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A Insustentável Leveza do 4-4-2 Losango

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4) Diogo Jota: 19 anos de idade e já com capacidade para revolucionar o futebol da equipa. Diogo Jota é a cara do novo FC Porto pós-Leicester City FC. É incrível como, partindo de avançado centro esquerdo, sempre que baixa para receber a bola entre linhas enquadra com uma velocidade notável e consegue ainda retirar adversários diretos da jogada. A jogar em espaços curtos a qualidade técnica, criatividade, velocidade de execução e capacidade de tomada de decisão de Diogo Jota permitem-lhe criar situações que aproximam a equipa do golo. Contra uma equipa tão fechada como o GD Gafanha a sua influência não foi tão evidente, mas parece claro que o futebol de Diogo Jota veio para ficar e para tornar mais “perfumados” os relvados do futebol português.

O quarteto ofensivo referido é, indubitavelmente, uma das mais empolgantes congregações ofensivas jovens (média de idades = 20,25 anos) do atual futebol europeu. Porém, a somar às individualidades importa destacar, sobretudo, a nova imagem tática do FC Porto: o 4-4-2 losango.

Em organização ofensiva Danilo baixa para junto dos centrais, retirando-o do momento de construção no qual, claramente, apresenta as suas maiores fragilidades. Herrera fica como interior direito, Ótavio como interior esquerdo, e com mobilidade entre linhas para pedir a bola no pé apresentam-se Óliver (como médio mais ofensivo) e Diogo Jota. No ataque, André Silva ataca a profundidade e pede bola nas costas, aumentando o espaço disponível para que Diogo Jota possa receber entre linhas. Ainda assim, pelo facto de Alex Telles e Layún não serem jogadores muito desequilibradores no momento ofensivo, em algumas ocasiões a equipa parece poder beneficiar da colocação de jogadores como Corona ou Brahimi nos corredores laterais. Finalmente, fica a ideia de que Óliver Torres tem jogado, por vezes, em terrenos um pouco recuados ou com tendência para encostar à ala, quando é precisamente dentro do bloco defensivo adversário que este é mais preponderante na manobra ofensiva da equipa.

Óliver é uma aposta forte rumo ao título Fonte: FC Porto
Óliver é uma aposta forte rumo ao título
Fonte: FC Porto

Em transição defensiva a largura é controlada unicamente por Herrera, Danilo e Otávio, aos quais se junta Óliver nos momentos de organização defensiva. Este modelo defensivo, apesar de ter sido eficaz contra o CD Nacional, implica uma extrema disponibilidade física de Herrera e Otávio no sentido de impedir a inferioridade numérica contra os laterais e extremos das equipas adversárias tendo sido este aspeto, precisamente, um dos que melhor explica as dificuldades sentidas pelo FC Porto nos primeiros 30 minutos do jogo contra o Club Brugge KV.

Adicionalmente, a equipa parece ainda algo hesitante nos momentos de transição defensiva, sendo notórias as dificuldades que apresenta para perceber os momentos em que deve baixar o bloco e juntar linhas e aqueles em que deve reagir rapidamente para recuperar a posse de bola. Assim sendo, torna-se claro que existe ainda um caminho a percorrer no sentido de tornar a equipa mais competente no seu momento defensivo, algo que será particularmente relevante quando esta tiver que enfrentar adversários com maior expressão futebolística.

Nas suas mãos, Nuno Espírito Santo tem (ainda em bruto) os ingredientes necessários para montar uma equipa com uma dinâmica coletiva à qual o FC Porto habituou os seus adeptos num passado não muito distante. A somar a esses ingredientes, este parece (finalmente) ter encontrado uma forma de os conjugar de um modo que aproxima mais a equipa do sucesso. E agora? Será que após três anos de jejum Nuno Espírito Santo conseguirá recolocar o FC Porto na rota dos títulos? Aguardemos pacientemente…

Foto de capa: FC Porto

Francisco Sampaio
Francisco Sampaiohttp://www.bolanarede.pt
Apaixonado por futebol desde a segunda infância, Francisco Sampaio tem no FC Porto, desde esse período, o seu clube do coração. Apesar de, durante os 90 minutos, torcer fervorosamente pelo seu clube, procura manter algum distanciamento na apreciação ao seu desempenho. Autodidata em matérias futebolísticas, tem vindo recentemente a desenvolver um interesse particular pela análise tática do jogo. Na idade adulta descobriu a sua segunda paixão, o ténis, modalidade que pratica de forma amadora desde 2014.                                                                                                                                                 O Francisco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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