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Bayern 6-1 FC Porto: O fim do sonho!

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tinta azul em fundo brando pedro nuno silva

O FC Porto está eliminado da Liga dos Campeões depois de um contundente 6-1 em terras alemãs. A equipa de Lopetegui foi incapaz de suster o ímpeto dos alemães, que foram aproveitando os erros da defensiva portista. É o fim do sonho azul e branco depois de bater num muro de realidade na Baviera.

Antes do jogo a surpresa era a inclusão de Reyes a lateral direito. Surpreendeu Lopetegui ao apostar no central, que não tem estado particularmente bem nos jogos efectuados esta época. Sem Alex Sandro e Danilo (que falta fizeram!) o Porto teria de mudar, mas Reyes e Indi, já se sabia, não dão a profundidade necessária à equipa portista. Guardiola apenas trocou Dante por Badstuber e, claro, a atitude da equipa. O FC Porto apresentou uma estretégia defensiva parecida com a da primeira mão, ao pressionar já perto da linha de meio-campo e de forma criteriosa – insuficiente, como se provou.

Os adeptos azuis e brancos foram à procura do sonho e encontraram um pesadelo  Fonte: Facebook do FC Porto
Os adeptos azuis e brancos foram à procura do sonho e encontraram um pesadelo
Fonte: Facebook do FC Porto

O jogo começou com um Porto a tentar suster a bola, mas rapidamente foi manietado por um Bayern super pressionante, muito rápido e agressivo sobre a bola e incrivelmente objectivo. Sem passear o tiki taka pelo campo, a equipa bávara fez um jogo de transições rápidas apanhando o Porto desposicionado e descompensado, mostrando todo o talento que reside em cada jogador da formação alemã. Para suster a desorientação, o Porto recorreu à falta nos primeiros minutos mas o jogo nunca arrefeceu e ao minuto 10’ Lewandowski levou a bola ao poste depois de uma defesa para a frente do guarda-redes portista. Adivinhava-se uma noite de muito sofrimento.

O primeiro golo do Bayern surgiu ainda cedo, aos 14’. O Porto seria, assim, incapaz de cumprir com os “vinte e tal” minutos necessários para dar confiança à equipa e para deixar o Bayern nervoso. Neste lance, Quaresma abandonou a marcação a Bernat, que cruzou sem oposição para o cabeçeamento de um Thiago Alcântara (que talento tem!) sem oposição digna desse nome. As tentativas de saída de bola do Porto foram sempre infrutíferas, sendo Brahimi o único a conseguir manter a posse de bola por alguns segundos; o problema é que na mesma ala não estava Alex Sandro mas sim Martins Indi.

Aos 22’, o segundo tento do Bayern de Munique. Canto marcado por Thiago Alcântara, Badstuber cabeceia dentro da área e Boateng volta a cabecear e a direcionar uma bola que calmamente seguiu o seu caminho para a baliza. Toda a defesa portuguesa estava a dormir e Fabiano, que mostrou mais uma vez que não é um guarda-redes do nível de que o Porto precisa, não teve rapidez para chegar à bola. A eliminatória estava agora nas mãos do Bayern e faltava jogar metade da primeira parte – muito cedo para o Porto esboçar uma resposta cabal; os alemães ainda estavam frescos e a ansiedade portista ainda não tinha passado… E não iria passar até ao intervalo. O terceiro golo alemão surgiu de uma jogada de enorme classe, digna de YouTube, em que numa transição rapidíssima a bola foi sorrindo enquanto circulava ao primeiro toque entre os jogadores bávaros. Mais uma vez o Porto foi incapaz de incomodar os jogadores alemães, que sentiam o receio e o nervosismo dos dragões. Nesta altura, a ideia de um resultado esmagador surgiu na cabeça de muitos portistas, apesar de estarmos a um golo de igualar a eliminatória.

A primeira parte correu de feição aos bávaros, que em poucos minutos arrumaram a eliminatória  Fonte: UEFA
A primeira parte correu de feição aos bávaros, que em poucos minutos arrumaram a eliminatória
Fonte: UEFA

Lopetegui pressentiu o que aí vinha e sabia da necessidade de incomodar os bávaros e tentar o golo se quisesse que o FC Porto tivesse ainda uma palavra a dizer – trocou Reyes (pouco fez) por Ricardo. Talvez tenha sido o reconhecer de um erro, já que Ricardo dá profundidade à equipa e até ver defensivamente não tem estado pior do que o mexicano. Os golos do Bayern continuavam a surgir e Müller (um provocador, este alemão), com a sorte de um desvio, fez o quarto para o Bayern; nada corria bem e os portistas eram incapazes de mudar a corrente do jogo. Aos 40 minutos, com o quinto tento dos bávaros, a tragédia assumia números embaraçosos – 5 golos em 25 minutos, onde já vimos este filme com os alemães?! A eliminatória parecia praticamente acabada e os jogadores completamente perdidos dentro de campo. Nunca o Porto conseguiu fazer uma jogada com princípio, meio e fim na primeira parte. Foi com alívio que se ouviu o árbitro apitar para o intervalo.

