivo das equipas – Esperava-se mais destas duas formações dado o nível que têm apresentado. Com os jovens da equipa B do SL Benfica isolados na liderança da tabela à entrada para este encontro e um Leixões SC que se bate com todas as suas armas para defrontar os adversários “mais cobiçados”, faltou o discernimento ofensivo necessário para diferenciar o resultado e abrir o jogo.

 

ANALISE TÁTICA – LEIXÕES SC

José Mota voltou a alinhar num 4-3-3, moldável num 5-3-2 aquando das transições defensivas.

Na baliza, manteve-se Beurnardeau. A composição da linha defensiva apenas manteve Léo Bolgado, com as entradas de Ćalasan para a zona central e de Amorim e Seck para as laterais.

No meio-campo, manteve-se Nduwarugira como transportador de jogo, mas também como um dos ajudantes da linha defensiva na transição, a par de Ben e Morim. Na frente, Wendel foi o ponta de lança de serviço, com a ajuda de Sapara e Kiki.

ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

Beurnardeau (6)

Amorim (6)

Ćalasan (5)

Léo Bolgado (6)

Seck (5)

Christophe Nduwarugira (5)

Kiki (5)

Morim (5)

Sapara (5)

Ben Hassan (5)

Wendel (5)

SUBS UTILIZADOS

Fabinho (5)

Jefferson Encada (5)

Thalis (5)

Luan Santos (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA B

O SL Benfica B tentava pressionar em zonas avançadas do terreno, forçando ocasionalmente o erro do adversário. A equipa defendia em 4-1-4-1, que depois se transformava num 4-3-3 a atacar.

Samuel Soares voltou a assumir a guarida dos postes, com Tomás Araújo e Pedro Ganchas a garantirem a zona central da defesa. Fabinho e Sandro Cruz permaneceram como laterais.

No meio-campo, alinharam Martim Neto e Rafael Brito (que descia no terreno de jogo para ajudar nos momentos defensivos), com Paulo Bernardo a fazer a ligação ao setor mais ofensivo. Nesse último terço, Jair Tavares e Umaro Embaló serviam Henrique Araújo.

ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

Samuel Soares (5)

Fabinho (6)

Tomás Araújo (6)

Pedro Ganchas (5)

Sandro Cruz (5)

Rafael Brito (5)

Paulo Bernardo (6)

Jair Tavares (5)

Martim Neto (6)

Umaro Embaló (6)

Henrique Araújo (6)

SUBS UTILIZADOS

Ronaldo Camará (6)

Tiago Gouveia (6)

Luis “Duk” Lopes (6)

Miguel Nóbrega (5)

Cher Ndour (5)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Leixões SC

BnR: Alterou substancialmente o modo de jogo do Leixões SC com as substituições que efetuou. Com isso, viu-se uma equipa com mais poderio ofensivo, apesar do golo sofrido já perto do tempo regulamentar. O que faltou para alcançar a vitória?

José Mota: Faltou finalizar as opções que tivemos. O futebol é isto: quem não marca sofre. Eu não estava a ver o adversário a mostrar intenção e chegar ao golo. Eu estava a ver o adversário na sua retaguarda. O futebol é isto. O que eu digo é que é uma equipa competitiva com excelentes jogadores. Acho que esta equipa tem demonstrado tudo isso e aqui não o fez. Se retirarmos os primeiros 15 minutos, o jogo foi do Leixões SC. Conseguimos criar várias situações e desequilibrar. Este jogo foi um jogo que não nos correu bem nos momentos cruciais. Nunca é bom sofrer um golo. Ao intervalo tranquilizamo-nos. Tivemos várias oportunidades, não conseguimos. Fizemos alterações importantes. Continuámos a ter mais bola no meio-campo, estávamos melhores no posicionamento e tivemos as nossas oportunidades. Este resultado penaliza muito o que Leixões SC fez. Fomos a equipa que mais fez para vencer. Mesmo com as alterações produzidas, foi demonstrado que a ambição foi mais demonstrada pelo nosso lado. Digo, com clareza, que devíamos vencer”.

 

SL Benfica B

BnR: As substituições que efetuou acabaram por dar resultado, no sentido em que o SL Benfica B conseguiu alcançar o golo da vitória através de jogadores que entraram no decorrer do jogo. O que estava a faltar que foi potenciado por estes jogadores?

Nélson Veríssimo: Nesta semana fizemos três jogos. Tivemos de fazer gestão dos jogadores obviamente tivemos de repetir jogadores no onze, se bem que dois dele estavam em situação crítica de fadiga: Paulo Bernardo e Rafael Brito. O objetivo foi dar frescura. Ronaldo Camará entrou com capacidade de ter bola e definir no último terço. Acho que acabámos por conseguir. As outras substituições forma em função do jogo. Pelo desgaste, precisávamos de jogadores com frescura e critério na posse”.

vitória encarnada

Andreia Araújo
Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.

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