A CRÓNICA: LUIS DÍAZ BRILHOU NO MEIO DA INTEMPÉRIE
Mais uma tarde de futebol no estádio de S. Miguel num dia frio e triste de Novembro. Numa semana em que se perdeu grandes nomes do futebol nacional e internacional, CD Santa Clara e FC Porto iriam defrontar-se para a oitava jornada da Primeira Liga.
Após a pausa no campeonato, os jogos retomaram com a Taça de Portugal onde o CD Santa Clara conquistou uma vitória frente ao SC Beira-Mar. O FC Porto vem igualmente duma vitória, frente ao Olympique de Marseille, na fase de grupos da Liga dos Campeões. A novidade principal no onze do mister Daniel Ramos seria Júlio Romão, enquanto Sérgio Conceição, relativamente ao último jogo, altera Sarr e Marega no seu onze.
A partida começou com as duas equipas bem organizadas e focados no jogo. O FC Porto procurar pressionar mais a equipa da casa e, por conseguinte, acabaria por conseguir chegar mais perto da baliza da equipa açoriana. Apesar do esforço contínuo dos azuis e brancos, o Santa Clara manteve-se calmo e não deixou a pressão tomar conta do jogo.
Essa calma viria a ser perturbada por Luis Díaz que, já no tempo complementar, vem surpreender tudo e todos através de um golo monumental, de bicicleta, assistido por Manafá, que deixou o guardião Marco Pereira no chão sem conseguir defender.
A segunda parte veio trazer uma maior movimentação para dentro das quatros linhas. O jogo mostrou-se mais partido, com ambas as equipas a conseguirem criar mais linhas de passe de forma a haver mais jogo. A equipa da casa acabaria por se mostrar mais determinada chegar mais perto da baliza da equipa visitante, no entanto sem conseguir colocar a redondilha no fundo das redes da baliza de Marchesín.
Esta foi uma partida exigente para ambas as equipas, uma vez que o tempo meteorológico não foi era o mais favorável. Fica o registo de duas equipas que se mostraram bem preparadas para o desafio. No entanto, o FC Porto acabaria por levar os três pontos para o norte.
A FIGURA

Luis Díaz – O avançado dos azuis e brancos foi determinante na partida uma vez que marcou o primeiro e único golo de grande dificuldade e recorte técnico da partida.
O FORA DE JOGO

Diogo Salomão – Esteve apagado da partida e não trouxe grande novidade para o jogo. Isso acabaria por se traduzir na sua substituição aos 65 minutos.
ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA
O CD Santa Clara apresentou-se com o esquema tático 4-3-3. Que se traduz em: Rafa, Fábio e Mikel, Mansur; Rashid, Romão e Costinha; Salomão, Carlos e Santana.
ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES
Marco (4)
Rafael Ramos (5)
Mikel V. (5)
Fábio Cardoso (5)
Mansur (5)
Osama Rashid (4)
Júlio Romão (5)
Costinha (5)
Carlos Jr (5)
Santana (4)
Salomão (3)
SUBS UTILIZADOS
Lincoln (4)
Jean Patrick (4)
Ukra (4)
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
O Mister Sérgio Conceição optou por utilizar o esquema tático de 4-3-3. Com este esquema utilizou: Zaidu, Sarr e Mbemba, Manafá; Grujic, Sérgio e Otávio; Diaz, Corona e Taremi. Fazendo apenas duas alterações (Sarr e Marega) no seu onze inicial relativamente ao último jogo.
ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES
Marchesín (5)
Manafá (4)
Sarr (4)
Mbemba (5)
Zaidu (5)
Sérgio Oliveira (5)
Grujic (5)
Otávio (4)
Luis Díaz (6)
Tecatito (5)
Taremi (5)
SUBS UTILIZADOS
Marega (4)
Uribe (4)
Fábio Vieira (-)
João Mário (-)
Diogo Leite (-)
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
CD SANTA CLARA
BnR: Acha que os detalhes fizeram a diferença no jogo?
Daniel Ramos: Sim. Houve poucas oportunidade e a oportunidade que deu origem ao golo foi muito bem aproveitada. Se virmos bem o golo, um grande golo, com boa execução. Uma das equipas aproveitou e conseguiu chegar a vantagem. O lado individual faz toda a diferença e isso notou-se.
Outras declarações:
“Fomos um Santa Clara personalizado. Ultrapassamos a pressão do Porto até nos conseguirmos aproximar da baliza, sem abanar, sem fugir dos nossos comportamentos habituais. Algo que faltou no último terço foi a tranquilidade. Faltou mais agressividade melhor decisão de passe, melhor 2 contra 2”.
FC PORTO
BnR: Quão determinante foi a eficácia para alcançar a vitória de hoje?
Sérgio Conceição: É sempre. Temos demonstrado eficácia ofensiva e defensiva e isso é demonstrado pela nossa consistência defensiva, ou seja, não sofremos golos e ofensivamente fizemos golos que é fundamental para ganhar os jogos.
Outras declarações: “As condições com que jogamos o vento, o terreno pesados e o pouco tempo de recuperação veio complicar, mas fomos uma equipa coesa”.