Uma primeira parte catastrófica dos dragões que esmagava qualquer coração portista e alegrava a maioria dos restantes corações portugueses, que, desprovidos de equipa nos quartos-de-final, se alapavam aos alemães como se pôde comprovar nas redes sociais. O que iria fazer e dizer Lopetegui perante tal cenário? O que disse não sei, mas o que fez até que não foi mau.

Os azuis e brancos mudaram de estratégia de jogo na segunda parte. Lopetegui tirou Quaresma (inconsequente) e fez entrar Ruben Neves, alterando a táctica para um 3-5-2, com Casemiro ao lado de Maicon e Marcano, e com Brahimi no ataque junto a Jackson Martinez.

Ao intervalo, Lopetegui mudou a estratégia e os dragões melhoraram  Fonte: UEFA
Ao intervalo, Lopetegui mudou a estratégia e os dragões melhoraram
Fonte: UEFA

O Porto melhorou, pois conseguiu povoar o meio-campo; o Bayern estava mais relaxado, o que também deu alguma calma aos jogadores portistas. Notou-se a diferença no povoamento do miolo do terreno – já havia alguém a quem passar e os dragões começaram a ter mais bola e a atacar, embora sempre de forma tímida, dada a intensa e agressiva pressão do Bayern. Ruben Neves passou a ser o motor do meio-campo e libertou também Oliver Torres, que ia tentando circular a bola como podia. O objectivo era sempre o mesmo – colocar a bola em Jackson Martinez. O colombiano foi enorme neste jogo e parecia um oásis no meio da mediocridade. Aos 67’, saiu Brahimi e entrou Evandro – o Porto estava agora sem alas e sem laterais de raíz (Ricardo ainda é um hibrido entre extremo e lateral), mas com muitos médios.

Aos 73’, alegria no jogo e retorno de alguma esperança aos portistas – Ricardo em mais uma boa subida (nem sempre com perigo mas com bastante vontade) cruzou e o inevitável Jackson marcou. Na cabeça de qualquer adepto (portistas e restantes, com sentimentos opostos) surgiu esse grande jogador, o “se”. “Se o jogo estivesse 4-1 bastava um golo, se marcarmos outro agora ainda podemos marcar o terceiro num lance qualquer”. Pois, mas o “se” também não apareceu em campo e apesar das várias tentativas os azuis e brancos nunca foram muito consequentes. Na frente continuava um Jackson com queixas e muito fatigado depois de um jogo de luta constante mas que ainda teve forças para rematar a rasar o poste de Neuer.

Jackson, o capitão do FC Porto, deu tudo pela equipa - foi o único portista a rematar durante todo o jogo  Fonte: UEFA
Jackson, o capitão do FC Porto, deu tudo pela equipa – foi o único portista a rematar durante todo o jogo
Fonte: UEFA

Aos 88’ a pedra sobre o resultado (se é que ainda não estava). Marcano culminou com um péssimo jogo com uma expulsão e Xabi Alonso marcou de livre directo. O 1,97m de Fabiano foram insuficientes para chegar à bola.

O jogo terminou logo de seguida – a melhor equipa passou. O talento do Bayern de Munique é enorme, a primeira parte foi esmagadora e nota-se que há uma grande barreira a ultrapassar no Allienz Arena – a psicológica. O Porto perdeu o norte porque desde cedo acumulou erros defensivos e o medo apoderou-se dos jogadores. O facto de não ter conseguido ter profundidade também ajudou ao sufoco. Do jogo também fica que a abordagem táctica devia ter sido outra mas, ilibando Julem Lopetegui, são jogos dificeis de prever. Que falta fizeram Alex Sandro, Danilo e Tello! Quanto às ausências do Bayern, talvez até tivesse sido melhor para o Porto ter tido um Robben egoísta do que esta máquina de futebol colectivo. São, provavelmente, a melhor equipa do mundo.

O resultado foi esmagador mas o nosso percurso na Liga dos Campeões não envergonha ninguém – o sonho foi bonito mas o acordar foi duro. Sem transformar o nosso percurso numa vitória moral, os adeptos foram ganhando a cada dia. O sorriso e a felicidade de quem ousa fazer o grande será sempre mais brilhante do que quem nem chega a ousar. Agora o mais importante é recuperar física mas principalmente psicologicamente a equipa para a Luz – ainda há um campeonato para ganhar. Aos meus amigos portistas e aos outros: só sofre grandes derrotas quem está presente em grandes batalhas!

 

A Figura

Jackson Martinez – curvo-me perante o esforço e a dedicação que o colombiano teve neste jogo. Um talento que provavelmente não poderemos apreciar durante muito mais tempo.

O Fora-de-Jogo

Marcano – escolho Marcano, que acabou expulso, mas podia ser a defensiva toda. Erros atrás de erros, tremideira, confusão. Claudicaram desde o inicio e o jogo ficou marcado pelas suas falhas.

Foto de Capa: Facebook do FC Porto

 

Pedro Nuno Silva
Pedro Nuno Silva
Portista de corpo e alma desde que se conhece e amante de futebol, quando o assunto é FC Porto luta para que no meio do coração lhe sobre a razão.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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