CD Aves 0-0 FC Porto: A falta de eficácia trama novamente os dragões

A CRÓNICA: ASPIRAÇÕES PORTISTAS ESBARRAM NAS AVES

O FC Porto entrou em campo antes do rival contra o último classificado da liga, o CD Aves, em claras necessidades de pontuar. Os dragões procuravam contrariar as exibições atípicas desde o regresso do campeonato e o resultado não foi o esperado. Os avenses conseguiram um merecido empate no seu reduto e o FC Porto pode ver o SL Benfica em igualdade pontual, em caso de vitória em Vila do Conde.

Sérgio Conceição mudou algumas peças no onze em comparação às últimas partidas, como a colocação de Tomás Esteves e Diogo Leite nas laterais, a entrada de Uribe em detrimento de Danilo e a presença de apenas um avançado – Zé Luís.

O FC Porto entrou com a força toda e dominou os primeiros minutos do encontro, beneficiando das melhores oportunidades e impedindo os avenses de subir no terreno. A superioridade podia-se ter confirmado aos 21 minutos, no entanto, Zé Luís desperdiçou uma oportunidade da marca dos 11 metros, seguida de falta do guardião Fábio sobre Otávio.

As equipas foram para o balneário empatadas a zero no final do primeiro tempo, marcado por um domínio total dos azuis e brancos, com um grande número de oportunidades de perigo criadas. O Aves ameaçou a baliza de Marchesín apenas por uma vez, e o conjunto orientado por Sérgio Conceição esperava entrar com a igual força na segunda parte para derrubar a equipa da Vila das Aves.

Assim aconteceu e o FC Porto iniciou o segundo tempo com dois lances com perigo à baliza, obrigando Fábio a uma grande defesa face a um remate dentro de área do colombiano Luís Diaz. Com dez minutos para o final do tempo regulamentar, o FC Porto continuava a pressionar o adversário, que se ia aguentando como podia. No tempo de compensação, o lance da partida vai para o guarda-redes do Aves que se ergueu para uma defesa monumental perante um remate de Marega, seguido de um passe magistral de Vitinha.

Passados sete minutos dados pela equipa de arbitragem, ouviu-se o apito no estádio da Vila das Aves e o FC Porto desperdiçou a oportunidade de ficar cinco pontos à frente do SL Benfica à condição. Um ponto precioso para a equipa orientada por Nuno Manta Santos.

A FIGURA

Fábio Szymonek – O guarda-redes do CD Aves foi a grande figura da partida, apesar de ter cometido uma grande penalidade. Foi imperial na baliza, deixando-a impenetrável durante toda a partida e com oito defesas realizadas, com destaque para a parada do remate de Moussa Marega nos descontos. O grande responsável por este ponto aguerrido dos avenses.

O FORA DE JOGO

Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

Zé Luís – O avançado cabo-verdiano continua a passar ao lado daquilo que é capaz e, apesar do esforço demonstrado, perdeu várias vezes o esférico, decidiu mal em várias ocasiões e falhou um penálti decisivo na primeira parte. Já na última partida contra o CS Marítimo, Zé Luís esteve uns furos abaixo e a sua forma parece não melhorar. É óbvio que se tivesse marcado o penálti a história era diferente e a confiança podia subir, mas o avançado dos dragões tem capacidade para fazer muito mais.

ANÁLISE TÁTICA – CD AVES

O Desportivo das Aves fechou-se bem e conseguiu controlar as iniciativas ofensivas do líder do campeonato. A defesa manteve-se compacta e com destaque para uma linha de cinco atrás, auxiliada pelos médios Estrela e Falcao, que estiveram exímios nos desarmes. Sem conseguir chegar à baliza de Marchesín, o CD Aves limitou-se a despejar a bola para a frente toda a segunda parte, pois não tinha condições para subir as suas linhas. A equipa elevou-se neste jogo e conseguiu o impensável, ganhar um ponto ao FC Porto.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Fábio (9)

Afonso Figueiredo (7)

Diakhite (7)

Buatu Mananga (7)

Banjaqui (6)

Claudio Falcao (7)

Estrela (6)

Yamga (6)

Mohammadi (5)

Soares (6)

SUBS UTILIZADOS

Rúben Oliveira (6)

José Varela (5)

Rúben Macedo (5)

ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

Sérgio Conceição alterou o sistema tática na Vila das Aves, alterando para um 4-3-3 e privilegiando o lado direito, com o desequilíbrio de Corona, desta vez mais perto da área adversária. Luís Diaz via uma função acrescida do lado esquerdo, visto que Diogo Leite foi adaptado para compensar a ausência de Alex Telles e, portanto, o colombiano não tinha grande apoio do seu lado. Pouco depois do início da segunda parte, Conceição tirou o jovem Tomás Esteves para colocar Marega e Corona passou a desempenhar a função de lateral direito. O sistema manteve-se, apesar de Marega procurar mais a zona de finalização.

Apesar do claro domínio a nível exibicional, os dragões voltaram a sentir problemas na finalização e a equipa continua dessincronizada.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Marchesín (6)

Tomás Esteves (6)

Pepe (7)

Mbemba (6)

Diogo Leite (6)

Sérgio Oliveira (8)

Uribe (6)

Otávio (7)

Luís Diaz (6)

Corona (7)

Zé Luís (5) 

SUBS UTILIZADOS

Marega (6)

Tiquinho (5)

Vitinha (6)

Aboubakar (6)

João Pedro Rocha
João Pedro Rochahttp://www.bolanarede.pt
João é de Espinho, no norte de Portugal, é licenciado em Ciências da Comunicação e tem o objetivo de singrar no jornalismo desportivo. É um apaixonado pelo futebol e acompanha o desporto desde tenra idade, principalmente o campeonato português, as top 5 ligas e as competições europeias. Tem o tiki-taka de Pep Guardiola como referência futebolística.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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