Taticamente, o jogo foi sempre muito pobre, com diversos momentos nos quais, pela falta de pausa, este se apresentou demasiado partido, com verdadeiras correrias de área a área. Do lado do SL Benfica é pouco compreensível a total entrega do jogo ao adversário, após a equipa ter marcado o primeiro golo, em detrimento da opção de ir controlando o jogo com bola; do lado do FC Porto é inconcebível a facilidade dada aos futebolistas do SL Benfica para invadir o espaço entre linhas, durante os períodos nos quais a equipa lisboeta não se encontrou em vantagem, tendo estes liberdade para espalhar o pânico junto da defesa contrária.
Num jogo em que ambas as equipas adotaram uma postura demasiado conservadora, após o golo do empate foi a vez de o FC Porto abdicar quase por completo de atacar, mostrando-se a equipa claramente satisfeita com o resultado. Também o FC Porto optou por entregar a bola ao adversário ao invés de controlar o jogo com bola, mas nunca conseguindo manter um rigor nos posicionamentos defensivos que evitasse sucessivos calafrios.

Terminado um jogo com pouca história (tática) para contar, e no qual nenhuma das equipas apresentou uma atitude digna de um candidato ao título, houve mais SL Benfica e, mais uma vez, houve muito “San” Iker Casillas. Nos momentos em que lhe foi permitido, o FC Porto assumiu o comando do jogo mas, por outro lado, sempre que o resultado era o empate, foi o SL Benfica a equipa que se mostrou mais forte e, acima de tudo, mais organizada. 1-1 no marcador, um ponto a separar as duas equipas e, daqui em diante, concentram-se as atenções nos próximos jogos e, em particular, no Sporting CP x SL Benfica e no SC Braga x FC Porto.
Foto de Capa: SL Benfica
Artigo revisto por: Diana Martins