Entretanto chegou Janeiro e o treinador, em conjunto com Luís Gonçalves – que entrou já depois de fechado o mercado de Verão para substituir Antero Henrique -, começou a arrumar a casa. Varela, Adrián, Sérgio Oliveira e Evandro saíram; Kelvin e Soares entraram. O plantel está agora mais competitivo e equilibrado e, a meu ver, não deverá haver mais entradas. Quanto a saídas, apenas sairá Depoitre, isto tendo fé nos rumores que apontam a saída do belga para o campeonato japonês.
Casillas e José Sá dão garantias absolutas na baliza; Felipe e Marcano estão de pedra e cal no centro da defesa, não dando qualquer hipótese quer a Boly quer a Chidozie; Maxi, Alex Telles e Layún poderiam eventualmente receber mais um concorrente, mas com Ricardo Pereira e Rafa Soares cada vez mais perto do regresso não faria sentido investir agora; Danilo é dono e senhor da posição 6 (ter um jogador com a qualidade de Rúben Neves como mera reserva diz muito do momento de forma do ex-Marítimo); Corona, Otávio, João Carlos Teixeira e Brahimi receberam a concorrência de Kelvin para os dois lugares em aberto nas alas; Herrera e André André esperam uma oportunidade para agarrar um lugar que só muito excepcionalmente não será de Óliver; e, para finalizar, Soares chegou para render Depoitre num grupo de quatro avançados que será composto a partir de agora por ele próprio, Diogo Jota, Rui Pedro e André Silva.
Resumindo, quando consumada a saída de Depoitre, o grupo de trabalho do FC Porto contará com cinco saídas e apenas duas entradas mas sairá reforçado. O plantel ganha lógica, ganha alternativas mais válidas, passando quem estiver de fora a sentir que a oportunidade de se mostrar está mais próxima, não esquecendo que mesmo mais curto oferece de igual modo a possibilidade e a garantia de poder ser trabalhado para alinhar nos mais diversos modelos tácticos, algo muito importante para NES e que coloca a filosofia de jogo acima da estabilidade táctica.
Foto de Capa: FC Porto