📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

É necessário dar um passo atrás para dar dois em frente?

- Advertisement -

Primeiramente, permitam que abra um pequeno parênteses: se clicaram neste artigo com o objetivo de ler uma análise tática do jogo, com muita pena minha, estão a ler o texto errado. Nenhum portista consegue pensar racionalmente depois de uma derrota em casa frente ao maior rival, e eu não sou a exceção à regra. O meu objetivo não é debater movimentações de jogadores ou argumentar a favor deste ou daquele esquema tático. Não… hoje escrevo como um simples adepto, um simples adepto que não quer saber se a equipa joga em 4-3-3 ou em 4-4-2, que não quer saber se este ou aquele joga mais no meio ou na esquerda, em suma, um simples adepto que apenas queria a vitória no sábado. É nessa condição que vos escrevo.

Bom, começar por onde? Talvez pelo início. Às 20:29h do dia 02 de março de 2019, o FC Porto era líder isolado do campeonato português, com um ponto de avanço sobre o, à data, segundo classificado. Resumindo, tínhamos a faca e o queijo na mão: um ponto de vantagem, recebíamos em nossa casa o nosso adversário mais próximo a níveis pontuais, jogadores importantes recuperados, 50 mil no estádio a apoiar: nada poderia correr mal. A verdade é que não só podia como, na verdade, tudo o que podia correr mal, correu mal. Eu prometi no início não abordar temas mais táticos do jogo ou falar sobre este ou aquele jogador, mas sou forçado a abrir uma exceção (aliás, algumas).

Primeiramente, Manafá: mas que jogo fez Manafá… um jogo onde conseguiu ser coroado “o jogador da Liga com mais perdas de posse no primeiro terço”, segundo o site especializado GoalPoint. Não sei se o objetivo de colocá-lo no onze era travar a rapidez ofensiva do adversário mas, se foi, foi um tiro completamente ao lado.

E aqui incluo também Corona, até porque é impossível dissociar um do outro. Jogo banalíssimo do mexicano, que chegou a rondar o ridículo. Ridículo na medida em que o nosso número 17 é, a meu ver, o jogador a atuar em Portugal com os “melhores pés”. Daí ser algo a rondar o anedótico a quase não intervenção deste jogador no jogo, em termos ofensivos. E atenção: os restantes jogadores também estiveram longe da perfeição mas, se fosse falar individualmente de cada elemento, ficaríamos aqui o resto dos nossos dias.

Apesar do resultado negativo, foi o FC Porto o primeiro a adiantar-se no marcador, por Adrián
Fonte: Bola na Rede

Ainda dentro das quatro linhas, seria um crime não falar dos golos dos visitantes. Elucidem-me, caso esteja errado, porém não me recordo de uma época em que oferecêssemos golos tão facilmente em clássicos. O primeiro golo é, desculpem-me a repetição de vocábulos, ridículo. A passividade misturada com um pouco de inexperiência (chamemos-lhe assim) resultou numa autêntica prenda para o adversário. E, assim, sem grandes dificuldades, um jogo “cai na mão do Benfica”, como disse Sérgio Conceição.

E agora? Depois desta derrota num jogo que valia 6 pontos, como disse o nosso técnico, o título ainda está ao nosso alcance? A resposta é sim, ainda está ao alcance do FC Porto. A matemática não engana: 2 pontos em 30 é uma margem, claramente, recuperável. Agora, logicamente está mais difícil, logicamente estava mais fácil quando estávamos meia dúzia de pontos à frente. Não sei se sou só eu que me lembro perfeitamente de como o atual primeiro classificado reagiu à vitória na primeira volta frente ao Porto: sucessivas perdas de pontos. Não estou a afirmar que tal cenário repetir-se-á, contudo o que dou como certo é o seguinte: o nosso rival vai perder pontos.

O nosso rival não vai perder apenas dois ou três pontinhos, pelo contrário: tenho a convicção que irá deixar escapar pontos em, pelo menos, dois jogos até final. Logo, resta à turma de Sérgio Conceição responder com golos, com triunfos, com boas exibições ao calendário difícil e trabalhoso que temos pela frente. Um Porto à Porto não deita a toalha ao chão no Carnaval. Um Porto à Porto levantará o título em maio. Um Porto à Porto dá um passo atrás para, no fim, dar dois em frente.

Foto de Capa: Liga Portugal

artigo revisto por: Ana Ferreira

José Mário Fernandes
José Mário Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
Um jovem com o sonho de jogar futebol profissionalmente. Porém, como até não tinha jeito para a coisa, limita-se a gritar para uma televisão quando o FC Porto joga.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Já vão 28 anos: A última vez que a Escócia e a Áustria foram ao Mundial

A Escócia e a Áustria qualificaram-se diretamente para o Mundial 2026. Ambas as seleções não iam ao torneio desde 1998.

Com Portugal incluído: eis os 12 cabeças de série no pote 1 do sorteio do Mundial 2026

Portugal vai ser cabeça de série no Mundial 2026. Já são conhecidas as 12 seleções do pote 1 para o sorteio.

André Villas-Boas esteve com Pedro Proença antes de falar ao Conselho de Arbitragem

André Villas-Boas, presidente do FC Porto, reuniu-se também com Pedro Proença antes do encontro com o Conselho de Arbitragem.

Rival do Besiktas afasta-se da corrida por Rafa Silva

O Galatasaray está fora da corrida por Rafa Silva. O clube de Istambul foi apontado como possível destino do avançado português, mas a imprensa turca garante que a equipa não pretende o jogador.

PUB

Mais Artigos Populares

Mikel Oyarzabal mantém registo imparável por Espanha e envolveu-se sempre em golos nos últimos 9 jogos

Mikel Oyarzabal é um dos jogadores em melhor forma por Espanha. O avançado de 28 anos somou oito golos e sete assistências nos últimos nove encontros oficiais.

Atenção: Nuno Santos está de volta depois de 389 dias da grave lesão

Nuno Santos está preparado para voltar aos treinos do Sporting. Foram 389 dias de fora e 59 jogos falhados para o ala.

Andy Robertson guiou a Escócia ao Mundial 2026 e emocionou-se nos festejos: «Não consegui tirar o meu amigo Diogo Jota da cabeça»

Andy Robertson, capitão da Escócia, deixou um testemunho emocionado após a qualificação escocesa para o Mundial 2026. Defesa lembrou Diogo Jota.