Se pararmos para comparar a equipa que iniciou a época com a actual, além de Soares, há um nome que salta à vista: Brahimi. Estes dois jogadores dão, hoje, ao ataque portista, a experiência que Jota e Otávio, por razões óbvias, nunca conseguiram dar. Existe qualidade em todos eles, mas o que cada um pode dar à equipa é completamente diferente. Além disso, NES não parou de trabalhar a parte táctica e parece, finalmente, ter arranjado maneira de fazer Óliver, o melhor médio do campeonato, brilhar.
O sistema híbrido entre o 4-4-2 e o 4-3-3 abre um novo leque de possibilidades de atacar a baliza adversária sem colocar em causa a segurança defensiva, permite conciliar André Silva com Soares, tirando dos ombros do jovem português a responsabilidade de ser o marcador de serviço e dá a Danilo e a Óliver um terceiro companheiro no centro do terreno que, entre outras coisas, aumenta de forma dramática o raio de acção e a influência do pequeno espanhol na manobra ofensiva da equipa. Se a isto juntarmos um banco melhor recheado, com jogadores do nível de Jota, Rúben Neves, Layún, Corona ou Otávio, a receita para o sucesso começa a ficar definida.
O caminho que transformou uma equipa que passou um mês inteiro a empatar 0-0 numa equipa capaz de golear por 7-0 e que, além disso, tem a melhor defesa e o melhor ataque do campeonato, não foi fácil mas é algo que deve orgulhar jogadores, equipa técnica, administração e adeptos. Porque as adversidades foram e continuam a ser muitas, mas vão sendo ultrapassadas com a ajuda de todos, unidos como uma família. E é assim que iremos continuar, jogo a jogo, rumo ao título de campeão.
Foto de Capa: FC Porto
Artigo revisto por: Diana Martins