Dragões derreteram o gelo russo sem brilho

    Em jogo a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, o FC Porto visitava o terreno do Lokomotiv de Moscovo, dos portugueses Manuel Fernandes e Éder.

    O FC Porto faria alinhar um onze inicial muito semelhante àquele utilizado no Dragão frente ao Galatasaray, apenas com uma alteração (e que alteração…): a saída de Otávio para a entrada de Óliver.

    Num jogo muitas das vezes mal jogado, foram os portugueses a obter o domínio na posse de bola, porém nunca o domínio do jogo propriamente dito. As oportunidades apareceram em maior número na baliza portista, muito por conta dos erros que eram constantemente cometidos pelos elementos da defesa. A eficácia, porém, “sorriu” ao FC Porto. Em pouquíssimas oportunidades, os dragões conseguiram abrir uma vantagem de dois golos em duas ocasiões, sendo que o Lokomotiv mostrou-se sempre pronto para mostrar as suas armas, ameaçando diversas vezes (sobretudo na primeira parte) a baliza de “San Iker”.

    Depois da expulsão, tudo se tornou mais tranquilo: o FC Porto foi capaz de gerir melhor o resultado e o Lokomotiv não apresentou qualquer ameaça às aspirações portuguesas. Em resumo: duas equipas com argumentos diferentes (ficou claro que o Lokomotiv é inferior ao FC Porto) num jogo por vezes lento, todavia com alguns golos; ficaram para análise futura os erros defensivos, contudo a extrema eficácia não deixa de ser louvável.

    Espalhou magia e assinalou um golo e uma assistência na partida
    Fonte: FC Porto

    No que diz respeito à análise individual, existiram claros opostos na exibição dos azuis e brancos. A destacar, negativamente, os erros em excesso cometidos pela defensiva portista, principalmente, nos primeiros 45 minutos, que originaram situações de grande perigo. Militão, Maxi e Alex Telles apresentaram alguns erros que poderiam ter comprometido as aspirações da sua equipa. Nota ainda para o “desaparecimento” quase que por completo de jogadores como Brahimi e Herrera: pouco interventivos no jogo, poucos desequilíbrios ofensivos no caso do argelino e poucos “momentos de classe” do mexicano.

    Destaques positivos? Claramente para os dois “motores” no meio campo: Danilo Pereira e Óliver Torres. Extrema confiança demonstrada por ambos, passes exímios e entrega na recuperação defensiva (não raras vezes Óliver recuperava a posição de um “ausente” Maxi). Resumindo, foram a peça fundamental no “motor” do FC Porto. Porém, não foram apenas os “homens do miolo” que merecem ter a exibição ressaltada: Iker Casillas, um veterano das balizas, mostrou ao mundo que a idade nada mais é que um número; uma excelente intervenção à grande penalidade executada por Manuel Fernandes (destaque este que poderia ter sido negativo, caso o árbitro auxiliar não tivesse invalidado o segundo golo aos russos). Por fim, apenas uma palavrinha para o “menino” André Pereira: aquilo foi mágico, André!

    Momento mais importante do jogo: a invalidação do segundo golo do Lokomotiv. Caso os russos conseguissem a diminuição da desvantagem, certamente traria aos comandados de Sérgio Conceição a, infelizmente, já habitual “tremedeira”. Tendo em conta os recentes acontecimentos, não haveria nenhum adepto portista que não veria refletido no 2-3 o reflexo do jogo frente ao Vitória no Dragão.

    Melhor em Campo: Inegavelmente Jesús Corona. Uma assistência e um golo fazem com que a atribuição deste título a outro qualquer jogador fosse uma completa injustiça. Espalhou magia no cruzamento para o golo de Herrera e finalizou com frieza a oportunidade que lhe foi “entregue” por Brahimi, numa das raras “investidas” ofensivas bem sucedidas do argelino.

    Do lado dos russos… o destaque vai para os irmãos Miranchuk, necessariamente. Numa equipa que demonstrou imensas fragilidades, justificando, de certa forma, o último lugar no grupo, Anton e Aleksey foram, sobretudo durante a primeira parte, uma espécie de “pesadelo” para os defensores do FC Porto. Após assistência de Aleksey, Anton conseguiu marcar o único golo do Lokomotiv, comprovando o natural entendimento entre os dois jogadores.

    Foto de Capa: FC Porto

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    José Mário Fernandes
    José Mário Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    Um jovem com o sonho de jogar futebol profissionalmente. Porém, como até não tinha jeito para a coisa, limita-se a gritar para uma televisão quando o FC Porto joga.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.