Arbitragens e culpas próprias

fc porto cabeçalhoEsta semana, o FC Porto foi eliminado da Taça da Liga e, com isso, a restante época portista fica resumida ao Campeonato Nacional e Liga dos Campeões.

Qual o maior responsável pelas as eliminações quer da Taça de Portugal quer da Taça da Liga? As arbitragens ou exibições menos conseguidas pela equipa? Na minha opinião, é uma mistura das duas. Um clube, uma equipa diretiva, uma equipa técnica, tem de ter uma análise mais fria, tem que analisar onde se pode melhorar, e penso que isso tem sido feito. Mas isso não invalida a avaliação que se pode, e deve, fazer sobre a qualidade das arbitragens e a influência das mesmas do decorrer das competições.

A equipa do FC Porto é jovem, está em construção, o treinador está na sua primeira época no clube e, como é evidente, as oscilações exibicionais são normais, e quando as exibições são menos positivas, as arbitragens por norma não têm sido felizes. Quando uma equipa, em jogos cirúrgicos, é claramente prejudicada e, com isso, fica eliminada de competições (como foi o caso da Taça de Portugal), o processo de crescimento e de sedimentação da equipa é atrasado e o caminho para o sucesso fica mais longo.

Nuno Espírito Santo tem merecido a confiança dos portistas (Fonte: FC Porto)
Nuno Espírito Santo tem merecido a confiança dos portistas
Fonte: FC Porto

Mas as arbitragens não podem ser a resposta para todos os males. Eu sou, e muitas vezes em contra ciclo, um defensor de NES. Penso que o seu trabalho tem sido positivo, vejo qualidade no trabalho realizado, vejo uma ideia de jogo, vejo desenvolvimento individual e coletivo. Mas a gestão feita na Taça da Liga, na minha opinião, não foi muito feliz. Depois da eliminação da Taça de Portugal, a Taça da Liga tinha de ser vista como uma competição fulcral para o FC Porto. Em primeiro lugar, é uma competição que o clube nunca ganhou, depois, poderia ser um tónico em termos emocionais importante. O FC Porto tinha de chegar à última jornada com seis pontos. Não sou muito favorável a grandes mudanças em competições curtas e a eliminar, mas se o FC Porto tivesse jogado na máxima força nas duas primeiras jornadas da Taça da Liga, teria certamente chegado ao jogo contra o Moreirense praticamente apurado. Eu defendo uma gestão do plantel mais focada no campeonato e não em provas curtas e a eliminar, fazer duas ou três alterações em jogos do campeonato pode ser bem mais interessante do que mudar cinco ou seis em jogos das Taças.

NES tem agora um trabalho diferente pela frente. A equipa tem de se focar no seu próprio trabalho e não se abstrair com as arbitragens, controlar a ansiedade e as emoções, mesmo que as arbitragens não sejam de qualidade. Acredito que NES tem essa qualidade e que a equipa vai entrar na Mata Real completamente focada no seu trabalho e no fator que pode controlar, que é a qualidade do seu jogo.

Foto de Capa: FC Porto

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Luís Coelho
Luís Coelhohttp://www.bolanarede.pt
É um eterno apaixonado por desporto, tem no futebol a sua maior paixão. Desde muito jovem que se dedica ao estudo e à análise de todas as vertentes futebolísticas. Foi treinador no futebol de formação, e atualmente colabora na área do “scouting". Apaixonado pelo jornalismo desportivo, é adepto do FC Porto e no futebol internacional tem simpatia pelo Barcelona.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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