Caminhada triunfal | FC Porto

- Advertisement -

A poucos dias do pontapé de saída da final de mais uma Taça de Portugal, importa recordar o percurso do FC Porto na edição deste ano.

A prestação dos azuis e brancos foi categórica e o rótulo de favorito nesta final advém, não só da grandeza do clube, mas, também, da caminhada triunfal e implacável que os comandados de Sérgio Conceição fizeram até ao jogo decisivo.

Foram 6 jogos, 6 vitórias, 19 golos marcados e apenas 3 sofridos. É um saldo francamente positivo e que ganha ainda maior destaque se tivermos em consideração que o FC Porto foi o carrasco de SL Benfica e Sporting CP.

Os Dragões arrancaram a competição, como é habitual, na casa de uma equipa que milita nos escalões inferiores do futebol português. Desta feita, foi o Sintrense a receber o FC Porto. A história do jogo fez-se da festa provocada pela raridade do momento e pelos 5 golos apontados pelos portistas. Uma equipa com jogadores menos utilizados bateu o conjunto dos arredores da capital por 5-0. Evanilson e Sérgio Oliveira (que em janeiro seguiu para Roma) bisaram e Toni Martínez (saído do banco) também fez o gosto ao pé.

A eliminatória seguinte, a quarta, não teve história diferente. O FC Porto, desta vez no seu reduto, voltou a defrontar uma equipa de um escalão inferior (desta feita o Feirense, da Segunda Liga) e, uma vez mais, aplicou chapa 5.

Ainda que o CD Feirense tenha sido capaz de fazer um golo no Estádio do Dragão, a toada foi de domínio total azul e branco, sendo que o momento da noite se deu ao minuto 72 quando, de grande penalidade, Francisco Conceição se estreou a marcar pela equipa principal e acabou a festejar nos braços do pai. Os restantes golos foram apontados por Uribe, Evanilson e Otávio (x2). O tento de honra do CD Feirense foi marcado por Vargas. Resultado final: 5-1. Mais um jogo sem história e os novos campeões nacionais avançavam tranquilamente para os oitavos de final.

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

E foi nesta fase que o FC Porto teve o seu primeiro embate com um dos seus eternos rivais. Poucos dias antes do Natal, o Benfica, no meio de uma convulsão interna (que, aliás, se agravou após o jogo) provocada pela incerteza da continuidade de Jorge Jesus no comando técnico dos encarnados, visitou o Estádio do Dragão.

O jogo teve a particularidade de não ter nenhum dos treinadores principais sentados no banco de suplentes e provou, como se veio a verificar nos meses seguintes, que havia um fosso desmesurado entre as duas equipas no que concerne à qualidade de jogo e ao espírito competitivo. Cedo os portistas se apanharam a vencer por 3-0 (bis de Evanilson e golo de bandeira de Vitinha) e, nem mesmo a expulsão do avançado brasileiro perto do intervalo, impediu o FC Porto de controlar o jogo e o resultado até final. Mais uma etapa superada com distinção.

Depois de dois jogos disputados no Estádio do Dragão, o FC Porto foi forçado a uma visita a Vizela para discutir um lugar nas meias-finais. Os vizelenses apresentaram-se como o osso mais duro de roer até esta fase da prova e este terá sido, de todos os jogos dos portistas na competição, o menos conseguido. Ainda assim, mesmo longe da sua melhor forma, os azuis e brancos da cidade do Porto, acabaram por carimbar a vitória e a passagem à fase seguinte da prova. Uribe adiantou os dragões no marcador, Cassiano empatou para o FC Vizela e, aos 65 minutos, Fábio Vieira de penalty voltou a colocar a sua equipa na frente do marcador. Só nos últimos instantes do jogo é que Evanilson, o melhor marcador da equipa na competição, fechou o placard em 3-1 e selou o triunfo portista.

O FC Porto marcava, assim, encontro com o Sporting CP na discussão, a dois jogos, por um lugar na final. A disputar, igualmente, o campeonato com os leões, o primeiro jogo destas meias finais, em Alvalade, teve lugar poucos dias depois do empate 2-2 entre ambas as equipas na casa portista que acabara com cenas lamentáveis e de alta tensão entre as equipas após o apito final. Felizmente, as cenas não se repetiram e a tensão ficou dentro de campo e do período de jogo em cada lance disputado. O FC Porto venceu a primeira mão pelo lado estratégico e, mesmo sem ter sido demasiado superior, ficou a dever a si mais um ou outro golo que poderiam ter selado a eliminatória logo ali. Sarabia inaugurou o marcador. Evanilson e Taremi deram a volta.

Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Dois longos meses depois, e com o Sporting CP praticamente arredado da luta pelo título nacional, jogou-se a segunda mão no Estádio do Dragão. Esperava-se um Sporting CP afoito, mas tal não se verificou. Apesar de algum ascendente leonino nos primeiros 45 minutos, o FC Porto foi controlando as operações e o jogo seguiu, naturalmente, para o seu final sem grandes sobressaltos. A poucos minutos dos 90, quando o 0-0, que servia os interesses dos Dragões, parecia o resultado mais lógico, Toni Martínez deu a machadada final no encontro e na eliminatória e confirmou a presença portista no Jamor.

Foi, portanto, um percurso meritório e “sem espinhas” que faz augurar mais uma dobradinha. No entanto, importa que todos os técnicos, jogadores e, até, adeptos guardem os festejos para o final do jogo. O Tondela, ferido no orgulho após confirmada a descida de divisão, venderá cara a derrota e exigirá índices de motivação, atenção e competitividade no máximo. O caminho foi longo e entusiasmante. Falta a estocada final.

Bernardo Lobo Xavier
Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.

Subscreve!

Artigos Populares

Paulo Fonseca responde ao Bola na Rede: «Um dia gostava de treinar a seleção da Ucrânia»

O Bola na Rede está presente no Portugal Football Summit. Paulo Fonseca falou aos jornalistas e respondeu ao Bola na Rede.

Jorge Jesus relembra temporada no Benfica: «Essa equipa não jogava, voava»

O Bola na Rede está presente no Portugal Football Summit. Jorge Jesus recordou a primeira passagem pelo Benfica.

Paulo Fonseca responde ao Bola na Rede: «O Afonso Moreira pode ser um grande jogador do Lyon»

O Bola na Rede está presente no Portugal Football Summit. Paulo Fonseca falou aos jornalistas e respondeu ao Bola na Rede.

Roy Keane escolhe substituto de Ruben Amorim no Manchester United: «Iria fazer bons estragos»

Roy Keane apontou Diego Simeone como possível sucessor de Rúben Amorim no comando técnico do Manchester United.

PUB

Mais Artigos Populares

Francisco Trincão responde ao Bola na Rede: «Trabalhámos esse aspeto e sabemos que a Irlanda vem numa linha de quatro»

Francisco Trincão realizou a antevisão do Portugal x Irlanda. O extremo português respondeu à questão do Bola na Rede em conferência de imprensa.

Francisco Trincão e Diogo Jota: «Contamos não com ele presente, mas de outra forma»

Francisco Trincão falou à margem da concentração de Portugal. Seleção nacional prepara duelos diante da Irlanda e da Hungria.

Francisco Trincão elogia Roberto Martínez: «Trouxe energia aos jogadores»

Francisco Trincão falou à margem da concentração de Portugal. Seleção nacional prepara duelos diante da Irlanda e da Hungria.